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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Bombardier e Embraer


Enviado por Nairo Alméri - sex, 03.08.2018 | às 12h25

As duas companhias montadoras concorrentes nas áreas de aviação e aeroespacial têm perfis próximos.

BOMBARDIER AEROSPACE

Ano de fundação
1986 - Com a compra da estatal Canadair Ltd, e, em 1989, da fábrica de aviões estatal britânica Short Brothers PLC, da Irlanda. O Grupo Bombardier foi criado em 1942
Tipo de empresa
Empresa de capital aberto
Tamanho da empresa
25.550 empregados (2015)
Controle
Em 2017, a Airbus assumiu o controle, para aumentar concorrência com a Boeing
Faturamento
US$ 16,3 bilhões (US$ 25 bilhões, 2020, projeção)



EMBRAER

Ano de fundação
1969
Tipo de empresa
Empresa de capital aberto
Tamanho da empresa
18.000 funcionários, em seis países (fevereiro/2018)
Controle
Desde 2017, a Boeing negocia assumir o controle para reagir à ação da Airbus
Faturamento
US$ 5,8 bilhões (2017 – só negócio com aviões; projeção de US$ 5,9 bilhões, em 2018; em dezembro de 2017, carteira firme de pedidos para US$ 13,4 bilhões)

* Fonte: sites Embraer e Bombardier, Aeroflat, BNDES, Valor Econômico, G1, O Globo e Reuters

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Caro jornalista, vice não vale tudo isso!


João Goulart, vice de JK e Jânio, se submeteu às urnas 

Enviado por Nairo Alméri – qui, 02.08.2018 | às 22h21 - modificado 03.08.2018

O imbróglio fisiológico (de ocasião), de parte dos políticos, e, de parte de jornalistas, o festival de besteiras em espaços inúteis formam o mosaico para o retrato do cargo de vice-presidente da República, nesta nossa República Federativa. O candidato a vice (isso inclui mesmos cargos nos executivos das prefeituras e governos estaduais) é um regra três em irrelevância. Vice é um politico 0800: come quieto, à sombra do cabeça de chapa. A história recente é recheada de inúteis vices da República, Estados e Municípios. Esses cargos são desnecessários nas relações da vida pública com os cidadãos e só fazem aumentar as despesas para o Erário Público.
Pode parecer improvável ao eleitor mais novo e/ou desinteressado com a história política do país, mas o Brasil foi evoluído em matéria de eleição de vice-presidente da República. Isso quando candidatos à vice tinham que ter os próprios votos depositados nas urnas. Ou seja, precisavam subir em palanques e convencer parcela mínima do eleitorado.

Eleições 1955 – 

Juscelino Kubitschek (PSD - coligado com PTB, PR, PTN, PST e PRT) teve 3.077.411 votos; João Goulart, vice (PTB), 5.591.409 votos - mais de 500 mil que o cabeça de chapa, JK. Os dois assumiram em janeiro de 1956. Por força de Ação Constitucional, o vice presidiu o Senado.

Eleições 1960 – 

Jânio Quadros (UDN – coligado com PL, PTN e PDC) venceu para com 5.636.623 milhões de votos, derrotando o marechal Teixeira Lott (PSD, partido de JK), que teve 3.846.825. O terceiro candidato, Adhemar de Barros (PSP), recebeu 2.195.709 votos. Coligados à sua chapa de Jânio disputaram a vaga de vice o mineiro Milton Campos (UDN) e o gaúcho Fernando Ferrari (MTR – apoiado pelo PTN e PDC). Mas o vice de Lott, João Goulart (PTB), se reelegeu com 4.547.010 votos, uma frente 300 mil votos sobre o companheiro de Jânio.

Ou seja, diferente de agora, as chapas não eram conjuntas. Na época de JK e Jânio, o vice tinha que ser eleito. Quando virou ditadura e veio a primeira eleição livre para Presidência da República, em 1989, o sujeito passou a concorrer como mero carona. Em 1960, as urnas colocaram oponentes para dentro do Planalto. Mesmo assim, o vice cumpria agendas de Estado, até no exterior. João Goulart chefiava missão à China quando Jânio renunciou, em 25 de agosto de 1961 – tinha assumido em 31 de janeiro daquele ano.
Então, beira retrocesso e espaços inúteis toda essa mídia para vices. Ficarão quatro anos torcendo pelo impeachment e/ou morte do presidente, casos de Itamar Franco e Michel Temer, que assumiram as chefias com as destituições dos titulares. Só assim os vices terão algo para fazer. E, aí, vem o imbróglio: farão o quê?
JK, Jânio Quadros, Goulart, Lott, Ademar de Barros, Michel Temer, Itamar Franco, Ferrari,  

Perfil NAIRO ALMÉRI

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Vale, BHP, Samarco, MIB...Kiruna


É preciso prevenir contra uma nova Bento Rodrigues

Enviado por Nairo Alméri – quar, 01.08.2018 | às 12h45


Para hoje (quarta-feira, 01/08/2018), às 16h, está convocada uma reunião no arraial Córrego do Feijão, município de Brumadinho. Foi convocada pela MIB – Mineração Ibirité Ltda (Grupo Aterpa, dona da empreiteira Construtora Aterpa; executa contratos do Governo Federal no Norte do país, como a Ferrovia Norte-Sul e te concessões em portos, como áreas no Porto Itaqui, Maranhão). No Córrego do Feijão, estão instaladas a Vale, com a Mina Córrego do Feijão, e a MIB. Exploram minério de ferro.

Métodos

Há mais tempo, a Vale promoveu reunião (“audiência pública”) dentro da Câmara de Vereadores de Brumadinho, para presentar suas barragens (Menezes, I, II e III) de rejeitos no Córrego do Feião. Lotou a Câmara com empregados uniformizados. Ao mesmo tempo, circulou a conversa de que, se a barragem em questão não fosse aprovada, a empresa fecharia as atividades e desempregaria algumas dezenas. Imaginem o terror que esse diálogo promoveu para cima de pessoas pouco esclarecidas do arraial, com o país, na época, de 13 milhões de desempregados? Quem ousasse questionar questões ambientes, compromissos etc. ouvia a pergunta ameaçadora (de representantes da empresa e defendida por seus empregados; e aprovadas por políticos do município): você vai dar emprego a essas pessoas?

Logo depois, ...

Ou seja, pouco importa a discussão dos impactos na fauna e flora; a exaustão das minas etc. Pouco depois, em junho de 2017, no arraial Tejuco, em área próxima da mina da Vale, houve rompimento da barragem de rejeito da mineradora Tejucana.

Mesmo ritual

Voltando à audiência de logo mais. As tratativas da MIB com a comunidade seguem a multinacional Vale e apresentam mesmas reações nas pessoas: filhos e mulheres dos empregados importam-se exclusivamente com o emprego do momento, sem a menor luz para o futuro com a fauna, flora, água... Não se perguntam como será quando chegar ao ponto de exaustão da mineração.

Alienação patrocinada

Essa alienação, aliás, é marca de sucesso nas direções (dos executivos de comando e suas sub-hierarquias, até o mais humilde funcionário de Portaria) de todas mineradoras no Brasil. Parece até que os acionistas pagam bonificação em cima disso!

 
“Poço para criar peixe”

As atividades da MIB estão a menos de 500 metros, a montante, da área urbana do arraial Córrego do Feijão. O córrego que dá nome ao arraial (nasce no alto da serra que forma o  conjunto do Pico Três Irmãos), passa dentro da área explorada pela MIB e está em processo acelerado de assoreamento - perda de mais de 50% da vazão de antes da empresa chegar, há coisa de cinco anos. A reunião foi comunicada para o “centro cultural”, construído pela Vale. Em voz corrente no arraial (com o pedido para não serem envolvidas), as pessoas comentam que, para tranquilizar a população quanto à segurança da represa de rejeito, funcionários da MIB fazem o seguinte paralelo: a represa é “segura”, como se fosse um “poço para criar peixe”.

Ops?!... E Fundão?

Vejam o “poço” Barragem Fundão, da Samarco, em Mariana (MG), mineradora controlada da Vale e BHP Billiton: apesar de toda engenharia das duas maiores mineradoras do mundo – Vale e BHP Billiton -, a barragem rompeu-se, na tarde de 5 de novembro de 2015, com o rejeito (55 milhões de m3, 70 milhões de m3 , ...) passando sobre outra barragem, a Santarém.  Destruiu por inteiro (tirou do mapa) o Distrito Bento Rodrigues, causou a morte de 19 (dezenove) pessoas, e traçou um vale de catástrofe sobre vidas, flora e fauna, até a foz do Rio do Doce, no Espírito Santo, no mar – também afetado. Foi a maior catástrofe na história da mineração do país. Apesar dos bilhões de dólares em faturamento e patrimônio líquido da BHP e Vale, até hoje não houve uma solução para as pessoas atingidas diretamente, indenizações não foram pagas etc.

