sábado, 7 de junho de 2014

Lula nunca saiu do Poder - há 12 anos


Deve prevalecer a discussão desarmada dos FATOS!

Enviado por Nairo Alméri - sáb, 07.6.2014 |às 13h41

O ex-presidente Lula entregou, de direito, as chaves do Planalto à sua afilhada e eleita de direito (nas urnas) Dilma Rousseff, em 1.1.2011, após um inquilinato iniciado em 1.1.2003. Porém, continuou sentado na cadeira de presidente da República. Dilma seguiu apenas de mordoma da casa. Nem para cargos do terceiro escalão a presidente tem autonomia: essa e outras funções, como dizer que o Governo fará isso e aquilo, deixará disso e daqulo, são decisões tomadas em São Bernardo do Campo, no ninho da "companheirada" do ABC paulista. 
Isso é um conjunto de FATOS que a própria Dilma não fez questão de mascarar. Nestes quatro anos. Foram frequentes os voos Brasília-São Paulo. E, neste sábado, a manchete de "O Globo" ("Dilma cai e Lula cobra de equipe econômica") e a chamada em "O Estado de S.Paulo" ("Lula faz crítica a escassez de crédito") são novos FATOS. 
Mas, no fundo, aquilo que poderia ser visto como o inferno de astral nos planos políticos de Dilma, é para Lula e seu ex-ministro (cassado e preso - FATO) José Dirceu (antecessor de Dilma no primeiro Governo Lula - FATO) o percurso natural de estratégia traçada assim que Lula assumiu o segundo mandato (2010): entregar as chaves od Planalto para uma tomadora de conta fiel ao PT, obediente à dupla Lula-Dirceu, fraca politicamente etc. Aí, então, neste 2014, Lula voltaria. E Dirceu também, mesmo que, de direito (proibição da Justiça) impedido de ocupar funções públicas (ou até mesmo, agora, preso na Papuda - FATO). 
Então, Dilma tem pela frente várias gotas d'água, como a impopularidade eleita para Copa do Mundo, que começou com as vaias na abertura da Copa das Confederações (meados de 2013). E tudo vem cronometricamente planejado por Lula e Dirceu: greves, protestos contra a Copa e os gastos bilionários com estádios de futebol (estes dois, legado deixado para Dilma). 
Mas há uma expectativa posta para a opinião pública de surgimento de uma gota gigante, na próxima semana: casada com a abertura da Copa (e seus dividendos negativos ao Governo: passeatas, violência nas ruas, caos no trasnporte público, etc.), a pesquisa eleitoral Ibope. Se este instituto confirmar a tendência do Datafolha, de queda na aprovação de Dilma (FATO) pelo eleitorado, o PT não adiará mais a abertura oficial da porteira reprimida para o "volta, Lula!". Nesta altura, os militantes devem estar pelo apito e mãos estendidas, ao alto, do mestre de bateria!
Esses os FATOS. Discordar, com FATOS, é livre - analisar com FATOS, saudável. Contribuirá com a discussão pública da política atual do país e lançará mais fundamentos na busca caminhos geométricos curtos para respostas urgentes clamadas pela Nação. Note bem: no pós-Governo José Sarney (1985-90), as lideranças das fileiras que hoje engrossam as agremiações do PT e do PSDB foram ávidas em apontar a "década perdida" (emendada com o último governo do período da ditadura militar, o de João Figueiredo - 1979-85). Mas, nenhuma lição importante foi extraída, além do fim dos constantes choques econômicos e da opção por uma política de estabilidade da moeda. O Plano Real (1994) teve sua validade como marco divisor de águas. Mas, depois disso e ao longo dos 20 anos que se seguiram (governos Itamar Franco, 1992-94 - sem partido; Fernando Henrique, 1995-2002 - PSDB; Lula, 2003-10 - PT; Dilma, 2011-14 - PT) o país não lançou bases fundamentais e sólids de constituição de Nação justa, social, política e economicamente. Não temos, até hoje, políticas estruturais que sobrevivam ao jogo política da semana, do feriado prolongado, do semestre etc. (FATO). A tal "década pedida" foi avaliada em mais de US$ 58 bilhões (valor histórico) em projetos jogados no lixo.
Continuará assim enquanto a sociedade não abrir da eleição de figuras políticas que julgariam insuportáveis cinco minutos em uma sala de aula de Matemática Aplicada, Microcospia, Engenharia de Superfície, Metrologia, Bioengenharia etc. 
Diante disso, continuarão nulos os potenciais naturais desta rica Nação para se consolidar justa, desenvolvida e respeitada. É um atraso bicentenário continuar a eleger dirigentes aqueles que resumem em uma Copa do Mundo o foguete da inteligência competitiva que colocará o Brasil na galeria das nações admiradas respeitadas pela humanidade em todos os vértices de uma potência moderna. 
Eu acredito nos valores e eficiência da discussão e questionamentos dos FATOS! O Brasil não se resume em denúncias contra a Petrobras (nem querer fazer valer como verdade que os valores da companhia brotaram de dentro de um partido em 1.1.2003) nem na mídia oficial para suas estatísticas exibida em jornais, revistas e televisão. 

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