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Nairo Alméri, ter, 18.3.2014 |às 7h17 - modificado às 7h25
Na sala de embarque doméstico do aeroporto de Confins, em Confins (MG) – região metropolitana de Belo Horizonte, a lanchonete
que detém o monopólio do comércio alimentos exibe uma tabela para os pães de queijo que é o estado da arte em matéria de usura. A exploração
estaria com pontuação A+A+A, mas numa classificação de honestidade invertida das
agências de risco financeiro. Anotem os preços da tabela da lanchonete:
- PÃO DE
QUEIJO TRADICIONAL – R$ 4,50
- MINIPÃO DE
QUEIJO (10 unidades) – R$ 11,00
- PÃO DE
QUEIJO RECHEADO - R$ 5,50
Paga meio queijo
Moral do
assalto: no Estado em que se cheira pão de queijo em qualquer bitaca, o valor
pago, naquele estabelecimento do aeroporto, por uma unidade do “tradicional” e
outra do “recheado” seria suficiente para sair com mais de 500 gramas do queijo
Canastra vendido em uma das bancas do Mercado Central, em Belo Horizonte, outro
território livre da espoliação contra turistas e não turistas. No Mercado
Central, o quilo do Canastra está (ou estava, semana passada) entre R$ 18 e R$ 21.
Preço Copa
É assim que Minas recebe seus turistas. No ritmo da lanchonete do aeroporto, na capital mineira, bares, restaurantes e hotéis praticam tabelas para Copa, com reajustes quinzenais.
Aos olhos do Governo
Não é apenas a lanchonete do aeroporto que explora. Todos os demais estabelecimentos existentes em Confins praticam preços absurdos. Exercitam usuras utilizando uma infraestrutura física (a edificação) construída com o dinheiro público - com impostos pagos por empresas e cidadãos - e que pertence à estatal Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Mesmo que o aeroporto tenha sido arrendado, o Governo federal continua lá dentro. E é conivente com essa exploração desde antes, há décadas.
Procon(!)
O Procon e ONGs de defesa dos consumidores conhecem a exploração. Mas, via de regra, quem os dirige sempre saem candidatos a vereador, deputado etc. É só olhar na história das instituições para comprovar. E temos eleições a cada dois anos. O comércio é fiel nas doações para as campanhas.
TIM (1)
Um assinante
de telefonia móvel (dezena final 85) da operadora TIM, de Belo Horizonte, que
contratou o plano liberty 50, ficou
surpreso ao conferir a Nota Fiscal de março. A operadora lançou a cobrança de
R$ 29,90 por acesso à internet. Detalhe:
o plano não possibilita acesso à internet.
TIM (2)
O valor
cobrado indevido, no caso em pauta, representa 20% do total da fatura gerada
pela TIM. As operadoras dos serviços de telefonia, tv a cabo, acesso à internet
são líderes em queixas dos consumidores nos Procons. No geral, essas empresas,
de forma fácil e sem custos operacionais (porque nem sempre realizaram o
serviço), engordam suas receitas sempre apostando na falta do hábito do
contrante de conferir a veracidade (legalidade) daquilo que lhe é cobrado.
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