Após a
revelação dos absurdos nos investimentos realizados pela Petrobras no exterior,
na refinaria de Pasadena (EUA), e no complexo de refino de Suape, em
Pernambuco, na qual a Venezuela não cumpriu sua parte de aporte de 40% -
contrato realizado entre os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e Hugo Chávez -, o Governo Dilma Rousseff (PT) terá pela frente que explicar novamente uma série de operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O Tribunal de Contas da União (TCU) retomará questionamentos e reafirmações de
que o BNDES não fornece informações corretas para os grandes financiamentos
envolvendo o Governo, entre eles o de R$ 22,5 bilhões ao consórcio Norte
Energia S/A, responsável pela execução do projeto da Usina Hidrelétrica Belo
Monte, em Altamira (PA).
10 vezes mais
No exterior,
o TCU cobra do BDES informações completas em empréstimos ao governo da
Venezuela. O Governo de Caracas não cumpriu sua parte na Refinaria Abreu e
Lima, no complexo de Suape, em Pernambuco, que tinha custo inicial de US$ 2,3
bilhões, ultrapassa US$ 22 bilhões investidos e registra atraso de quase quatro
anos. A Venezuela recebeu do banco US$
750 milhões (não pagos) para o metrô e mais alguns milhões para a construção da
UHE La Vueltosa.
Vladimir Putin
agradece
O TCU não
recebe, também, não é atendido com informações completas para financiamentos em
Cuba, onde Dilma inaugurou recentemente um porto, de US$ 1 bilhão, 80% saídos
das reservas do BNDES. O maior beneficiário do porto será a Rússia, com a
decisão do presidente Vladimir Putin, de retomar a aliança comercial e militar com
a ilha. Dilma assumiu ainda com os ditadores cubanos, os irmãos Fidel (aposentado)
e Raul Castro, o compromisso de construir um complexo industrial na área – mais
US$ 290 milhões. Putin pretende ter bases navais também na Venezuela e
Nicarágua, países que recebem recursos do BNDES. O país da América Central
recebeu US$ 342 milhões, cerca de 30% do custo da hidrelétrica Tumarín, que
deverá começar a operar em dois anos.
30 vezes mais
Na refinaria
dos EUA, a estatal brasileira pagou, em 2006, US$ 360 milhões à Astra Oil, que,
no ano anterior, desembolsara apenas US$ 42,5 milhões. Outras operações
elevaram o prejuízo para a empresa em mais de US$ 1,2 bilhão.
Aeroportos - US$ 25 bilhões
O BNDES
também terá que explicar os aportes liberados em vários projetos do selo
político PAC, entre eles os da Copa, principalmente para a construção de hotéis,
que ficarão vazios, após os jogos das seleções, em junho, e dos aeroportos, a
exemplo dos estádios de futebol, envolvidos em denúncias de superfaturamentos
em seus projetos. O banco tem estudo apresentado pelas companhias aéreas
comerciais brasileiras apontando “necessidade” de investimentos de mais de US$
25 bilhões nos terminais até 2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário