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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

VALE SE NEGA A RECEBER CADASTROS

Enviado por Nairo Alméri -qui, 28.2.2019 | às 18h58 - modificado 01.3.2019
(Da conta Facebook)

VALE SE RECUSA RECEBER CADASTROS - PAGAR AUXÍLIO DETERMINADO PELO TJMG

CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG) - Embora tivesse acordado com o Ministério Publico Estadual (@MPE), a @VALE S/A se recusou a receber ontem os cadastros dos moradores do Córrego @Feijão e localidades vizinhas (Cantagalo e José de Melo) para o pagamento do valor de equivalente a um (O1) salário mínimo a todos os moradores das áreas atingidas pela tragédia  de 25 de janeiro. A tragédia (182 mortos e 122 desaparecidos - 27.02.2019) foi consequência do rompimento de barragens de rejeitos de minério de ferro da Mina Córrego do Feijão reunião, neste arraial.
Em audiência no dia 20 (quarta-feira passada), o juiz da Sexta Vara Fazenda Pública do @TJMG, Elton Pupo Nogueira, determinou aquele pagamento, por doze meses, à título de “auxílio emergencial”, e também R$ 300 para cada adolescentes criança, além de cesta básica (valor nacional). A mineradora fez mídia da decisão judicial (rádio, TV e jornais), colocando como um gesto “histórico”.
Ontem, assim que começou a reunião, a representante da Vale (identificada apenas por Fernanda) fechou as portas da casa que a mineradora passou a ocupar, em frente à praça. Um promotor do MPE, quis saber dela se compareceria para receber os documentos conforme fora acordado. “Eu fui lá e falei com a Fernanda. Aí (depois das portas fechadas), um terceirizado veio informar, por bilhete, que o chefe do Jurídico diz que (o caso da entrega dos cadastros) será resolvida na audiência do 7 (em 7 de março, no Fórum Lafayete, em Belo Horizonte)”, relatou Luiz Tarcísio, servidor do Ministério Publico Estadual  (MPE), às cerca de 120 pessoas (adultos e adolescentes) presentes. O representante do MPE, que prefere sempre não ser nominado, relatou que, durante a semana, o promotor Antônio Pádua, da Defensoria Pública da União (@DPU), presente no ato, passou e-mail para a área da Vale que negocia às demandas da população vítima (direta e indireta) da tragédia, avisando que seria feita a entrega dos documentos. A Vale, garantiu, foi informada na reunião de segunda-feira, e, na terça-feira, por e-mail.
Diante do não cumprimento do acertado por parte da Vale, o MPE irá protocolar com o juiz na audiência do dia 7. Além dos promotores citados, estiveram na reunião com a população outros dois defensores públicos: Estevão Couto. (DPU) e Carolina Murishita, do Ministério Publico Estadual (MPE)

QUESTÕES COLETIVAS - Além da entrega dos documentos para o recebimento do auxílio emergencial, os promotores trataram de outras demandas emergenciais apresentadas pela comunidade: local com infraestrutura para as reuniões (local coberto com iluminação e banheiros); regularização dos transporte seguro para estudantes da área rural; condições das estradas e outros itens de interesses coletivo. Em todas as intervenções, os promotores fizeram questão de reafirmar que o juiz não trata das doações que a Vale anuncia, mas das questões de direito, como verbas emergenciais e as diversas indenizações futuras.

MPE ESCLARECE GRATUIDADE - “Nós somos pagos por vocês. Nossa função é defender o interesse público “, frisou Luiz Tarcísio, ao esclarecer que as ações coletivas encaminhadas pelo MPE à Justiça não têm custos, ao contrario das demandas individuais.

ADVOGADOS DE SP, RJ E RO - Esse esclarecimento tinha a ver também com a presença de advogados de São Paulo, Rio e até de Rondônia por Brumadinho, Parque da Cachoeira e Córrego do Feijão colhendo procurações de pessoas para representá-las na Justiça contra a Vale. Essas representações dariam poderes a esses advogados até para movimentação financeira. O caso foi denunciado ao Procon da Câmara Municipal de Brumadinho.

NOVA REUNIÃO - “O que o MPE, MPF, DPU e DPE farão por vocês? Acompanhar todas negociações coletivas e levar para o juiz. O que vamos fazer, será por vocês. Tudo que for (questão na) Justiça, a gente leva (para o juiz)”, reforçou Carolina Murishita. Hoje uma Van com pessoal do MPE está fez atendimentos no Córrego do Feijão e voltará amanhã. No sábado, os promotores farão nova reunião pública com moradores.

