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quinta-feira, 28 de março de 2013

Um não "familiar" comandará a Cedro

Enviado por Nairo Alméri - qui, 28.03.2013 | às 12h59

O Conselho de Administração da Cedro e Cachoeira (textil), companhia com ações do capital social listadas na BM&FBovespa,  após um processo interno seletivo entre três de seus executivos, escolheu o atual diretor de Gestão e Recursos Humanos, Marco Antônio Branquinho Júnior, para assumir a presidência da Diretoria em 31 de dezembro. A sucessão foi anunciada pelo atual presidente, Agnaldo Diniz Filho, na manhã de hoje, durante a apresentação da Apimec (dos resultados financeiros de 2012), em Belo Horizonte. Ele chamou atenção para um fato importante na história da companhia: pela primeira vez, em 140 anos de existência (desde 1872) de produção ininterrupta, a Cedro terá seu comando exercido por um executivo não descentente das famílias fundadoras. Branquinho, há oito anos na empresa, está em processo de transição e será o 13º presidente. Com 40 anos de idade e graduado em Engenharia Mecânica (UFMG), concorreu com outros dois executivos que são do bloco "familiar" e teve voto de um deles, revelou o atual presidente. Agnaldo Diniz, também presidente (reeleito) da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit), entrega o cargo por ter atingido a idade limite prevista no Estatuto. Ele está há 43 anos na Cedro, dos quais 12 no comando.
Obs.: Resultado da Cedro será abordado mais tarde.

terça-feira, 26 de março de 2013

“Passa” pela prefeitura de BH


Enviado por Nairo Alméri – ter, 26.3.2013 | às 12h45 - modificado às 14h33

Há alguns anos atrás, era comum se ouvir nos discursos dos políticos, toda vez que buscavam entendimento em aliança nacional, a frase: “passa por Minas”. Refletia o peso político que o Estado tinha no Congresso e no cenário nacional. A frase foi consolidada por uma das últimas raposas políticas (no sentido de como fazer política) deste país, o então governador Tancredo Neves, quando articulava sua candidatura à Presidência República. Foi o último pleito pelo voto indireto (dentro do Colégio Eleitoral imposto pela ditadura militar), em 1983 e 1984. O mineiro enfrentou o paulista Paulo Maluf, representante do sistema militar.
O misto da importância política de Tancredo e a sede do país por democracia plena patrocinaram fantástica romaria nacional de políticos e empresários (dos maiores grupos da produção e de banqueiros – Mathias Machline, Antônio Ermírio de Moraes, Amador Aguiar etc.) à capital mineira. Os portões do Palácio da Liberdade ficaram estreitos para o cotidiano entra e sai. A mídia nacional foi obrigada fortalecer suas sucursais locais.
Quase 30 anos depois, o neto de Tancredo, o ex-governador e senador Aécio Neves (PSDB-MG), revê as lições do avô. Tenta aglutinar fatores para uma provável corrida ao Palácio do Planalto. Enquanto Tancredo dava luz ao Palácio da Liberdade (abria os portões para os refletores), Aécio negocia ao pé do ouvido. No momento, o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é a melhor opção visível de Aécio para vice. Por coincidência, é a mesma desejada pela presidente Dilma Rousseff, em sua corrida ir à reeleição, em 2014. Nas pesquisas, de momento, o governador e neto de Miguel Arraes (um dos maiores políticos em tempos de democracia do Nordeste e duas vezes governador do mesmo estado) é fator de desequilíbrio.
A desejada composição de Aécio com o chefe do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, “passa” pela Prefeitura de Belo Horizonte. Para ter Campos como vice, Aécio terá, antes de tudo, de convencê-lo que a sua oferta é uma boa moeda de troca: garantia da chapa do prefeito reeleito da capital mineira, Márcio Lacerda (PSB), para o governo de Minas. Dilma oferta os cofres do Tesouro Nacional como o arco-íris que transformará todo sertão do Nordeste numa Suécia tropical brasileira.

