06.03.2013
Neste ano, duas importantes
companhias de capital estrangeiro instaladas em Minas Gerais emplacarão 40 anos
dos termos protocolares finais para suas existências. Em 14 de março de 2013,
no Governo Rondon Pacheco, foi consignada com a Fiat S.p.A a decisão pela
construção da Fiat Automóveis, em Betim. O chefe da casa italiana, Giovanni
Agnelli, assinou o protocolo no Palácio da Liberdade, tendo o Governo de Minas
como acionista – quase metade do capital. No mesmo ano, em 13 de setembro, a
Companhia Vale do Rio Doce (CVRD – atual Vale S/A), sendo majoritária, celebrou acordo com a holding Japan Brazil
Paper and Poulp Resources Development Co., Ltd (JBP), para a construção da Celulose Nipo-Brasileira
– Cenibra, em Belo Oriente. Há algum tempo, o Governo de Minas e a Vale saíram
das sociedades, deixando 100% do capital com os antigos sócios.
As ‘bolivarianas’
do Mercosul
Enviado
por Nairo Alméri - quar, 6.3.2013 | às 15h33 - modificado às 18h46
06.03.2013
No ano
passado, puxando pelo cabresto Cristina Kirchner, da Argentina, a presidente
Dilma Rousseff se intrometeu em assuntos internos constitucionais do Paraguai,
que promovia o julgamento de retirada do mandato do presidente Fernando Lugo. A deposição seguiu o rito da Constituição paraguaia. O chanceler brasileiro, Antônio
Patriota, desembarcou e Assunção, “levando uma forte mensagem da presidente
Dilma Rousseff contra o que está se passando, algo inaceitável para o Brasil” (Agência
Efe, 21.6.2012).
Lugo
caiu. Dilma usou o episódio como uma deixa para suspender o Paraguai nas
votações do bloco. O Congresso do Paraguai acusava a “revolução bolivariana” do
presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de desrespeito às liberdades democráticas.
Por isso obstruía seu ingresso no Mercosul. Com Paraguai excluído das decisões,
Dilma e Kirchner abriram caminho para a entrada triunfal (em Brasília) da
Venezuela .
Agora, morre Chávez (anúncio oficial foi na tarde
de ontem) e a Constituição venezuelana não será respeitada. A Presidência do país
e as novas eleições, em 30 dias, deveriam ser comandadas pelo atual presidente
da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, uma vez que Chávez não tomou posse (estava
doente, em Cuba) no começo de janeiro. Mas os comandantes militares se declararam
pelo continuísmo do “chavismo” e entregaram todas as tarefas ao vice da Venezuela, Nicolás Maduro, que governou
nestes dois meses do 4º mandato de Chávez. Maduro, apresentado por
Chávez como seu “herdeiro” de sua “revolução”, será candidato. Cabello é “chavista”
e não saiu em defesa da Constituição.
E então,
senhoras presidentes Kirchner e Dilma? Além das lágrimas por Chávez, dirão (em
solo venezuelano) que se trata de assunto interno do povo da Venezuela? No
Paraguai também era um assunto interno, no qual foi respeitada a Constituição!
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