(Intervalo do jogo, Bélgica 2 x 0 Brasil)
Enviado por Nairo Alméri - sex, 06.07.2018 | às 16h07
Essa uma das fotografias deste Brasil, que apanha de suas
mazelas e não aprende. Mas, será que isso não agride o bom senso de CEOs, CFOs
etc. das grandes corporações que, levados pelas agências de publicidade,
anunciam a peso de ouro nesta temporada? Incomoda a passividade generalizada deles
diante do nivelamento por baixo das marcas que dirigem. Com rara exceção, as
publicidades patrocinam paparicos a jogadores e seus palavreados e gestos inúteis
ao país. As emissoras de TV, meio de campo dessa peste, mimam marmanjos em
verde-amarelo (de ocasião) bem pagos. Carregam no colo como se fossem crianças órfãs.
A inteligência nacional fica por conta daquilo que repórteres e editores esportivos
(e agregados de época) interpretam da clássica frase “demos nosso melhor de si”,
legenda comum aos jogadores, exibidos com fartura na telinha, em horário nobre,
como se fossem personagens imprescindíveis à nação (nação ainda com “n” em
caixa baixa). Pouco importa ao triunvirato empresa-agência-televisão a
realidade de um país afundado em corrupção pública, subordinado aos desmandos
da Suprema Corte da Justiça (o STF), sob o império da violência, falido nas
instituições dos serviços básicos e com um catálogo de misérias diversas. Enorme
dose de culpa cabe, sim, aos responsáveis pelo marketing das corporações. Eles autorizam
(em caras faturas) associar a imagem das empresas ao enredo desse misto de ufanismo
com engodo esportivo (nacionalismo tutelado – ferramenta de condução das massas
aplicada na ditadura militar), moldado nas pranchetas das agências de
publicidade em cima de noticiário esportivo (encomendado, parece) nas redes de
televisão. Até quando o país vestirá (também passivo ao debate) essa camisa de tolos,
bobos?!... Até quando, senhores do marketing e das agências de publicidade se
prestarão a isso?!...
Perfil NAIRO ALMÉRI
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