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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Sonegação - 10 anos depois, como estará?

Enviado por Nairo Alméri - sex, 09.05.2014 | às 23h07

Hoje em Dia (MG)

22/07/2004

Coluna

Nairo Alméri

            A Secretaria da Receita Federal (SRF) deu ontem um importante passo na recuperação de R$ 720 milhões anuais em impostos sonegados pelos fabricantes de cervejas. O valor representa a evasão de receita sobre 15% da produção nacional de cervejas, de 8,2 bilhões de litros/ano (2003) - ou seja, haveria uma sonegação sobre 1,2 bilhão de litros -, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cerveja (Sindicerv).
            Ontem, exatos 57 dias após a RF ter baixado o Ato Administrativo ADE-07, que fixa as especificações técnicas para a regulamentação dos fornecedores (fabricantes nacionais ou importadores) do 'medidor de vazão', que será instalado nas indústrias de cervejas, o 'Diário Oficial da União' publicou a homologação da primeira linha. A pioneira é a fábrica da Cia. de Bebidas das Américas (AmBev) - holding das marcas Antarctica, Brahma, Skol e outras - localizada em Jaguariúna (SP).
            Com base no Ato Administrativo ADE-20, de 2003, aquela holomogação significa que começa a valer o prazo de 6 meses (até 20 de janeiro de 2005) para que todas as cervejarias, com capacidade de produção superior a 5 milhões de litros, instalem um 'medidor de vazão' em cada linha.
            Em 2003, a RF arrecadou com as cervejarias R$ 6,5 bilhões.
            O projeto do 'medidor de vasão' para as cervejarias, por iniciativa do Sindicerv, começou há cerca de três anos. Envolveu, além da Receita, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Instituto de Pesquisa e Tecnologia (IPT) e o Inmetro.
            Os dois primeiros protótipos do 'medidor de vasão', desenvolvidos em 2003, foram instalados em duas fábricas da AmBev - em Jaguariúna e Viamão (RS). Nos primeiros ensaios, eles foram redesenhados pelo Centro Tecnológico Renato Archer (Cenpra), do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Competitividade

            O superintendente do Sindicerv, Marcos Mesquita, diz que as companhias em dia com a Receita vêem no equipamento um instrumento que fixará formas 'saudáveis de competitividade'. O Gerente Nacional de Tributos da AmBev, Ricardo Melo, por sua vez, salienta que 'o crescimento informal (com sonegação de impostos) estava grande no setor'.

Imposto

            Na planilha do custo final da cerveja, de acordo com Ricardo Melo, 33% correspondem aos encargos tributários. Ao combater a sonegação, assinala o executivo, que também é diretor do Sindicerv, o setor está contribuindo para que não haja elevação na alíquota.

Menor custo

            O executivo da AmBev diz que 'a sonegação gera competitividade desleal', porque o concorrente que não paga todos os impostos devidos pode, por exemplo, colocar seu produto no mercado a preços mais baixos. Além disso, o sonegador não fica obrigado a realizar investimentos em publicidade na proporção do tamanho de seu mercado.

Mercado financeiro

            Ricardo Melo diz que a 'competitividade saudável' e o combate à sonegação no setor de cervejas servirão para acabar com 'volatilidade' atribuída pelo mercado financeiro aos papéis das indústrias. 'Será bom para os investidores e os acionistas', completa.

Tamanho do impacto

            O superintendente do Sindicerv estima que, de início, a Receita conseguirá recuperar 60% do valor sonegado no ano fiscal, ou seja R$ 420 milhões.

Cervejarias

            O Brasil, de acordo com o superintendente do Sindicerv, tem cerca de 50 fabricantes de cervejas. A Receita manteve as micro cervejarias, com produção de até 5 milhões de litros/ano, fora da exigência de instalação do 'medidor de vazão' porque elas 'não seriam o foco do projeto anti-sonegação'.

Tamanho

            Marcos Mesquita calcula que o investimento para a instalação de uma micro cervejaria não ficaria abaixo dos US$ 2 milhões. O tamanho padrão de micro cervejaria, no Brasil, é para a produção de 1 milhão de litros/ano. A partir de 50 milhões de litros/ano, seria uma pequena cervejaria.

            Fabricantes - Os equipamentos instalados na AmBev têm três fornecedores: Emerson, dos Estados Unidos (medidor); Yokogawa, do Japão (condutivímetro); e Eurotherm, da Inglaterra (registrador).
            Instalação - A empresa brasileira Orion, de Campinas (SP), fez a montagem e deu a partida nos equipamentos com a presença dos técnicos do Inmetro e da UFSC.