Commodities de Aécio
Até 2008, Márcio Lacerda era conhecido como ex-empresário bem-sucedido (serviços para operadoras de telefonia fixa e de montagem de pequenas centrais telefônicas), ex-secretário-geral de Ministério da Integração Nacional (primeiro Governo Lula) e ex-secretrário do Desenvolvimento de Minas (segundo Governo Aécio). O prefeito foi invenção política do senador do PSDB. A sua metamorfose deixou patente que a política terá, cada vez mais, soluções de proveta. Assim como ele, o atual governador de Minas, Antônio Anastasia, professor universitário de Direito e técnico em administração pública (ex-secretário-geral no Ministério do Trabalho, no primeiro Governo Fernando Henrique), é outra commodity política OGM (de organismo geneticamente modificado) plantada por Aécio.

Colheita
O senador mineiro terá que fazer boas colheitas por todas as estações que restam de 2013 e até a primavera-verão de 2014. E, como tem sido especulado, não se descarta nova pavimentação por uma estrada bem conhecida, a que leva de volta à Praça da Liberdade.

O 21 de abril
O jogo político sugere atenção às agendas do próximo dia 21 de abril, quando o país rende homenagens aos heróis da Inconfidência Mineira. É também data do anúncio da morte de Tancredo, em 1985. Se o céu do campo de pouso de São João del-Rei ficar pequeno, muda a análise nacional.

Camilo Penna
De João Camilo Penna (ex-presidente das elétricas Cemig e de Furnas, ex-secretário da Fazenda de Minas e ex-ministro da Indústria e Comércio) para este blog: “A velhice é uma boa característica. Pena que dure pouco”.


Corintianos órfãos de diplomacia
Enviado por Nairo Alméri – ter, 27.3.2013 | às 14h33

Por Cristina Moreno Casto, do blog kikacastro – 25.3.2013

segunda-feira, 25 de março de 2013

Passageiros fora das ferrovias



Enviado por Nairo Alméri – seg, 25.3.2013 |às 14h17

Em setembro de 2011, na coluna diária de economia que eu assinava no jornal “Hoje em Dia” (“Negócios S/A”), de Belo Horizonte, tratei do descumprimento “cláusula” de contrato pelas atuais concessionárias ferrovias a respeito do transporte de passageiros. Pois bem. Na semana passada, em Brasília, reuniram-se representantes da Associação Nacional das Transportadoras Ferroviárias (ANTF), de um lado, e dos Ministérios dos Transportes e o do Planejamento, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Empresa de Planejamento e Logística (EPL – estatal que o Governo Dilma criou para gerenciar o PAC da Logística). Na pauta apenas o interesse das concessionárias pelo uso de áreas (patrimônio) da União que estavam com a extinta Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) e não constaram nos editais de privatização, em 1996. As empresas querem usar essas áreas para expansões da malha e dos pátios de manobras. Para isso, então, o Governo baixou o Decreto 7.929/2013, denominado “Reserva Técnica”, criando condições para entrega do remanescente. Da agenda e das conversas entre representantes do Governo e das concessionárias, não constou absolutamente nada sobre a obrigatoriedade de abertura da malha para volta do transporte de passageiros.

Ferrovias têm que abrir linhas para passageiros; MRS e FCA indiferentes

Nairo Alméri – Hoje em Dia, “Negócios S/A” - 26.9.2011

As empresas ferroviárias concessionárias descumprem uma cláusula nos contratos de privatização, a partir de 1996, das malhas que pertenceram à Rede Ferroviária Federal S/A, que obriga a criação de linha de passageiros. A grita parte de um grupo de prefeitos do Sul do Estado do Rio de Janeiro. Esse assunto já foi tratado aqui, mas sem o conhecimento de tal "cláusula". Na quarta-feira, em demanda da coluna, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) confirmou, via assessoria de imprensa, a existência da "cláusula", mas sem revelar o artigo nos contratos - que fora solicitado.
No dia 20 de julho, a ANTT deverá revelar o novo "marco regulatório" para o setor ferroviário.
No Estado do Rio de Janeiro, os prefeitos de Volta Redonda (Antônio Francisco Neto), Resende (José Rechuan) e Barra do Piraí (José Luis Anchite), há algum tempo, tentam junto às concessionárias MRS Logística (controlada por um pool de empresas, incluindo Bradesco, Usiminas e Vale) e Ferrovia Centro Atlântica (FCA - 1 da Vale) viabilizar o retorno de vários ramais de passageiros, inclusive entrando em Minas Gerais (até Andrelândia, na Serra da Mantiqueira). Mas, conforme relataram ao jornal "Diário do Vale", enfrentam dificuldades com as empresas e a ANTT. O diário diz que as concessionárias admitiram conhecimento da "cláusula". 

A ANTT deu respostas vazias para o assunto.
"Realmente existem cláusulas nos contratos de concessão (excluindo-se os contratos da Vale, na Estrada de Ferro Vitória Minas e na Estrada de Ferro Carajás, que já realizam o transporte ferroviário de passageiros), em que as concessionárias são obrigadas a abrir janelas para "apenas dois pares de trens diários", dando preferência de tráfego aos mesmos, em conformidade com o Regulamento do Transporte Ferroviário. Entretanto, acreditamos (logicamente que dependemos de estudos mais aprofundados de demanda para confirmar tal hipótese) que essas duas janelas não seriam suficientes para a maioria dos pleitos apresentados", respondeu a ANTT à pergunta sobre a existência da cláusula citada pelos prefeitos.

Projeto amplo
 Na questão sobre o que poderia fazer para que as concessionárias atendam aos pleitos das prefeituras, a ANTT respondeu: "Todos os pleitos consistentes e fundamentados de implantação de transporte de passageiros em vias concessionadas para o transporte de cargas tiveram sucesso. Para isto foi inserida a citada cláusula. É importante que sejam feitos estudos completos onde fique definida uma série de questões como origem/destino, demanda a ser atendida, horários, frequência, tarifa, especificação do material rodante e sua compatibilidade com as características operacionais da ferrovia, plano de contingenciamento de risco, adaptações e melhorias das estações. Importa ressaltar que no trecho que corta os municípios de Barra do Piraí e Volta Redonda, o de maior densidade de tráfego da malha ferroviária do Brasil, circulam em média 80 trens por dia".

Chega a Minas
O prefeito de Volta Redonda diz que tentou convencer as empresas a implantarem o trem de passageiros ligando bairros ao Centro. O de Resende conta que desenvolveu projeto técnico, incluindo incentivo ao turismo, mas que encontrou "obstáculos" nas operadoras das ferrovias. O prefeito de Barra do Piraí também declarou apoio ao retorno dos trens de passageiros, pois facilitaria a viagem de trabalhadores da capital para as empresas do município. 
José Rechuan disse que procurou pelo Consórcio Cercanias, formado por 15 municípios de São Paulo, Minas e Estado do Rio, em busca de parceiros no empresariado da região para ativar dois trens: Volta Redonda-Aparecida do Norte (SP), e Andrelândia (MG)-Barra Mansa (RJ), podendo ir até Angra dos Reis (litoral Sul Fluminense), com partida de Resende. Essa proposta, de acordo com o prefeito, está na mesa da ANTT.

Concessionária nega a obstrução 
O gerente geral de Concessão e Arrendamento da MRS, Sérgio Carrato, nega que tenha recebido o pleito das prefeituras fluminenses. "Nunca chegou documento nesse sentido. Eu desconheço", frisou. 
Sérgio Carrato admitiu que a cláusula prevê que a concessionária é obrigada a "disponibilizar dois horários", mas que "o equipamento (a composição de passageiros) é por conta de quem quer fazer o transporte". Ele cita a Resolução 359/2003 da ANTT, mas que trata de "procedimentos relativos à prestação não regular e eventual de serviços de transporte ferroviário de passageiros com finalidade turística, histórico-cultural e comemorativa", sem citar o transporte regular de passageiros. O gerente da MRS insistiu que a empresa não pode ser apontada como obstáculo ao pleito dos prefeitos. "Não temos qualquer pedido (para transportar passageiros) e não estamos autorizados. A concessão dada pela União é para carga", concluiu.

FCA
A ferrovia controlada pela Vale também não esboça interesse com a operação do trem de passageiros reivindicado pela frente de prefeitos de Volta Redonda, Resende e Barra do Piraí. "A FCA esclarece que seus contratos de concessão e arrendamento são exclusivos para o transporte ferroviário de cargas, não prevendo o transporte de passageiros", diz nota liberada pela assessoria de imprensa. A empresa menciona as operações com os trens turísticos (finais de semana e feriados ) em cidades históricas: Ouro Preto-Mariana e São João del Rei-Tiradentes.

Com a ANTT 
Na mesma linha da MRS, a empresa da Vale diz apenas que "participa de discussões que fomentam a realização de trens de passageiros em sua malha". Mas deixa claro, também, o que não assumirá a dianteira: "(...) os interessados precisarão obter as devidas autorizações da ANTT para os transportes eventuais e/ou turísticos".

Seminário em SP
No dia 1º de julho, em São Paulo, será realizado o Seminário Concessão de Ferrovias - Impactos do Novo Modelo para a Infraestrutura, com foco na situação paulista. Não consta do programa a utilização da malha existente para operação de trens de passageiros.

700 obras
O programa do evento paulista cita a perspectiva de ampliação dos atuais 29 mil km de malha para 40 mil km, até 2020. O gargalo ferroviário existente no país representaria uma demanda reprimida para 700 obras para a iniciativa privada.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Gel mágico para medicina


Enviado por Nairo Alméri – sext, 22.3.2013 | às 12h54 - 



Por Carolina Vilaverde 21 de março de 2013 – SUPER INTERESSANTE
Fontes: Geekologie e FOX News


 

Carolina Vilaverde 21 de março de 2013 – SUPER INTERESSANTE
Fontes: Geekologie e FOX News

Dois estudantes da Universidade de Nova York (NYU), Joe Landolina e Isaac Miller, criaram uma fórmula que pode facilitar a vida dos profissionais de saúde. A invenção é um gel “mágico” chamado Veti-Gel, que é capaz de parar qualquer tipo de sangramento, inclusive os mais intensos.

quinta-feira, 21 de março de 2013

CVM doma o Ebtida


Enviado por Nairo Alméri -  qui, 21.3.2013 | às  11h32
21.3.2013
Diretores de Relações com Investidores (os RIs) das companhias com ações do capital social listadas na Bolsa (na BM&FBovespa) estão menos eufóricos com as apresentações do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Lajida/Lajir - ou Ebtida/Ebit, na sigla em inglês). A explicação para isso está na Instrução CVM nº 527/12, da Comissão de Valores Mobiliários (autarquia ligada ao Ministério da Fazenda e encarregada de funcionar como uma agência reguladora do mercado de capitais), que disciplinou uma farra dos bois em que foi transformada a publicação daquele resultado. A norma está em vigor desde 1º de janeiro e, da forma como era feita (sem disciplina mais severa). Até então, as companhias davam expansão ou minimizavam a baixa formação de caixa. Entre as novidades da resolução da CVM, aparece a facilidade de comparação do caixa entre companhias de mesmo segmento. Quem acompanha as reuniões Apimecs – apresentações de resultados para analistas do mercado de capitais – tem reparado o novo tom da conversa dos diretores de RI nesse item contábil. Os encontros com analistas serão mais frequentes de agora até 30 de abril, data limite para a publicação dos balanços patrimoniais anuais pelas sociedades anônimas - as S.As.

Anefac
De 11 a 14 de abril, em Camaçari (BA), a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) realizará o seu congresso anual, embalado pelo tema “Execução Inteligente, Resultado Surpreendente – Do Planejamento à Ação”.