MAB NÃO REPRESENTA - Os promotores ouviram da população não que desejam mais a participação de movimentos e ONGs intermediando as suas demandas. “Nós queremos tomar as nossas próprias decisões. Não queremos essss movimentos”, defendeu Ana Paula, que em assembleia de moradores do Córrego do Feijão fora indicada para ser da comissão esteve com com a Vale na última segunda-feira.

COMO ATUAM - “Defensores públicos, promotores e procuradores da República (que são membros do MPF) trabalham juntos no caso de Brumadinho, em defesa da sociedade. A principal diferença é que os defensores públicos podem atuar também em casos individuais (membros do MP não) e os defensores públicos têm um foco maior nos mais pobres e mais vulneráveis”, esclarece o defensor público federal Estevão Couto.
Perfil NAIRO ALMÉRI

Fotos: https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2274474376159730?sfns=xmo

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

BOMBEIROS E PM - TRAGÉDIA DA VALE

Enviado por Nairo Alméri - seg, 25.2.2019 | às 19h11 - alterado
(Da conta Facebook)
CÓRREGO DO FEIJÃO HOMENAGEIA BOMBEIROS - TRAGÉDIA DA VALE S/A

CÓRREGO DO FEIJÃO, @Brumadinho (MG) - Crianças do grupo (Escola Municipal Nossa Senhora das Dores), hinos Nacional e de Brumadinho cantados, 16 cruzes no gramado da pracinha, oração, leitura de cartas de crianças, homenagem ao Corpo de @Bombeiros de Minas Gerais, balões brancos no céu e caminhada até o muro do cemitério, onde familiares, amigos e vizinhos chamaram pelos nomes os seus entes queridos mortos e desaparecidos... Assim, foram os momentos que antecederam e posteriores às 12h28, o instante em que, no dia 25 de janeiro, se romperam as barragens de rejeitos de minério de ferro na Mina Córrego do @Feijão, da @VALE S/A, iniciando uma tragédia sem precedentes na história da mineração da América do Sul.

Localidade mais próxima do lugar da tragédia, com imóveis e propriedades destruídos pela lama de minério (assim como o bairro Parque da Cachoeira), a área urbana deste arraial fica a menos de 1 km da Portaria da Vale. A proximidade da vida das pessoas daqui com a mineração era tal que, pela janela ou porta da sala ou da cozinha, o Pico dos Três Irmãos (serra que é o símbolo natural do município e onde está a mina da Vale) está permanentemente dentro de suas casas. Mas foi dessa paisagem, antes tão admirada, que o mundo acabou para famílias, amigos e vizinhos de algumas dezenas dos 179 mortos e 131 desaparecidos (Defesa Civil 24.02.2019). Entre essas vítimas das barragens rompidas (B1, dentro da mina, e B4 e B3, lado de fora - à jusante de onde ficava a Pousada Nova Estância), estão empregados da Vale, de empresas terceirizadas e de fornecedores de bens e serviços,  turistas e pessoas que transitavam nas estradas e moradores no interior de suas casas.

POLÍTICOS E CNBB AUSENTES -  O Córrego do Feijão, neste trigésimo dia, foi esquecido. Menos pelos militares do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar de MInas Gerais. Sem emissário do Vaticano (ou CNBB), sem prefeito, sem vereador, sem secretários (municipais e estaduais), sem deputado, sem senador, sem governador,... sem políticos (autoridades). A dor do povo deste lugar foi abraçada, confortada, pelo @CBMG e pela @PMMG. “... Os Bombeiros, nossos heróis. Suportaram a chuva, o cansaço. Nosso muito obrigado!”, traduziu a encarregada pelo cerimonial e uma das coordenadoras do ato cívico, Sara Souza, o agradecimento popular daqui. As crianças abraçaram os “heróis” e entregaram cartas.

Primeiro a comandar o Centro de Operações do CBMG de busca das vítimas, o tenente-coronel Ângelo, agradeceu a homenagem  e deixou uma mensagem que, certamente, tocou no coração desta gente, muito religiosa: “Peço muitas orações (para todos os familiares das vítimas)”. Emocionados, com olhos marejados em lágrimas, representantes dos bombeiros saíram o ato cívico para as buscas de mais corpos das vítimas, trabalho que poderá demorar mais alguns meses.



