Tudo indica que o Governo Dilma terá que lançar mãos de vários saldos contábeis fictícios, além do velho conhecido restos a pagar (Lei 4.320/64). Esses tais restos, na prática, são recursos empenhados em projetos no ensino, na saúde, segurança, transporte e outros compromissos públicos não pagos até o 31 de dezembro. É por aí que, na forma contábil, os rombos nas contas do Governo, maiores em anos eleitorais como este, serão "fechadas". Mas entram na dança valores bilionários que ficarão de fora ou camuflados nos balanços de estatais e controladas pela União, como Petrobras, Eletrobras e BNDES. E nisso entram também artimanhas ilegais audaciosas como aquela praticada pela Caixa Econômica Federal (CEF), em 2012, tratada aqui em janeiro. Todos indicadores sugerem, pelos históricos do passado distante e recente, que as contabilidades da administração direta e indireta (estatais e controladas) de 2014 terão muitos mata-borrões em cima! E não há expectativa de uma ação enérgica, um basta, da parte do CGU, PGR e Tribunal de Contas da União (TCU), pois são tantos os procuradores, conselheiros e ministros "amigos da casa" (do Palácio do Planalto)!
O Caixa 2 da CEF
Um hipermensalão de R$ 719 milhões
Enviado por Nairo Alméri – sex, 13.1.2014 | às 9h15
A tungada que da Caixa Econômica Federal (CEF) contra 525.527 crédulos depositantes (pedreiros, cozinheiras, professores, motoristas, diaristas, engenheiros, aposentados etc.) em contas de caderneta de poupança, em 2012, foi de R$ 719 milhões. A denúncia é da revista IstoÉ. Descontada a parte do Imposto de Renda (IR – que vai para o próprio Governo), teriam entrado limpinhos nos lucros da CEF, um banco federal, R$ 420 milhões. Parte dessa apropriação indébita do Governo Dilma teria devolvida, garante o banco. Mas ninguém foi punido. Em país sério, estariam sentindo cheiro da cadeia as autoridades máximas do sistema financeiro: ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Claro, além do presidente da CEF, Jorge Hereda.
Sempre a Caixa
É bom lembrar que, no final do primeiro Governo Lula, em meio às primeiras apurações do escândalo do “mensalão” do Partido dos Trabalhadores (PT), o antecessor de Mantega, o ex-ministro Antonio Palocci caiu por bem menos: mandou vasar o extrato bancário de um caseiro Francenildo dos Santos Costa, que depusera contra o então poderoso ministro na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Detalhe: foi na mesma CEF!... E foi a Caixa, também, a causadora de corrida, em um final de semana de maio, da corrida aos terminais eletrônicos de boa parte das 11 milhões beneficiários do Bolsa Família. A corrida foi provocada por boatos, na rede social, que o benefício acabaria. De pronto, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, usou a internet para culpar a oposição. Mesmo diante da constatação de culpa da Caixa, o caso foi encerrado com um simples pedido de desculpas de Hereda. Em país sério, no mínimo, estariam processados Hereda e Rosário.
Elegeria 4 presidentes!
Em 2010, o PT declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), gasto de R$ 177 milhões com a campanha da presidente Dilma. O PSDB declarou gastos de R$ 120 milhões.
Tudo igual?!...
Hoje, pelo menos, alguma instituição financeira estará discordando da publicidade da CEF, no texto lido pela atriz Camila Pitanga, que diz que “todo banco é igual”. É. Se ninguém espernear, vai ficar parecendo tudo “igual”.
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