segunda-feira, 20 de maio de 2013

Coisas da ThyssenKrupp


Enviado por Nairo Alméri – seg, 20.5.2013 | às 15h52

O Grupo ThyssenKrupp, da Alemanha, há algum tempo deixa rastros trapalhadas na economia brasileira. No momento, tenta livrar-se da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), um mico de 5,2 bilhões (agosto de 2010), que construiu, no DI de Santa cruz, no município do Rio de Janeiro, em parceria coma Vale S/A (27,13%). Foi inaugurada em 18 de junho de 2010, pelo então presidente Lula empenhado na eleição de sua afilhada Dilma Rousseff.

Paga uma, leva duas
A CSA com capacidade para 5 milhões de toneladas ano de placas e começou a produção com a siderurgia mundial estava afogada em seu próprio aço, consequência da falta de demanda na indústria, que amargava a crise patrocinada pela recessão na Europa – rescaldo da quebradeira de bancos nos Estados Unidos. Agora, com planta empacada, a ThyssenKrupp está atrás de quem queira entregar € 7 bilhões e levar junto uma siderúrgica instalada no Alabama (EUA). Mas aceita, também, repassar 40%.

CSN outra vez
A Cia. Siderúrgica Nacional (CSN), de Benjamin Steinbruch, comunicou à BM&FBovespa que está negociando. Este, porém, vem negociando muita coisa e, no final, não leva nada. Foi assim, há dois anos, na Usiminas, que caiu no colo do Grupo Techint, da Argentina.

Com a Vale
Na década passada, em 2001, a ThyssenKrupp vendeu (US$ 566 milhões), de porteira fechada,  Ferteco Mineração e suas minas de ferro (Brumadinho, Ouro Preto e Congonhas) e passivos para a Vale S/A. Descobriu-se, depois, dentro do DNPM, que alguns direitos de lavras não entraram no pacotão. Leia Esqueletos da Ferteco.

Com a Gerdau
Mas bem antes destes negócios, a Thyssen Krupp já tinha micado em outra parceria siderúrgica, também no DI de Santa Cruz, no Rio - bem próximo de onde está a CSA. Em 1971, uma holding do grupo alemão, a Thyssen AG, se uniu ao Grupo Gerdau, formou uma joint venture e comprou o projeto de aços longos e o terreno da Cia. Siderúrgica Guanabara (Cosigua), que pertenciam ao antigo Estado da Guanabara. O grupo gaúcho liderou implantação e expansões, em cima de tecnologia do parceiro alemão
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Erro e saída
Em 1979, quando a Cosigua produzia acima de 500 mil toneladas anuais de aço, um processo de redução direta de minério de ferro pifou e a ThyssenKrupp entregou seu boné. Há um ano e meio, a Gerdau iniciou um plano de expansão naquela usina, para mais de 2 milhões t/ano, em duas etapas – a segunda de 2014 a 2016.

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