Fotos: https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2272663536340814?sfns=xmo




domingo, 24 de fevereiro de 2019

CÓRREGO DO FEIJÃO - VALE S/A

Enviado por Nairo Alméri - dom, 24.2.2019 | às 7h26
(Da conta Facebook)

CÓRREGO DO FEIJÃO - HOMENAGENS
Um mês da tragédia causada pelo rompimento de barragens de rejeitos de minério de ferro da @VALE S/A, na Mina Córrego do @Feijão, em @Brumadinho (MG), dia 25 de janeiro, entre 12h28 e 12h30: 177 mortos e 133 desaparecidos (Defesa Civil MG). Convocação organizará por moradores, amigos e parentes das vítimas.
Perfil NAIRO ALMÉRI

Cartaz: https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2271735943100240?sfns=xmo

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

VALE S/A - JUIZ BARRA REPRESENTANTES DAS DAS FAMÍLIAS

Enviado por Nairo Alméri - qua, 20.2.2019 | às 15h37
(Da conta Facebook)
JUÍZ BARRA REPRESENTANTES  DO CÓRREGO DO FEIJÃO NA AUDIÊNCIA COM A VALE

TRAGÉDIA DA VALE S/A - O juiz da 6a Vara da Fazenda, do Tribunal de  Justiça de Minas Gerais(TJMG), Helton Pupo Nogueira, barrou a participação do vice-presidente da Associação Comunitária do Córrego do Feijão,  Luciano Casemiro Lopes, na audiência com a VALE S/A. A audiência começou por volta das 14h20, em Belo Horizonte.
A audiência é para estabelecer as bases de acordos de reparação econômica imediata para perdas (trabalho, negócios etc) endereções longo prazo e indenizações de todas as naturezas para a população do Córrego do Feijão, Parque da Cachoeira e sede de @Brumadinho atingida pela tragédia com o rompimento das barragens de rejeito de minério de ferro na Mina Córrego do Feijão, da VALE S/A. Na tragédia morreram 171 e 139 continuam desaparecidos (Defesa Civil MG - 19.02.2019).
Alem do vice-presidente da Associação, que participou de todas as negociações, até aqui, foi impedido de ir para mesa de negociações, também não puderam os moradores autorizados a acessar o Pilotis do @TJMG.
“Só comunicaram agora. Falaram que entra só quem participou da última reunião. Quem estava lá (no Córrego do @Feijão) sabe que quem participou desde o início fomos nós”, protestou o vice-presidente da Associação.
Ele não concorda com a condução dada pelo juiz: tratar o caso dentro de um pacote para o Complexo do @Paraopeba, o que abrangeria minas da Vale fora da área da tragédia do dia 25 de janeiro, como duas da Mina Mar Azul, em Nova Lima, que é que entrou em alerta “nível 2”.
“Todos sabem que a tragédia foi no Córrego do Feijão. Depois. Parque da Cachoeira e, depois, Brumadinho.... Agora querem atender todo o Vale do Paraopeba. Mas não vai acontecer (no Córrego do Feijão) o que aconteceu em Mariana “, protestou Luciano Lopes, que vê “manobra da Vale” para esvaziar a tragédia.  Disse que a Vale quer fazer o Córrego do Feijão de “boi de piranha”, e que iria se retirar das negociações. A Associação organizou a vinda de 40 pessoas de famílias que perderam parentes dentro da mina da Vale, nas estradas próximas, na Pousada Nova Estância e no Parque da Cachoeira.

Veja o que disse: que apenas uma pessoa (identificou apenas por Juliana) do Córrego do Feijão participa da audiência:


Link do vídeo: https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2269537826653385?sfns=xmo


Perfil NAIRO ALMÉRI

TJMG - TRAGÉDIA DA VALE S/A

Enviado por Nairo Almeri - qua, 20.02.2019 | às 14h12
CÓRREGO DO @FEIJÃO -TRAGÉDIA DA @VALE S/A

Audiência, agora, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em Belo Horizonte. Povo do Córrego do Feijão, @Brumadinho (MG), e frente ao prédio do Tribunal. Reunião para estaleceber às bases dos reparos econômicos, indenizações e sociais.