            Refrigerantes e água mineral - O superintendente do Sindicerv observa que a Medida Provisória, que fixou a modalidade de fiscalização com o 'medidor de vasão' para as cervejas, criou as bases para a sua instalação também nas linhas de produção dos refrigerantes e água mineral.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Eleições, Datafolha e Ibovespa

Enviado por Nairo Alméri – qua, 07.5.2014 | às 7h39 - modificado às 7h42
As bases dos principais pré-candidatos às eleições de outubro à Presidência da República terão uma sexta-feira (depois de amanhã) de muito agito. Concorrerão com aquilo que poderá surgir de novo nas denúncias envolvendo a Petrobras na maior onda de escândalos em seus 60 anos de existência, comemorados em 3 de outubro de 2013. A expectativa tem como centro geodésico aquilo que exibirão os gráficos da pesquisa de opinião pública de intenção de votos do Datafolha. O caldo transbordará, de qualquer jeito. A satisfação e/ou tristeza ficará por conta do lado da gangorra ocupado pelos candidatos. É sabido, até aqui, que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) – ambos presidentes nacionais em suas legendes seriam prováveis aliados em uma disputa de segundo turno contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
A fervura na panela política da sexta-feira ficará por conta confirmação ou não, pelo Datafolha, da tendência de queda de Dilma apontada na pesquisa ISTOÉ/Sensus. Seja qual for a revelação daquilo que pensa o eleitor, o PT fará duas reuniões. Uma, do bloco da Dilma. Outra, do bloco do ministro Gilberto Carvalho. Este é apontado como indutor nas fileiras petistas do "volta Lula". Em Minas, a expectativa é a de que Aécio Neves, seja qual for o resultado do Datafolha, poderá confirmar o falatório da provável substituição de Pimenta da Veiga, o que o próprio nega. O bastidor mais repetido é o de que a candidatura de Pimenta ao governo de Minas não é ameaça à do ex-ministro Fernando Pimentel (PT), que até teria, digamos, apoio funcional do empresariado de Minas. O candidato estaria fragilizado diante de processo público que o reprovaria como gestor do erário. A carta da manga do dirigente tucano para o cenário mineiro é o governador Alberto Pinto Coelho (PP). Para lançá-lo, Aécio precisaria, porém, convencer o prefeito Márcio Lacerda (PSB), de Belo Horizonte, a entrar firme na campanha mineira.
Assim, dormiram, de ontem para hoje, os integrantes dos ‘politburos’ das agremiações de centro-esquerda e da esquerda política mineira. Mas como nada nesta vida, além da morte, é certo, menos ainda em política – na mineira, em particular -, é esperar. A pedida é jogar paciência até o Datafolha partir para mais 15 minutos de gloria.
O Ibovespa, mais importante índice da BM&FBovespa, deverá aguardar ‘andando de lado’, até o meio da tarde da sexta-feira. Ou seja, investidores farão suas apostas no pregão político.  A apuração ISTOÉ/Sensus foi publicada aos 30 minutos de sábado passado. Poucas horas depois, ainda pela manhã,  a presidente Dilma foi vaiada em uma plateia da principal feira da pecuária da América Latina, da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), em Uberaba, no Triângulo Mineiro. No primeiro pregão após o indicativo de realização de segundo turno – se as eleições fossem hoje -, o Ibovespa fechou em alta.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Toyota no agronegócio

Enviado por Nairo Alméri - ter, 29.4.2014 | às 14h10 - modificado às 14h11
Das 42.700 picapes vendidas pela japonesa Toyota no Brasil em 2013, 45% foram direcionadas em locais onde se desenvolve o agronegócio no país. Na maior feira do agronegócio nacional e da América Latina, a Agrishow - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola, aberta ontem e que irá até sexta-feira, a marca pretendecomercializar 300 unidades nas linhas Hilux e SW4, o que representará salto de 30% sobre o resultado de 2013. O gerente de Comerciais Leves no Brasil, Felipe Doho, disse que, no passado, das 181 mil picapes vendidas no Brasil, 42.700 foram da Toyota. Da linha SW4, meta da marca é vender neste ano 13 mil unidades, mais que as 12.500,em 2012. Nesse segmento, o modelo detém 30% de market share, informou o diretor. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) do país foi de R$ 4,8 trilhões, sendo a participação do agronegócio de 23% do bolo.

