Catedral de ouros da corrupção vira canastra suja
Enviado por
Nairo Alméri – seg, 24.11.2014 | 23h32
Este capítulo
da Operação Lava Jato deixou o Palácio do Planalto e o PT com mãos e pés
atados. As investigações exibem o fermento de bilhões de reais (já surgiram
prognósticos de R$ 12 bilhões – mas quase que semanalmente pintam recebidos e
revelações de novas dezenas de milhões de reais) do esquema de corrupção
montado pelo Partido dos Trabalhadores e os aliados da base aliada,
principalmente o PMDB, dentro da Petrobras, a maior empresa brasileira. O
Governo e seu partido estão imobilizados e nada podem fazer contra o avanço das
investigações da Polícia Federal e do Ministério Público do Paraná.
A avalanche
de lama cria enorme onda em direção ao pontal da Esplanada dos Ministérios. A
PF faz blend dos ativos levantados com os pareceres técnicos do
Tribunal de Contas da União (TCU). Há algum tempo, o TCU aponta e adverte ao
Executivo contra superfaturamentos e pagamentos irregulares em contratos de
grandes obras da Petrobras. Em muitos casos, sugeriu paralisações, no que o PT
foi sempre frontalmente contra.
O Supremo
Tribunal Federal (STF) encarna a prancha da salvação moldada pelo Planalto e o
PT. No Supremo, a bancada simpatizante e fiel agrupa mais de 90% dos votos dos
ministros. Enquanto esses togados não põem nem a sola dos pés nesse mar, o TCU
vai descendo relatórios, verdadeiras cartas de “A” (ás), “K” (rei) e coringa
(2) de ouros num jogo de buraco. Se o Planalto e o PT não desabarem um
casuísmo, como uma puxada do forro de mesa, a catedral de ouros dessa corrupção
na Petrobras vira canastra suja.
Pimentel
O governador eleito de Minas Gerais, Fenando Pimentel (PT), poderá surpreender na entrega das pastas com DNA técnico. Poderá repetir o ex-presidente Lula, no primeiro gabinete (2003-2006), ao entregar a Fazenda para o médico sanitarista e deputado Antônio Palocci (PT-SP).
O governador eleito de Minas Gerais, Fenando Pimentel (PT), poderá surpreender na entrega das pastas com DNA técnico. Poderá repetir o ex-presidente Lula, no primeiro gabinete (2003-2006), ao entregar a Fazenda para o médico sanitarista e deputado Antônio Palocci (PT-SP).
Precedentes
Antes, porém,
o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), também no 1º mandato
(1995-1998), entregou o Ministério da Saúde a um engenheiro, o senador José
Serra (PSDB). Em Minas, anos depois, o então governador Aécio Neves, colocou um
economista na Secretaria de Cultura (agosto 2008/abril 2010), Paulo Brant, e
outro na Saúde (2003-2006), deputado Marcus Pestana (PSDB).
Erros e
acertos
Palocci deu
errado com Lula (no primeiro governo, 2003-2006) e, depois, com Dilma Rousseff
(2010-2014), como ministro da Casa Civil. Lula o demitiu na esteira dos
escândalos da “República de Ribeirão Preto”, instalada em Brasília - geria
irregularidades com verbas públicas. Na Casa Civil, mais escândalos e outra
demissão. Aécio não teve problemas.
Vagões
A ociosidade em vagões dedicados à logística do açúcar beira 20%. Isso sem contar a parte da frota em manutenção. Essa fotografia assusta dirigentes do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE).
A ociosidade em vagões dedicados à logística do açúcar beira 20%. Isso sem contar a parte da frota em manutenção. Essa fotografia assusta dirigentes do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE).
Custo Brasil
(1)
Em entrevista
recente ao "Valor Econômico", o presidente do Sindicato Nacional das
Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos (Sindisider), Carlos Loureiro,
relatou que no deslocamento de Xangai (China) ao porto Pecém (Ceará), 11.600
milhas náuticas, o navio passa 24 dias no mar. De Pecém a Santos (SP), são
cerca de 1.800 milhas náuticas. O deslocamento de uma tonelada de aço, porém,
não tem custo proporcional à distância: US$ 55, para o percurso Xangai-Pecém,
e, US$ 120, Pecém-Santos.
Custo Brasil
(2)
Por isso uma
empresa brasileira de microeletrônica orgânica optou por manter os novos
equipamentos armazenados em porto da Europa, apesar da distância, que no Porto
de Santos, no litoral paulista, para chegar a Belo Horizonte. No cais
brasileiro, agregaria um custo 10 vezes acima, justifica um executivo da
empresa.
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