terça-feira, 21 de maio de 2013

Pátria “de mentirinha”


Enviado por Nairo Alméri – ter, 21.5.2013 | às 14h18

Na política brasileira, a verdade (mesmo que turva) nunca foi uma convidada. Quando alguém, em um dos costados da Praça dos Três Poderes, resvala a língua para solfejar um ensaio de verdades, de pronto, ideólogos do fisiologismo oficial do Planalto destilam veneno pelo twitter e em outras rebimbocas que a comunicação digitalizada oferece. Objetivo: desacreditar o atrevido. O PT, durante os 20 anos em que tentou de assumir o Poder, condenava, dia e noite (a ferro e fogo), todo jogo sujo da política – todas “maracutaias” (Lula). Mudou radicalmente, a partir de 1º de janeiro de 2003, da posse de Lula. Petistas, com exceções conhecidas, viraram cópias fieis de adversários do passado (incluía o PMDB) e do presente. Hoje, como seus adversários, realizam (com sobras exponenciais) sonhos políticos (públicos) e não políticos (particulares) com a conta paga pela Viúva.
Mas todos, no PT e fora dele, bebem de uma mesma água: reforma política com o fim do voto obrigatório e inclusão do voto distrital, jamais!

No cotidiano
É claro que, no país, todos os partidos políticos são iguais. Ou, conforme ilustrou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, são todos de “mentirinha”. Mas temos muitas outras “mentirinhas”:

Suprema Corte - Autonomia entre os Três Poderes da República nunca existiu. O presidente da República é quem escolhe os ministros dos tribunais superiores, incluindo os da Suprema Corte – o STF. O chefe do Executivo impõe os presidentes na Câmara dos Deputados e do Senado;

Corrupção - A condenação dos “mensaleiros” do PT e sua redondeza política e de prestação ao serviço público na administração direta e em estais, até agora, foi ‘prá inglês ver’;

Candidatos - A “Lei do Ficha Limpa”, que impediria o ingresso de corruptos, ladrões e criminosos na vida pública, via mandato eletivo, chegou à Justiça Eleitoral aos farrapos - sem poder algum;

Bêbados ao volante - A “tolerância zero” na Lei Seca, a da punição de bêbados ao volante e seus crimes e infrações de trânsito, foi desmoralizada por políticos e até servidores da Justiça dos diversos escalões.

Banco Central e CVM - Investigações de crimes financeiros de políticos contra o Tesouro Nacional, BB, BNDES, CEF, BASA, Casa da Moeda etc. são arquivadas. A Comissão de Valores Imobiliários (CVM) não investiga para valer o uso politico, pelo Governo, do patrimônio dos fundos de pensão patrocinados pelas estatais. O presidente da CVM é escolhido pelo ministro da Fazenda (depois de explicar ao chefe do Planalto que é o “candidato”);

Obras públicas - Inquéritos que apuram superfaturamentos em obras públicas e pagamentos de propinas aos políticos e servidores e ocupantes de cargos comissionados no serviço público federal não são concluídos.

Justiça - O país tem duas Justiças. Uma, corre veloz e cautelosa. Serve aos ricos, poderosos, portadores de carteirinhas de “imunidade” (ministros de Estado, deputados, senadores e governadores) e seus apaniguados (amigos, parentes e conhecidos de juízes, de desembargadores e de ministros) e às grandes empresas. A outra, quando pode e lentamente, se ocupa com o resto da população.  

Jornalistas
Em Brasília, os jornalistas perdem tempo indo diariamente ao Senado, Câmara e o Planalto. E os jornais jogam espaços fora. 

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