Enviado por Nairo Alméri – sex,
02.8.2013 | às 7h30
Os balanços
das companhias de capital aberto estampam duas situações previsíveis. As
empresas voltadas para o varejo, com lucros enfraquecidos pelos custos da
inflação e o consumidor arredio – não conseguiram repassar no balcão. Na outra
face da moeda, aquelas com forte influência da variação cambial, que foi de
11,4% no acumulado dos seis primeiros meses do ano, dosaram dois fatores:
ganhos da receita e aumento do endividamento em dólar. Isso ficou bem
demonstrado no prejuízo da Fibria (Grupo Votorantim), líder mundial em celulose
branqueada de eucalipto, no segundo trimestre, quando a pressão foi cambial foi
maior, as receitas subiram 12%, para R$
1,669 bilhão, mas o prejuízo líquido, de R$ 593 milhões, foi superior R$ 69
milhões superior ao de 2012. O efeito apareceu também no resultado financeiro,
que continuou negativo: R$ 1,162 bilhão, contra R$ 1,235 bilhão, no 2º
trimestre do ano fiscal passado.
Ontem, a maior produtora de aços não planos do
país, a Gerdau S.A (grupo siderúrgico Gerdau) apresentou o balanço com receita
líquida estável (concentra muitas vendas no país), de R$ 9,8 bilhões, mas com perdas
de praticamente um terço no resultado líquido, para R$ 401 milhões, devido
enorme pressão cambial aliada ao fraco desempenho em mercados do Hemisfério
Norte. As relações intercontinentais pressionaram ainda mais o resultado financeiro,
que fechou negativo R$ 548 milhões. No balanço consolidado (do grupo), o
primeiro semestre foi de receitas estáveis, de R$ 19,048 bilhões, frente ao
mesmo período de 2012, mas com desempenho financeiro negativo, de R$ 740,2
milhões, ficou R$ 307,8 milhões superior ao de janeiro-junho do ano passado. Isso pressionou o lucro
líquido, que fechou em R$ 560,4 milhões, inferior R$385 milhões ao do período em 2012.
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