Lácteos
A estatal Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) marcou para 16 a 18 de julho, em Juiz de Fora (MG), o Minas Láctea. Os eventos principais serão a 41ª Expomaq - Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista, a 40ª  Expolac - Exposição de Produtos Lácteos, e o 40º Concurso Nacional de Produtos Lácteos.


O Relatório Integrado, a governança e o investidor

Enviado por Nairo Alméri – qui, 21.3.2013 | às 11h32

Terça-feira, 19 de março de 2013

Da Virtual Comunicação

A iniciativa mundial de reporte integrado, conduzido pelo International Integrated Report Council (IIRC), foi um dos temas da última reunião conjunta entre as Comissões Técnicas da ABRASCA-Associação Brasileira das Cias. Abertas. No último dia 7, reuniram-se em São Paulo a Comissão de Mercado de Capitais (COMEC) e a Comissão Jurídica (COJUR), tendo como convidada Vânia Borgerth, do BNDES.

Edina Biava, representante da ABRASCA no Grupo de Trabalho do IIRC, ressaltou a importância do reporte integrado enfatizando que esta integração de informações “é fundamental para garantir a transparência” nas diversas frentes. Ela ainda pontuou que, ao contrário do que é o senso comum, o “reporte integrado pode trazer economia para as companhias abertas”.


Leia mais: http://virtualcomunicacao.blogspot.com.br/



UFMG - acesso e racismo


Enviado por Nairo Alméri - qui, 21.3.2013 | às 12h59




Vestibular é um sistema de avaliação massacrante e restritivo, que é criticado desde que me entendo por gente. Um sistema que valoriza a decoreba e que filtra os alunos que estudaram em escolas caríssimas — e um ou outro gênio ou iluminado de escolas públicas. E desde sempre havia um esforço para se buscar uma alternativa a ele.


quarta-feira, 20 de março de 2013

Ponto para democracia


Enviado por Nairo Alméri –  Quar, 20.3.2013 | às 17h50 

20.3.2013


Posted on 20/03/2013
Texto escrito por José de Souza Castro:

Alívio para os blogueiros em geral e, em especial, para a Cris, que está comemorando dez anos na atividade.
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que acompanhou o voto do relator do processo que acabou com a Lei de Imprensa (Carlos Ayres Britto), suspendeu em caráter liminar, a condenação do blogueiro Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, decidida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em ação movida pelos advogados do banqueiro Daniel Dantas. O jornalista livrou-se de uma multa de R$ 250 mil, um valor que raros blogueiros podem pagar. (Eu, certamente, não.)

terça-feira, 19 de março de 2013

BNDES vai segurar (mais) Eike


Enviado por Nairo Alméri –  ter, 19.3.2013 | às 14h14  

19.3.2013

Em junho de 2012, ele era partido para qualquer meganegócio na América do Sul. Na porta de seu escritório, tinha overbooking na fila de espera dos players internacionais. Esse era o cotidiano de Eike Batista, controlador do Grupo EBX, que, na década passada, viveu dias gloriosos de Midas da economia contemporânea brasileira. Porém, a lentidão dos projetos de suas empresas, muitos transferidos mofando no papel, renderam, também no curto prazo, a liderança no ranking das perdas bilionárias na BM&FBovespa. Ele coleciona também bilionárias multas com o Fisco.
Em junho de 2012, Eike era o 7º bilionário do planeta. Exibia uma carteira de investimentos de R$ 15 bilhões em setores básicos e estratégicos (mineração, petróleo e gás, hotelaria, geração de energia infraestrutura portuária etc.). Mas os tropeços e a confiança dos investidores afastam da vaidade bilionária do empresário um sonho para 2015: ser o maior bilionário do planeta.
 A Bloomberg, em sua pesquisa de bilionários dos tops, avaliou as perdas das empresas Eike ao longo dos últimos doze meses em US$ 23,8 bilhões (valiam US$ 34,5 bilhões). Com a sobra, de US$ 10,7 bilhões, a agência tirou um degrau do empresário entre os bilionários brasileiros. Ao olhar para cima, agora, o dono do Grupo EBX enxerga Paulo Lemann (Anheuser-Busch InBev), montado em US$  19,1 bilhões, Dirce Camargo Corrêa (Camargo Correa), com US$ 14,3 bilhões, e, Joseph Safra (Banco Safra), US$ 11,8 bilhões. No mundo, perdeu o cartão dos 100 mais ricos.