Fotos: https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2269503946656773?sfns=xmo

Perfil NAIRO ALMÉRI

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

VALE S/A PEDIU PARALISAÇÃO

Bombeiros minimizam ‘deslocamento’ na barragem B1; mudança para Vale

Enviado por Nairo Alméri - seg, 18.02.2019 | às 20h48

CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG) - O “deslocamento” de rejeito de minério de ferro, detectado na manhã de hoje, na barragem B1, uma das duas que se romperam dia 25 de janeiro, não foi  motivo para alarde por parte dos bombeiros. “Foi uma espécie de degrau que se desfez. Mas sem provocar corredeira de minério”, explicou-me, no final do dia, o major Ivan Neto, do Corpo de @Bombeiros de MG. Ele é, nestes dias, o subcomandante (em revezamento semanal de Comando) no Centro de Operações instalado aqui desde o 25 de janeiro. 
O oficial disse que a decisão de suspender as buscas, ainda na parte da manhã, foi a pedido da @Vale S/A, dona da Mina Córrego do @Feijão, onde houve o rompimento das duas barragens, causando 169 mortes e 107 desaparecimentos (Defesa Civil MG/IML - 18/02/2019)

CORPO - Nas buscas realizadas hoje, os bombeiros retiraram da lama o corpo de uma moça, Estava dentro da “zona quente”. Encontraram também segmentos humanos.

RETIRADA DO DF - Os 14 militares dos Bombeiros do DF e os quatro cães farejadores que trouxeram encerraram hoje 15 dias seguidos de missões. Bombeiros de outros Estados, como RJ, ES, BA e SC ficaram períodos longos e não retornaram mais. As buscas chegaram a envolver mais de 300 militares, principalmente bombeiros.

SÓ OS DE MINAS - Tive informação que a partir do dia 25, quando se completar 30 dias da tragédia, ficarão nas operações de buscas dos corpos somente militares dos Bombeiros de MG. O major Ivan Neto não confirmou. “Estamos em planejamento desta nova fase”, comentou. Ele próprio retornará quinta-feira (21) para seu comando, na Sétima Companhia Independente do @CBMG, em Pouso Alegre, não devendo mais regressar ao Córrego do Feijão.

PARA DENTRO VALE - O Centro de Operações do CBMG iniciou o desmonte da infraestrutura o entorno da Igreja Nossa Senhora das Dores. Todas operações (Centro de Comunicação (estatística, controle em tempo real dos militares nas busca e apoio do tráfego aéreo), instalações da Polícia Técnica/IML e alojamentos dos bombeiros  estão em montagem em área de lazer (campo de futebol e dependências fechadas) construídas quando a mina pertencia à @Ferteco Mineração S/A (1972/2001). 

LOCALIZAÇÃO - O novo local do Centro de Operações fica à jusante das barragens que se romperam, e na lateral do rastro de destruição aberto pela lama de rejeito. 

EM CONTÊINER - Os alojamentos dos bombeiros serão em contêineres. Soube disso com um por profissional que trabalha em empresa que presta serviço em segurança de pessoal para a Vale.

PISTA DE POUSO - Uma área anexa recebe massa asfáltica e servirá de pista na operação dos helicópteros.

ESVAZIAMENTO - As operações de buscas e apoio não ocuparão mais imóveis dentro da área urbana do arraial. Dividida, a população assiste preocupada esse esvaziamento que será criado principalmente com a segurança. O temor é que os imóveis vazios sejam invadidos por marginais. E, também, que a tragédia saia do foco da imprensa, no aspecto das queixas contra a Vale, que poderá “filtrar” o ingresso de jornalistas ao novo Centro de Operações.

MAIS CEDO - Com o fim do horário de verão, as missões dos helicópteros foram encerradas mais cedo. O tempo chuvoso também construiu. Chove desde às 19h. Às 18h40 há estava escurecendo.

Perfil NAIRO ALMÉRI


VALE S/A CRIA COMPLICADORES

Enviado por Nairo Alméri - seg, 18.2.2019 | às 9h34

(Da conta Facebook 17.02.2019)
VALE S/A - MAIS DOIS CORPOS DA TRAGÉDIA; VALE CRIA COMPLICADORES

CÓRREGO DO FEIJÃO FEIJÃO, @Brumadinho (MG) - Os cinco helicópteros que fizeram missões de buscas, neste domingo (17/02), decolando do Centro do Centro de Operações do Corpo de @Bombeiros, no Córrego do Feijão, resgataram dois corpos e fragmentos de vítimas da tragédia de 25 de janeiro. Naquele dia, entre às 12h26 e 12h28, ocorreu o rompimento de duas barragens de rejeitos de minério de ferro da @VALE S/A. A companhia é de capital aberto, tem ações negociadas nas Bolsas @Nyse e @B3 (@Bovespa) e é a dona da Mina Córrego do Feijão, de onde vazou o mar de rejeitos, cobrindo extensão de 7 km (até mais de 1 km de largura), até atingir o Rio Paraopeba (afetado em mais de 190 km de curso). A última estatística da Defesa Civil de MG indicava (16/02) 166 mortos e 145 desaparecidos.

