Enviado por Nairo
Alméri – qua, 07.5.2014 | às 7h39 - modificado às 7h42
As bases dos principais pré-candidatos às eleições de
outubro à Presidência da República terão uma sexta-feira (depois de amanhã) de
muito agito. Concorrerão com aquilo que poderá surgir de novo nas denúncias
envolvendo a Petrobras na maior onda de escândalos em seus 60 anos de
existência, comemorados em 3 de outubro de 2013. A expectativa tem como centro
geodésico aquilo que exibirão os gráficos da pesquisa de opinião pública de
intenção de votos do Datafolha. O caldo transbordará, de qualquer jeito. A
satisfação e/ou tristeza ficará por conta do lado da gangorra ocupado pelos
candidatos. É sabido, até aqui, que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador
pernambucano Eduardo Campos (PSB) – ambos presidentes nacionais em suas
legendes seriam prováveis aliados em uma disputa de segundo turno contra a reeleição
da presidente Dilma Rousseff (PT).
A fervura na panela política da sexta-feira ficará por conta
confirmação ou não, pelo Datafolha, da tendência de queda de Dilma apontada na
pesquisa ISTOÉ/Sensus. Seja qual for a revelação daquilo que pensa o eleitor, o
PT fará duas reuniões. Uma, do bloco da Dilma. Outra, do bloco do ministro
Gilberto Carvalho. Este é apontado como indutor nas fileiras petistas do
"volta Lula". Em Minas, a expectativa é a de que Aécio Neves, seja
qual for o resultado do Datafolha, poderá confirmar o falatório da
provável substituição de Pimenta da Veiga, o que o próprio nega. O bastidor mais
repetido é o de que a candidatura de Pimenta ao governo de Minas não é ameaça à
do ex-ministro Fernando Pimentel (PT), que até teria, digamos, apoio funcional
do empresariado de Minas. O candidato estaria fragilizado diante de processo público
que o reprovaria como gestor do erário. A carta da manga do dirigente tucano
para o cenário mineiro é o governador Alberto Pinto Coelho (PP). Para lançá-lo,
Aécio precisaria, porém, convencer o prefeito Márcio Lacerda (PSB), de Belo
Horizonte, a entrar firme na campanha mineira.
Assim, dormiram, de ontem para hoje, os integrantes dos ‘politburos’
das agremiações de centro-esquerda e da esquerda política mineira.
Mas como nada nesta vida, além da morte, é certo, menos ainda em
política – na mineira, em particular -, é esperar. A pedida é jogar paciência até
o Datafolha partir para mais 15 minutos de gloria.
O Ibovespa, mais importante índice da BM&FBovespa,
deverá aguardar ‘andando de lado’, até o meio da tarde da sexta-feira. Ou seja,
investidores farão suas apostas no pregão político. A apuração ISTOÉ/Sensus foi publicada aos 30
minutos de sábado passado. Poucas horas depois, ainda pela manhã, a presidente Dilma foi vaiada em uma plateia
da principal feira da pecuária da América Latina, da Associação Brasileira de
Criadores de Zebu (ABCZ), em Uberaba, no Triângulo Mineiro. No primeiro pregão
após o indicativo de realização de segundo turno – se as eleições fossem hoje -,
o Ibovespa fechou em alta.
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