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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

VALE - GOV. DE MINAS SE OMITIU

Televisão do Governo de Minas fez a reportagem anunciando tragédia em 2016

Enviado por Nairo Alméri - ter, 29.1.2019 | às 8h20 - modificado

CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG) - Há três anos, em novembro de 2015, a TV REDEMINAS, estatal do Governo de Minas Gerais, fez reportagem dentro do Córrego do Feijão, narrando exatamente aquilo que aconteceu há cinco dias (25). Ouviu um morador que fez denúncia clara para o risco de uma tragédia.  Mas órgãos ambientais do próprio Governo de Minas, FEAM, COPAM, IEF, Polícia Militar Ambiental, Secretaria do Meio Ambiente e a Promotoria Publica de Meio Ambiente preferiram o mais cômodo e incompatível com funções: a omissão, mesmo sendo a TV REDEMINAS parte da estrutura do Governo de Minas Gerais. No link, a reportagem:


https://www.youtube.com/watch?v=EIlY8EaGDbw

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

VALE - DIA NÃO TERMINA

Enviado por Nairo Alméri - seg,28.1.2029| às 22h44 - modificado 16.03.2019


 CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG) - Agora são  oito e quarenta (20h40). Alvorada as cinco (5h). Inicio das missões às seis (6h)”. Essas as palavras de encerramento de um dia trabalho ouvidas por cerca de 60 militares do Corpo de Bombeiros, pertencentes ao BEMAD (Batalhão Especializado em Desastres, e Emergências Ambientais). Sentados no gramado do campo de futebol, utilizado como campo de pouso e decolagem pelos helicópteros do Corpo de Bombeiros, PRF e IEF, eles receberam de seus superiores elogios e recomendações sobre cuidados pessoais de seus superiores. A coronel Andréia Geraldo Batista, chefe da Assessoria de Assistência à Saúde (AAS), abriu a conversa pedindo aos militares todo cuidado com a saúde: o contato prolongado da lama de rejeito de minério de ferro com a pele pode causar doenças. Por isso ninguém deve  negligenciar, pois há o risco do afastamento da missão. “Vocês andem em dupla. Se um precisar de ajuda, o outro busca socorro”, aconselhou a coronel.
“Salvar!...” O grito desses bravos ecoou de frente da Igreja de Nossa Senhora das Dores, que beira o gramado (é o Centro das Operações), pelo arraial e encerrou mais dia (já noite) de busca às vítimas da tragédia causada pela lama que saiu das duas barragens de rejeito da Vale. Na sexta-feira (25), entre 12h25 e 12h30), houve rompimento em duas barragens de rejeito na Mina Córrego do Feijão.
Entre mortos e “desaparecidos” , estão funcionários da Vale, de empreiteiras, de empresas fornecedoras de serviços, de pousada, moradores das proximidades e pessoas que transitavam em estradas municipais.
BALANÇO - No balanço das principais ocorrências do dia, o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara,  informou que foram realizadas 68 missões de sobrevoo; de um ônibus, retirados dois corpos; que os equipamentos nacionais de salvamento recebiam adaptações para uso pelos militares de Israel, e os brasileiros recebiam ensinamentos para operar os trazidos pelos israelenses; não houve resgate de pessoas com vida; e, que  pessoas têm se aventurado em encontrar em encontrar vítimas, criando situação extra para equipes para resgatá-las.
O capitão Johnny Franco de Oliveira, apresentou o seguinte estatística consolidada neste dia: 271 desaparecidos, 197 resgatados vivos e 81 - nesta segunda-feira, 14 corpos e sete partes)

- BOLT (foto no link) - Cachorro dos Corpo de Bombeiros localizou um corpo nas operações de resgate deste dia.


https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2255221708084997/



VALE - CONTAMINAÇÃO

Enviado por Nairo Alméri - seg, 28/1/2019 - às 16h02
CÓRREGO DO FEIJÃO  - CONTAMINAÇÃO

CÓRREGO DO FEIJÃO - O resgate dos corpos das vítimas da tragédia causada pelo rompimento das barragens de rejeito de minério ferro da Mina Córrego do Feijão, pertencente à VALE S/A (segunda maior mineradora do mundo e com ações negociadas em Bolsa - B3 e NYSE) foi divido em duas frentes. De dentro da Mina, até 2km a baixo de onde ficava a Portaria, militares e técnicos de Israel comandam (com participação brasileira). Daquele ponto, até a margem do Rio Paraopeba, os agentes brasileiros (todas as áreas), operação brasileira. Essa divisão foi anunciada pelo comandante das operações, o tenente-coronel Ângelo, do Corpo de Bombeiros de MG.

