Enviado por Nairo Alméri – dom, 27.9.2014 | às 17h58 - aterado às 19h32
O governador do Ceará, Cid Gomes (Pros – irmão do
ex-governador Ciro Gomes), manobrou, duas vezes consecutivas, para impedir a
circulação e leitura da revista “IstoÉ”. As edições o citaram em reportagens do
esquema de corrupção montado na Petrobras. Da última vez, ele aparece na capa, ao
lado do ex-diretor de Distribuição da Petrobras, Paulo Roberto Costa
(2004-2012). Paulo Costa, em pleito à delação premiada, revela à Polícia Federal
e ao Ministério Público (Operação Lava-Jato) o esquema da corrupção. Na foto, os
dois vestem macacões da Petrobras e estão em largos sorrisos. Nesta semana, o ex-diretor
revelou ter levado uma bolada de US$ 23 milhões. Em Brasília, na Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, dominada pelo PT e PMBD (aliados
desde a primeira eleição de Lula, em 2002), foi protocolado requerimento para
intimação do governador.
Dilma 'bolivariana'
Cid, aliado do Planalto, faz o mesmo que a presidente Dilma
Rousseff (PT), candidata à reeleição, que ontem voltou a ameaçar de retaliação à
liberdade de imprensa no Brasil, se reeleita. Ela e o PT não suportam a
divulgação dos escândalos e corrupção em seu Governo e nos dois de Luiz Inácio
Lula da Silva (2003-2010), seu padrinho e antecessor. Dilma quer impor no
Brasil a regulação da imprensa, método ‘bolivariano’ aplicado na Argentina,
Bolívia, Equador, Venezuela e Nicarágua. É o mesmo também nas ditaduras de
Cuba, China, Irã, Síria, Rússia, Coreia do Norte etc.
Encomenda na PF
O enorme interesse do Ministério da Justiça no andamento das
investigações (que resultaram inúteis - sem consistência nas denúncias) pela
Polícia Federal contra a presidenciável Marina Silva (PSB), no período em que foi
ministra de Meio Ambiente do Governo Lula, virou tiro no pé. O Ministério teve
que emitir nota negando uso eleitoreiro da informação na campanha da presidente
Dilma (PT). Porém, esteve pessoalmente na PF em busca do conteúdo nada menos
que o chefe da Secretaria Nacional de Justiça (2º escalão do ministério), Paulo
Abrão.
Carta Capital (!)
O ministério alega que o secretário atenderia ao pedido de
uma revista de “circulação nacional”. Sexta-feira, no Planalto, petistas se
esforçavam para retirar a “Carta Capital”, que publica conteúdo pró-PT, como
autora da demanda.
Avião de Lobão
Paulo Abrão é pivô de crise no PMDB do Maranhão, principal
aliado do PT no país. Apoiador de candidato do PC do B, Flávio Dino, à sucessão
do Roseane Sarney (PMDB), ele é apontado, por peemedebistas, como o mandante de
varredura, pela PF, em avião de campanha do senador Lobão Filho (PMDB). Lobão é
filho do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. Este também é apontado em
rol de quase 40 políticos (entre os quais Cid Gomes) como beneficiário das
propinas da Petrobras, nos governos Lula e Dilma.
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