Ministério Público

Perguntar não ofende: o Ministério Público de Minas Gerais conhece os riscos das barragens de rejeitos em Brumadinho, Itabirito, Itatiaiuçu, Nova Lima, Rio Acima, Ouro Preto, Mariana (aqui, não!...), Santa Bárbara, Barão de Cocais, Congonhas, São Gonçalo Rio Abaixo, Itabira. Guanhães, Conceição do Mato Dentro, ... ?


Em Kiruna (modificado em 25/01/2021)

A propósito, sugiro o post “Isso só poderia acontecer em um país do Terceiro Mundo”, de 27/07/2018, do executivo MILTON REGO, presidente da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL): 



sábado, 28 de julho de 2018

Trator New Holland


Com motor movido a biometano


Enviado por Nairo Alméri – sáb, 28.07.2018 | às 12h43 - modificado às 12h49

A montadora de tratores New Holland, do Grupo FCA, apresentou, no final de 2017, mais um “conceito”, do tipo ecologicamente correto, para o segmento das máquinas agrícolas:https://youtu.be/IfJZB4jIYok.
Tempos atrás, lá por outubro de 2000, portanto, muito antes do surgimento do Grupo FCA, a Fiat Automóveis, no Brasil, rodou uma propaganda (para série Palio) que sugeria: “Você precisa rever seus conceitos”. Um convite à aceitação das mudanças de comportamento na sociedade, quebrando preconceitos. A mensagem, à época, era forte e remetia ao hoje badalado “politicamente correto”.
De volta ao trator, as montadoras ainda devem muito ao planeta Terra!  Seria bom acelerarem em novos conceitos, com prazos menos longos.



São Borja - Fandango

Conhecida como “Terra dos Presidentes”, agrega “Capital do Fandango”

Enviado por Nairo Alméri – sáb, 28.07.2018 | às 10h18
Umas das cidades dos Sete Povos das Missões, na fronteira do Brasil com a Argentina e onde nasceram os presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, São Borja (RS) virou a “Capital do Fandango”, do Rio Grande do Sul. Extraído do Portal G1-18.01.2018. Veja mais 

Perfil NAIRO ALMÉRI

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Embraer / OGMA


Peças metálicas e compósitos em Portugal


Enviado por Nairo Alméri – sex, 27.07.2018 | às 12h43
Maior complexo da indústria aeronáutica de Portugal e controlada pela Embraer, a OGMA está no centenário de criação. Instalada em Alverca, entrou em operação em 1918 e foi um dos marcos da aviação na Europa. O nome original era Parque de Material Aeronáutico, montou o primeiro modelo, o Caudron G3, em 1922 e, seis anos depois, adotou o nome Oficinas Gerais de Material Aeronáutico – OGMA. Desde 2004, a brasileira controla dois terços do capital da empresa que é importante centro de manutenção e aeronaves de todos os tipos (comercial e militar) e fabricante de componentes metálicos e compósitos.

Em Évora

Ainda em Portugal, desde 2012, a Embraer, via Embraer Metálicas, possui duas instalações próprias duas fábricas – peças metálicos e compósitos – em Évora.   

AX-2 TUPÃ... SEM ASAS!...


Protótipo custou ao Estado, até 2013, R$ 7,2 milhões; em 2017, intervenção no projeto


Enviado por Nairo Alméri – sex, 27.07.2018 | às 11h48

As páginas 90/91 do documento do Governo de Minas, de 2013, intitulada “MENSAGEM DO GOVERNADOR À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA – Apresentada na reunião inaugural da terceira sessão legislativa ordinária da décima sétima legislatura” (de 325 páginas), tratam do “COMPLEXO AERONÁUTICO DE MINAS GERAIS. O governo mineiro informou: “Foram liberados R$ 10 milhões para instalação de laboratórios de pesquisa do Polo Aeroespacial de Tupaciguara, no Triângulo Mineiro”. ... “Nesse projeto, o Governo de Minas, por meio da Sectes e da Fapemig, já investiu R$ 7,2 milhões no protótipo do modelo AX-2 Tupã, avião subsônico de seis e oito lugares, comercial e executivo, com características inovadoras, que tem por objetivo ser ofertado a um custo baixo em relação ao que existe no mercado mundial”.

INTERVENÇÃO MINISTÉRIO PÚBLICO

Há quase um ano e meio, o Ministério Público Estadual (MPE) e o Ministério Público Federal (MPF) moveram Ação Civil Pública contra a Axis Aeroespacial, executora do projeto, determinando bloqueio de recursos financeiros. MPE e MPF apontaaram irregularidades no uso do dinheiro público. Não se falou mais do tal "Complexo Aeronáutico de Minas Gerais". Veja no documento oficial do Governo de Minas  e notícia da intervenção no projeto AX-2 Tupã