*Blog participa do pool de imprensa da Agrishow

A 'Lei de Gérson' da Goodyear



Enviado por Nairo Alméri - ter, 29.4.2014 | às 14h05
Em 2014, a Goodyear completará 95 anos de presença no mercado do Brasil. A empresa faz seu marketing em cima do desenvolvimento tecnológico, assegurando aos clientes a meta de “entregar pneu com maior custo/benefício para as empresas”, disse o gerente de Marketing do Brasil ônibus e Caminhões, Fábio Garcia. Entre as performances apresentadas pela marca na Agrishow estão: adição de mais 15 mil toneladas de carga transportadas na vida útil na linha de pneus mistos; economia de até 4 mil litros de combustível  por veículo com as linhas G657 e G687 FuelMax; transporte a mais de 100 mil passageiros com o Citymax (transporte urbano); G658 e G667, segmento “Regional”, duram até 100 km a mais; e, o G665, “Regional Severo”, transporta até 3,5 toneladas a mais.

Investimentos
O executivo informou a fábrica de Americana (SP), onde foram investidos , a partir de 2007, US$ 100 milhões a Goodyear instalou tecnologia inédita no país em processo de emendas na fabricação dos pneus, a “duralife”. Esse método reduz de quatro uma emenda o processo de emendas das partes do pneu. Neste momento, na mesma unidade, será concluído o programa de US$ 240 milhões, no triênio 2012-14. A Goodyear tem outras duas fábricas, também no estado de São Paulo: Santa Bárbara do Oeste, de materiais de recapagem, e, no bairro do Belenzinho, na capital, para aviação.

*Blog participa do pool de imprensa da Agrishow

Novo motor Volvo para colheitadeira


Enviado por Nairo Alméri - ter, 29.4.2014 | às 13h54
Ribeirão Preto (SP) - Com foco significativo do desenvolvimento tecnológico para o agronegócio da cana-de-açúcar, a Volvo do Brasil anunciou na Agrishow - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, em Ribeirão Preto (SP), o desenvolvimento de um motor, de 16 litros (é a unidade que indica quantos cabem em cada pistão na área de combustão) para equipar colheitadeiras de cana. O diretor de motores industriais da Volvo Penta South America, João Zarpelão, previu que o equipamento será oferecido ao mercado no início de 2015. Assegura que será mais econômico de 5% a 7% no consumo de combustível em comparação com os concorrentes disponíveis. 
O executivo comentou, em conferência de imprensa realizada ontem que a Volvo concentra “esforços” não mercado industrial para motores de grande porte, de 13 a 16 litros. “Os outros fabricantes têm fazer motor com 18 litros para concorrer (com a Volvo)”, assegurou Zarpelão. Completou que a capacidade competitiva da marca está “no domínio de tecnologia de combustão e de eletrônica”, aplicados no mesmo tamanho de câmara de combustão que os motores de outras marcas. Em press release, a montadora sueca informou que, em 2013, as vendas, a partir do Brasil, de seus motores de 13 a 16 litros apresentaram crescimento de 82% comparadas com o ano anterior.

Dependência do BNDES
A dependência da logística brasileira tem outros indicadores, além da estreita relação com transporte rodoviário (63% rodoviário; 22% ferroviário; e, 15% aquaviário, aéreo e dutoviário). Entre os outros aparece a ausência de colocação de capital de risco dos bancos privados, que optam por ficar na zona do conforto, operando como meros repassadores da linha Finame, a principal, do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES). O gerente Comercial da Volvo Trucks, Omar Simonetto, conta que, em 2013, 98% das vendas de caminhões no Brasil foram financiadas com a linha Finame. “E sempre que o BNDES mexe (altera as regras das taxas), faz com que o cliente se retraia”. 

Concentração
Omar Simonetto disse que, no Brasil, até 65% do custo de logística é com o transporte.

*Blog participa do pool de imprensa da Agrsihow

Drone da Embrapa



Enviado por Nairo Alméri – ter, 29 | às 13h47
Ribeirão Preto (SP) - Uma das vedetes na área da aviação agrícola dentro da feira da Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, aqui em Ribeirão Preto (SP), é o “drone” ou Vant (veículo aéreo não tripulado) exposto pela Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa), estatal do Ministério da Agricultura, equipado para tarefas de pulverização das lavouras. A aeronave é operada no Núcleo de Tecnologia e Demonstração de Campo da Embrapa. Além da pulverização, o “drone” da Embrapa realiza tarefas de coleta de imagens, que, de acordo com a informação da Embrapa apresentam “resolução superior às de satélites”. A estatal assegura que essas imagens, quando associadas à “boa técnica de geoprocessamento”, seriam capazes de identificar com precisão a presença de pragas e falhas em lavouras, além de aspectos relacionados como o solo, erosão, hídrica e assoreamento em cursos d’água.
*Blog participa do pool de imprensa Agrishow