quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Obama, Dilma, STF, Zé Dirceu, ...


Enviado por Nairo Alméri – quar, 18.9.2013 | às 07h13

A pirotecnia mexicana da presidente Dilma Rousseff, que deixa de ir ao encontro de Barack Obama, o representante da Nação mais importante do planeta, os Estados Unidos, querendo fazer crer que, assim, porá um fim no hobby (profissional) predileto do Tio SAM, o de espionar a todos, é para inglês ver. Sua atitude não é de política externa, mas interna e tem mais (mil vezes mais) a ver com o que acontece do outro lado da Praça dos Três Poderes, no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Ela não olha para a Casa Branca, em Washington. 
Dilma joga, desde janeiro de 2011, para a militância do PT, joga para as eleições de 2014.

A história da “espionagem” da Casa Branca atende a Dilma também em outra frente. Ficando aqui, tira plantão solidário à pressão que José Dirceu  (ex-ministro de Lula) exerce para anular as condenação à prisão, resultado do julgamento na Ação Penal 470, pelo o STF. Ele figura no rol de condenados 24, dos 40 citados  pela Procuradoria Geral da República (PGR), por conta do esquema do “mensalão” do PT , de pagamentos de propinas com dinheiro público em troca de votos para o Governo, na Câmara, e outras vantagens. De poderoso ministro-chefe da Casa Civil (demitido) e com o mandato de deputado federal cassado pela Câmara, Zé Dirceu virou, então, inquestionável símbolo do “mensalão” - da corrupção. Mas, juntamente com outros 11, recorreu agarrado em polêmicos “embargos infringentes”. 

Dia D
Hoje, à tarde, o país fará silêncio para ouvir o ministro Celso de Mello (o decano do STF) na leitura de seu voto. Caberá a ele desempatar o placar de 5 a 5 no julgamento dos recursos.

Opinião pública

No juízo da opinião pública, porém, em momento algum houve empate no julgamento do “mensalão”.
  

País no pênalti

Seja qual for o caminho determinado pelo ministro Celso de Mello, uma coisa está assegurada há algum tempo: o país irá para as ruas. Dependendo do resultado, poderá pintar, até mesmo, buzinaços e carreatas com bandeiras do Brasil. Dependendo do voto, será a alegria de poucos e a frustração de milhões, depois de cansativa maratona de exaustivas sessões da Corte Suprema até o julgamentos e condenações,em 2012. O  país está com a bola do sentimento na marca do pênalti.

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