Tuv Sud e ThyssenKrup relacionam Alemanha à tragédia com a mina no Córrego do Feijão
Enviado por Nairo Alméri - qui, 7.2.2019 |às 11h33 - modificado
CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG) - No dia 5, postei: “Vale e ThyssenKrpp - Donas da tragédia”. Leia aqui. Quis estabelecer um elo para explicar a presença de empresas da Alemanha na tragédia com rompimento de barragens de rejeito de minério de de ferro na Mina Córrego do @Feijão, em Brumadinho. E vieram fatos, os relatórios prévios de engenharia de segurança.
Pois bem. A principal notícia dos telejornais da noite de ontem (6) deixaram clara as responsabilidades pela falta de atitude das duas companhias (a @ThyssenKrupp, não citada, mas ex-proprietária da mina e pelo elo histórico que relatei). E mais: a prestadora de serviços de engenharia, de detalhamento de projetos, de monitoramento, de consultoria e de auditoria de segurança de barragens de rejeitos @TUV SUD, da Alemanha, saiu do papel de coadjuvante figurar, também, como responsável principal pelo rompimento (25/01) de duas das sete barragens da Mina Córrego do Feijão, pertencente à @VALE S/A, neste município. Ou seja, seus executivos e os das empresas controladoras.
MAIS QUE EVIDÊNCIAS
Após às revelações, em depoimentos à Polícia Feferal, dos engenheiros da empresa alemã, é plausível estes paralelos:
- Se a VALE soube, no expediente de 23/01, que uma tragédia era iminente, e ela aconteceu às 12h28 do dia 25, poderia-se ter evitado tantas mortes (182 desaparecidos e 150 mortes - estatística oficial de 06/02);
- O engenheiro @MAKOTO NAMBA, está há 21 anos na TUV SUD;
- O Grupo ThyssenKrupp, da Alemanha, em 2001 (há 18 anos), vendeu à VALE 100% do capital da Ferteco Mineração S/A, que era dona de minas de minério de ferro em Minas Gerais: Córrego do Feijão e o conjunto denominado Fábrica, em Congonhas e Ouro Preto;
- Na Mina Córrego do Feijão, eram sete barragens cheias de rejeito. O engenheiro da TUV DUV informou que os relatórios, de junho e setembro apontavam um conjunto de problemas e que, no dia 23/01, era sabido da pane cinco sensores de varredura em tempo real instalados nas barragens. Isso um risco inquestionável. Esses sensores, em pleno funcionamento, disparam alertas e fazem soar as sirenes que sinalizam perigo em “nível 3” e, portanto, proceder, dentro dos “protocolos” de segurança, a retirada de todo o pessoal da área e dos residentes na vertente à jusante. As sirenes das barragens B1 e 4 não soaram. Elas se romperam e veio a tragédia;
- O engenheiro citou a existência de água excedente dentro de uma das barragens de água excedente de nascente à montante (acima). Essa nascente formava o córrego Ferro e Carvão (mesmo nome dado, inicialmente, pela ThyssenKrupp à Ferteco: Ferteco Ferto e Carvão), que margeava as instalações operacionais, administrativas e de apoio da mina;
- O relatório da TUV SUD apontava “dados discrepantes”. E o que poderia ser interpretado como mera semântica, semeou a lama de desgraça: tirou centenas de vidas, destruiu famílias, interrompeu sonhos... Mas não foram as companhias. Elas são um conjunto de patrimônios fixos, intangíveis e, principal, humanos. Os responsáveis são os gestores nos cargos executivos da VALE e dos principais grupos investidores/controladores (bancos, fundos de investimentos e fundos de pensão) com representação no Conselho de Administração. Estes são os verdadeiros responsáveis pela tragédia.
- E, se verdadeiro tudo que foi noticiado sobre os depoimentos dos engenheiros da SUD SUV e estiver nos documentos, profissionais do Direto devem ter sentenciado: CRIME PREMEDITADO.
POVO “DISCREPANTE”
Mas, simplesmente interromper ad eternum uma atividade econômica cheia de erros e com histórico de crimes, poderá não ser a forma mais justa de reparo, se for possível estabelecer um ponto zero imaginário (apenas imaginário, pois nada será mais concreto que as mortes causadas) e retomar a produção, cumprindo todas as responsabilidades de reparos sociais e econômicos que a Justiça estabelecer. Mas, lembrarão: a mesma VALE S/A e sua sócia, em 50%, a BHP Billiton, até hoje não cumpriram as sentenças econômicas em favor das vítimas em tragédia idêntica em minas da Samarco - 5 de novembro de 2015, rompimento de barragens causou a morte de 20 pessoas (um corpo não foi localizado), no distrito Bento Rodrigues, em Mariana. Vergonhosa essa postura do Judiciário, de tolerância e convívio em paz com a indústria das protelações mantida pelo poder econômico em total deboche às suas vítimas. No caso Mariana, e que poderá se repetir em Brumadinho, os ministros do Supremo Tribunal Federal (@STF), a Suprema Corte, não saem do camarote. Transformaram o tribunal em SubTribunal Federal de quem pode mais. Triste país, que nunca se lavanta por suas causas! Mas é o povo, por suas diversas entidades e instituições? Inerte, ignorando a enciclopédia de “dados discrepantes” que carrega, nunca chegará ao degrau de Nação.
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