OGX no fundo
Depois de partir nacos substanciais de ativos da MMX (minério de ferro), em 2007, Eike abriu espaços a players estratégicos em várias “X”. Recentemente, bateu o martelo com a E.ON (Alemanha) em fatia respeitável da holding na geração de energia, a MPX. Agora, vai para esteira a OGX, de petróleo e gás. A empresa micou em muitos milhares de barris/dia de petróleo quando se compara prognósticos da publicidade com os volumes extraídos do mar. A OGX despencou de uma avaliação R$ 70 bilhões, em 2010, para R$ 16 bilhões, em outubro 2012, e chega ao  fundo do poço, em R$ 8 bilhões. “Está quase pelo valor dos investimentos”, ironiza um adviser de óleo e gás.

Também LLX
Eike sente a brisa do tsunami da crise na proa de seus sonhos. Ela começa a romper o quebra-mar de proteção da joia do império EBX, a LLX, da área de logística. Tida como “inegociável”, Eike foi convencido que, sozinho, não terá caixa para conclusão do megaprojeto (mais de US$ 5 bilhões) em infraestrutura do Superporto do Açu, em São João da Barra (RJ). Nesse site, planejou usinas de pellets de minério de ferro e de aço, geração de energia e até montadora de veículos. Em 2020, receberia investimentos adicionais em dólares equivalentes a R$ 22 bilhões (março 2012).

BNDES
Além do banco BTG Pactual, que voltou para dentro da EBX e destravou o pacto com a E.NO, o BNDES terá um novo papel no grupo. Não será mais apenas o de credor (papéis de mais de R$ 10 bilhões), emprestará “aval de credibilidade”. Neste capítulo, são atores o governador fluminense, Sérgio Cabral, a presidente Dilma Rousseff, e o presidente do banco público, Luciano Coutinho. Bem antes, Coutinho tomava café da manhã de olho no tabuleiro dos negócios de Eike, tentando enxergar um “X” para todas as questões do grupo.

Pressa
A presidente Dilma retorna do Vaticano, onde foi para o beija-mão do novo chefe de Estado, o papa Francisco, na esperança de encontrar sinal de fumaça cinzenta nas conversar de Coutinho com Eike. Investidores, depois dos fiéis católicos, porém, ainda enxergam muita fumaça negra nos gráficos de opções para os papéis das empresas da EBX. Mas, são, certamente, todos sabedores que ações surfam no mercado de riscos.

Razão
Entre as consultorias para investidores, a avaliação é que o Governo Dilma não aguentaria, pensando nas eleições de 2014, administrar duas crises ao mesmo tempo: EBX e Petrobras.

Japoneses
O engenheiro Eliezer Batista, pai de Eike, ex-ministro (Minas e Energia) e ex-presidente da Vale (duas vezes, quando era estatal – antiga Cia. Vale do Rio Doce), terá japoneses na agenda. Por sua importância na abertura de mercados para o Brasil, quando presidiu a Vale, Eliezer tinha o papel de “embaixador” para a economia externa do país, principalmente na Ásia. Eliezer participa das empresas do filho.

Fórum mundial da ciência

Enviado por Nairo Alméri – seg, 19.03.2013 | 14h14

Recife sediará o 5º Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência
Site Fapemig – 15.3.2013

Com o tema central “Oceanos, Clima e Desenvolvimento”, a cidade de Recife (PE) irá realizar entre os dias 14 e 16 de abril o 5º Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência. O evento será na sede da Regional Nordeste do Ministério da Ciência e Tecnologia e contará com a presença de palestrantes internacionais, especialistas na área climática e representantes de instituições de ciência e tecnologia do Nordeste.