POUSADA NOVA ESTÂNCIA - Não restou nada

MÁQUINAS - Agora será utilizado equipamento pesado

CONTAMINAÇÃO - A lama de rejeito da mina da Vale atingiu o Rio Paraopeba, afluente do Rio São    Francisco

(No link, a entrevista)


https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2255064798100688/




VALE - LÁGRIMAS DO CÓRREGO

DO CÓRREGO DO FEIJÃO, NOSSAS LÁGRIMAS

Enviado por Nairo Alméri - seg, 28.1.2019 | às 11h17

A partir de hoje, começará a fazer falta profissionais para olhar dentro dos corações de pais, filhos, amigos... Daqui para frente, serão mais e mais velórios e sepultamentos. No Córrego do Feijão, em todo o município, outras cidades e estados. Talvez, outros países ... Também tenho pessoas amigas entre as vítimas. E choro por todos que a tragédia levou contra a sua vontade. O coração deste quarentão de profissão, neste momento, se rende à dor que o ronco das turbinas dos helicópteros traz. As lágrimas de todos foram anunciadas e sempre curvadas pelos poderes econômico e político. Pelas negligências e conivências de técnicos e autoridades públicas municipais, estaduais e federai.

OUTRO AVISO PRÉVIO - A 500 metros de onde escrevo, neste momento, há outro aviso prévio: três barragens irregulares da mineradora MIB, do Grupo Aterpa. Seu potencial de tragédia é para soterrar metade do área urbana do arraial, de 2 mil habitantes.

TODOS CULPADOS - O Ministério Publico, o Prefeito de Brumadinho, o delegado de Polícia, o juiz de Direito, todos da Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM), COPAM, Governo de Minas, entidades de mineração da FIEMG, sabem disso. Minas Gerais, é uma tragédia anunciada nas barragens das mineradoras. Sempre foi essa a realidade, antes décadas, bem antes da tragédia da Samarco (2015). A população dos arredores é calada pela oferta de emprego, uma necessidade para sobrevivência.

ENTENDAM - Desculpem! Não dei notícias. Desabafei minha dor, dividi lágrimas...




domingo, 27 de janeiro de 2019

VALE - INTERVENÇÃO LOCAL


OCUPAÇÃO DOS ESPAÇOS (OU INTERVENÇÃO) FEDERAL NO ARRAIAL


Enviado por Nairo Alméri – dom, 27.1.2019 |às 17h578

CÓRREGO DO FEIJÃO, BRUMADINHO (MG) – De forma efetiva e para desempenhar alguma função de frente nas operações e investigações do rompimento das duas barragens de rejeito de minério de ferro da Vale, chegaram hoje agentes da Polícia Federal (DVI) e do Exército. Essas forças federais se unirão aos militares da Aeronáutica, que ontem chegaram com equipamentos digitais para comunicação por sistemas de satélite.

A presença do Exército e da PF coincide com medidas assumidas bem cedo pelo comando local do Corpo de Bombeiros: proibição geral de entrada de pessoas na mina, incluindo os da Vale em qualquer grau de gestão. Na madrugada de hoje, por volta das 5h30, a população local foi acordada por alertas de sirene e mensagens em megafone. As pessoas foram acordadas com ordem urgente de busca de “rota de fuga”. Traduzindo: ir para pontos altos. É que a Barragem de B6, ou de Barragem de Água, desde o acidente com a 6 e a 4, é monitorada com viés de rompimento.

Os alertas atingiram níveis 1 e 2. O nível 3 é para estado de rompimento. Naquele momento, continuavam proibidas de retornar às casas os moradores das áreas atingidas, a chamada “zona quente” (fora dela, “zona morna” – mais alta, e fora da geografia afetada tragédia). Foi terrível acordar com aquele alerta, no meio de silêncio. Um pouco desesperador avisar vizinhos que não ouviam. Mais, ainda auxiliar pessoas com dificuldade – entrei na casa de um idoso e que tem pouca audição (por sorte, há dez dias, fiz uma cópia da chave do cadeado do portão dele), que entendia daquela situação inusitada: sendo acordado, ainda escuro, e com ordem de sair de casa. 


ENTENDA O RISCO NA BARRAGEM B6


Às 8h30, quando o pessoal da Vale ainda não estava impedido de acesso, a convicção de todos envolvidos era de que o “risco de rompimento” superava qualquer nível de segurança para aquela construção. Foi após a constatação de uma segunda “mexida” na represa, também tratada por “Barragem de Água”. Menos de meia hora após, quando oficiais do Corpo de Bombeiros já tinham determinada a proibição de acesso do pessoal da Vale, que até deslocava algumas máquinas na mina, aquele “risco” aumentara. Jargão que deu a dimensão do perigo: o sismógrafo (não tenho a certeza se era esse equipamento) registou um aumento substancial no “nível de água do maciço”. Não se sabe, ainda, o porquê de a Defesa Civil não ter adotado “Nível 3”, ou seja, ordenado o terceiro alerta. Na Vale, que já não tinha mais “comando” da situação, não havia dúvida quanto ao “indicativo forte” de acidente: rompimento.

