Perdi. Precisava ir embora -
(Publicado na conta Facebook)
No dia em que interpretei (“Um beijo na democracia!” - 03/08/2019, no FB) o mosaico errante que girava em minha cabeça, feito meteoros cirandando perdidos em geometria espacial, entendi que deveria, contrariado, sair do arraial do Córrego do Feijão. 22 anos depois de ter chegado. Testemunhado uma geração nascer e passar em frente ao meu portão - correr em calças-curtas para chegar ao Grupo, soltar pipas nas férias, dançar quadrilhas nas festas juninas em mês de frio... - e ficar jovem. E, parte dela, morrer, na vida ou na alma! O 03 de agosto de 2019, marcava um ano do alerta que fizera (em meu blog). Isso, portanto, seis meses antes do trágico 25 de janeiro de 2019. Dizia que era necessário agir, para se evitar, no Córrego do Feijão, triste reprise de Mariana, em 2015 – “É preciso prevenir contra uma nova Bento Rodrigues” (link abaixo).
Perdi. Precisava ir embora.
- Imagem do entardecer no Córrego do Feijão, agosto de 2019. Foto: minha
https://nairoalmeri.blogspot.com/.../vale-bhp-samarco...
Nairo Alméri - Conta Facebook
3 de agosto de 2019
UM BEIJO NA DEMOCRACIA!
Enquanto o Jair distrai a nação “culti”, Eduardo dobra as meias. Ajeita a mala que o levará para Washington. Saia da rotina. É preciso, ao menos, enxergar o poste cinza desbotado, parado, sem utilidade às 10 da manhã . Mas, festejado, 10 da noite, se tiver uma lâmpada acesa. Entendeu a importância do poste? Você só precisa se perguntar: E daí? Paguei tua existência e o que me dá s em troca? Simples! Gastem 5% da energia que a mídia serve, para marretar, por 10 minutos diários e durante uma semana, a falência da saúde. Na semana seguinte, o mesmo contra mediocridade na educação... Leiam “O Processo”, de Franz Kafka. Depois, dez minutos antes da missa, na Igreja dos Escravos, mandem o mestre avançar com a furiosa, e estacionar no coreto da pracinha de Sabará (coisa mineira!)! Se der fome, façam mingau de picolé de limão com farofa de bode (ou compre no Pelourinho, Salvador)! Detalhe: servir sem pinga! É o enredo da carroça cigana em que vivemos neste Brasil, agora. Deixem, no canto dos inservív́eis, esse cotidiano que transforma qualquer “pum” da Política em raro perfume francês para nossas (dos jornalistas) cabeças apaixonadas pelo pior. Por um “o quanto pior, melhor” (chavão besta). Somos trouxas do nosso presente e futuro. Aliás, com a internet (que dissolveu 87,93% do jornalismo) o futuro virou presente e, o presente, passado. É essa grandiosidade da inteligência artificial que falta entrar em cérebros brilhantes para filosofias do futebol, pão de queijo, livraria na Savassi... A porta está aberta, podem entrar. Deixem chapeau (está em francês, com sotaque do camelô da Praça Mauá , no Rio) sobre a poltrona mijada pelo gato (o da Mirian Chrystus não faz isso). Ele vai catar os piolhos. Talvez, lamba os topetes encardidos e ensebados por cabeças vazias. Detalhe: ele é seletivo, feito Roberto Drummond (saudoso). Fará o servicinho em panamás 1943! Quem bater a (o a sem a crase) porta por último, peça desculpas aos madrugadores. É o jogo... do (para Curitiba) e de (para os libertos) xadrez, em tabuleiro no cimentado da ladeira! Não durma no ataque do bispo! É um pé de prosa com o pipoqueiro em frente ao Grupo do bairro, que cultiva canteiros de rosas vermelhas, brancas e amarelas (pra ilustrar um Mauricio Lara). Depois das meias do Eduardo, cada trecho foi um pedaço de prosas abandonadas, mal dormidas, nas quatro primeiras quadras quinzenais do pós-25 de janeiro, no Córrego do Feijão. Que começo a abandonar!
No mais, um beijo na democracia!
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