VALE CORTA MARMITEX E LANCHE - Na sexta-feira, sem comunicação, a Vale deu início ao corte de marmitas do almoço e jantar e lanches no Centro Comunitário, principal unidade de apoio à população deste arraial. Com isso, no sábado e hoje, as pessoas correram para o Centro de Operações do Corpos de Bombeiros de Minas Gerais (@CBMG), que mantém cerca de 300 militares (bombeiros de PMs) e Polícia Civil e Federal - de Minas e outros Estados) nas buscas.

CONTRARIEDADE - O comando local do CBMG tratou essa invasão com cautela. Não impediu que as pessoas (se aproveitaram também grupos de religiosos e famílias de curiosos que vieram ao arraial) recebessem marmitex e demais mantimentos destinados às tropas, que trabalham até 18 horas diárias. Mas é visível a irritação dos militares, em geral, com a atitude da Vale. Principalmente pelo desdobramento negativo que a presença de populares causa no local, o centro nevrálgico das operações.

SEGURANÇA E RISCOS - No Centro de Operações estão unidades de segurança e áreas que representam riscos, sendo as principais: A) Unidade móvel de comunicação da Aeronáutica: antena e equipamentos de TIC para sinal de internet e monitoramento de apoio no tráfego aéreo local dos helicópteros (controlado de Belo Horizonte) etc; Bureau do Centro de Operações, dentro da Igreja Nossa Senhora das Dores: equipamentos e telões que possibilitam saber em tempo real onde estão as equipes (chegaram a ser cerca de 20 com até 8 militares cada; e, nos helicópteros, além dos pilotos, três militares para resgates - as buscas, na primeira semana, teve até 14 helicóptero/dia em operação) na “zona quente” e dentro do Paraopeba; telões para estatísticas atualizadas em tempo real; de planejamento das operações etc; C) Pista de pouso e decolagem dos helicópteros; D) Ponto de pouso das aeronaves com os corpos e segmentos resgatados da lama e do Paraopeba; E) Área da Polícia Civil (perícia técnica) e do IML, que fazem o recebimentos dos corpos e segmentos (peritos e pessoal de apoio trabalham com vestimenta especial); F) Unidade para higiene preventiva das equipes que chegam das frentes de resgates e dos cães farejadores (eles podem conter elementos contaminantes em suas roupas e utensílios); G) Ponto de coleta da água da higiene preventiva dos militares; H) Vários grupos geradores (a diesel) emergenciais de energia.

DENTRO DO CAMPO - Um oficial me contou que um cidadão, em estado de embriaguez, chegou perto da entrada restrita do Centro de Operações. Eu presenciei, ontem e hoje, várias pessoas sendo contidas quase dentro do campo de pouso e na área da Polícia Técnica/IML.

CURIOSOS E “TURISMO” - A falta de sinalização de que o local é área restrita, tem facilitado também a invasão por curiosos de finais de semana (famílias inteiras que vêm ao Córrego do Feijão por curiosidade: fazer fotos das marcas da tragédia, das aeronaves e fazer selfies). Isso virou rotina nestes três finais de semana.

VALE DIFICULTA REUNIÕES - A forte chuva da noite de sexta-feira (15/02) destruiu as tendas montadas ao redor do Centro Comunitário. Era sob elas que, todas as noites (na semana passada, em dias alternados, a pedido dos presente), o comandante ou subcomandante local dos Bombeiros faziam uma conversa (às 20h) com a população (sempre saíram aplaudidos). Só que a Vale não reconstruiu as tendas. Assim, ontem, sob chuva, o subcomandante, major Ivan Neto, esteve lá e não encontrou ninguém para conversar. Nas mesmas tendas, durante o dia, havia prestação de serviços do Ministério Publico, Defensoria Pública, Emissão de documentos (identificação e trabalho) etc.

MUDANÇA - Toda essa situação adversa aos trabalhos do Corpo de Bombeiros vem nos dias em que começa a ser transferido o Centro de Operações, para local mais distante das casas. Teria havido queixas contra o barulho dos helicópteros (mas não encontrei uma só queixoso) e pedido do padre para desocupação da igreja (os fiéis estão divididos). Ontem a antena da Aeronáutica foi retirada. Mas não há instalações suficientes para receber toda infraestrutura no novo local, o “campo”.

CHUVA - Aqui no Córrego do Feijão, choveu durante toda noite passada e, hoje, a partir das 17h.

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Perfil NAIRO ALMÉRI