sexta-feira, 18 de setembro de 2015

“Sistema S” e a traição

Retenção dos 30% foi proposta de senador desafeto

Enviado por Nairo Alméri – sex, 18.09.2015 | às 20h - modificado 19.09.2015

Confederações patronais de maior peso e sustentáculos do Pronatec, a CNI (indústria) e a CNC (comércio) nutrem sentimento de traídas com a retenção pretendida pelo Governo Dilma, de 30% do repasse no dinheiro ao “Sistema S” – recolhimento compulsório das empresas com base nas folhas de salários dos empregados. Em 2014, o programa foi vedete no tripé social nas promessas de Dilma Rousseff em troca de votos pela reeleição.

Conta amarga
A tungada está entre as medidas para zerar o rombo nominal de R$ 30,5 bilhões – mas estimado para o dobro: R$ 70 bilhões - no orçamento da União de 2016. O Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, tem atuação também do Senar (agricultura) e Senat (transporte). Outra âncora da rede “S” é o Sebrae.

Qual senador?
Um dos debatedores e sentado a cinco metros do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT e ex-ministro no 1o governo Dilma), e do presidente da Vale, Murilo Ferreira, o empresário Olavo Machado Junior, presidente da Fiemg, soltou os bichos no Governo Dilma. Foi durante o talk-show (dia 15) da Exposibram 2015 - feira e congresso internacionais da mineração realizados pelo IBRAM, em Belo Horizonte. O dirigente do empresariado acusou o Planalto de praticar “confisco”, pois não houve ao “Sistema S”. Ainda acusou o governo de ter emperrado o Pronatec, que estava dando resultados. “Fez isso (reter as verbas) só por que um senador não gosta do Sistema S”.

Retorno
Pimentel defendeu o Governo apena no Pronatec, garantindo que voltará.

Números
Da criação, em 2011, a 2014, de acordo com o MEC, o Pronatec teve mais de 6,8 milhões de pessoas inscritas. Em janeiro último, a meta do Planalto era atingir 8 milhões, em 2015, e comprometer R$ 14 bilhões nos cursos. Comparativo: fundado em 1942, o Senai formou 55 milhões de profissionais em todo o país.

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