Às 15h, os helicópteros retomaram os sobrevoos de resgate dos corpos, foi quando o nível de risco baixou de 2 para 1. Mas, o dia, de menos de meio expediente, certamente, seria, talvez, com o resgate de número de vítimas em relação à ontem, mesmo com as autoridades tendo identificado o local onde está um ônibus com cerca de 20 corpos.  

LIXO, FAUNA E BICHOS PEÇONHENTOS

Os moradores continuam a receber café da manhã, lances antes do almoço e à tarde/noite. Também recebem água potável, medicamentos e outros artigos para suas necessidades. Os desalojados, nos diversos locais do município, foram alojados em Brumadinho.

Mas, a partir de hoje, o arraial precisará de um serviço especial de coleta de lixo. Na situação atual, os caminhões da limpeza terão de fazer percurso de até 80 km. A área do aterro sanitário está afetada – fica a acerca de 5 km daqui, e 10 km de Brumadinho. O acesso por, está também interrompido. Mas tem o lixo orgânico, principalmente animais mortos, na área do rastro da tragédia.

Há também o deslocamento de animai silvestres. O que deverá preocupar mais é a presença, na área urbana (casas) dos peçonhentos: cobras, escorpiões e aranhas. Dentro do arraial tem um Posto de Saúde. Mas ainda não se sabe se foi emitido alerta da Vigilância Sanitária nesse aspecto, aqui e em outras localidades. Seria função da Comunicação Social da Vale, Prefeitura, Governo do Estado e Federal (com a presença absoluta das forças da União).

Assim, aqui, os fatos para jornais, rádios, TVs e redes sociais ocorrem contrariando, talvez, as vontades da mineradora. E essa a impressão que jornalistas do exterior – tem uma equipe de TV da Ucrânia – levarão.




VALE - SEPULTAR OS MORTOS


Enviado por Nairo Alméri – dom, 27.1.2019 | às17h53 - modificado em 19/01/2024

CORREGO DO FEIJÃO, BRUMADINHO (MG) – O terceiro dia da tragédia segue rotina: barulho das turbinas dos helicópteros, sol quente, muitos veículos de mesmas corporações, única venda fechada. Só não é mesma coisa a esperança dos familiares dos “desaparecidos”, que, aos poucos, adquire sentido de mortos. O Córrego ainda não recebeu confirmação de nenhum residente entre os mortos, mas já começa a entregar as esperanças de que alguém seja encontrado com vida.

Dos 270 (15h) listados como “desaparecidos”, 12 são do Córrego do Feijão, dois funcionários diretos da Vale, cinco de empresas terceirizadas, uma advogada (comprou uma propriedade que pertenceu à Vale, a menos de 100 metros de onde ficava a Portaria principal da Mina Córrego do Feijão) e cinco da Pousada Nova Estância, que ficou totalmente soterrada pela lama de minério de ferro que desceu a serra  após o rompimento das barragens, na sexta-feira (25). Mortes confirmadas, até agora, é próximo de 40.

O pequeno cemitério local (Morada Eterna), à beira do campo de futebol, onde foi improvisada, digamos, a base aérea para o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, tem pouco espaço. Seria impossível acolher número maior de corpos num sepultamento coletivo. Por cautela, talvez, a Vale (que não tem uma Assessoria de Imprensa funcionando ao lado da tragédia, optando por ficar a 12 km, em Brumadinho) ainda não fala em velório e sepultamento. Será momento de muita tristeza, pois as pessoas são muito próximas – 2 mil habitantes no arraial.
IMPRENSA SEM APOIO NO LOCAL

O atendimento da Vale aos profissionais de imprensa virou uma maratona: na tangente do epicentro da tragédia, não tem representante (jornalista) da Comunicação Social; as entrevistas ocorrem em Brumadinho (12 km) e os números e estatísticas, em Belo Horizonte (43 km). Mas a “atualização” das listas de “desaparecidos” é em Brumadinho. Fica parecendo os telejornais da Globo News: quem dá notícias de Caracas ao Panamá é um correspondente em Buenos Aires. Ou seja, o longe vira o mais perto dos fatos! 



VALE - FORÇAS ARMADAS

Enviado por Nairo Alméri - dom, 27/1/2019| às 12h06 - modificado 13/11/2019

FORÇAS ARMADAS NO CÓRREGO DO FEIJÃO!!...
Aeronáutica chegou ontem. Acaba de ingressar (11h49) a Polícia do Exército. Há indícios da chegada da Polícia Federal. Qual o papel da PF na Mina Córrego do Feijão? O quê as autoridades deixam de contar? Qual motivo para expulsão da própria Vale do seu local? Algumas perguntas começo a fazer aos meus cabelos brancos de repórter velho!

25/10/2019 - Vale reservou R$ 7,652 bi para descomissionar barragens... LEIA AQUI

18/10/2019 - Comando do Exército, mesmo com cortes, compra brinde...LEIA AQUI

13/11/2019 - BHP Billiton cancela protocolo de R$ 3,7 bi com Minas ...LEIA AQUI 

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Perfil NAIRO ALMÉRI