Enviado por Nairo Alméri – sex, 07.08.2015 | às 8h53
SOBREVIVER AO CALENDÁRIO DA CASERNA
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Nas comemorações do Primeiro de Maio (Dia do Trabalho),
trabalhadores fazem, digamos assim, seus "panelaços", antes, durante
e depois. Quando se aproxima o 25 de dezembro, Dia do Natal, as igrejas batem
sinos. No período do Carnaval, foliões soltam suas energias - alegrias e outras
coisas mais. Bom. O 25 de agosto, Dia do Soldado, é para o Exército a data
máxima e, historicamente, libera a sua "Ordem do Dia" - seu
pensamento com entrelinhas para a economia e política do país. No 7 de
setembro, Dia da Independência do Brasil, as três Forças Armadas e as de
Segurança desfilam tropas e armamentos (velhos e obsoletos, bem verdade) fora
dos quartéis. A presidente Dilma Rousseff (PT-RS) é a comandante-chefe das
Forças Armadas e, em tese, tem o dever de participa das duas cerimônias. A
primeira, é interna, sem riscos de constrangimentos - os milicos são educados.
Na segunda, trilhando comportamentos dos inquilinos do Planalto, deverá
desfilar de carro aberto e, em pé, acenar para o povo no local dos desfiles, em
Brasília. No popular, Dilma deverá ir para os braços da opinião pública ou da
claque, pois em épocas de gráficos impopulares, só vão para as arquibancadas os
"companheiros" convidados. Como serão, então, estes 25 de agosto e 7
de setembro de Dilma? O vice Michel Temer (PMDB-SP), adepto do quanto pior,
melhor (para ele), já avisou aos generais de cinco estrelas que estará lá -
deve até negociado dobrar a meta de estrelas nos ombros dos generais,
almirantes e brigadeiros. Até para os meganhas das PMs. Temer madrugará no
palanque. Estará firme e conspirando até contra os seus mais fiéis asseclas e
escudeiros (desta jornada do tudo pela faixa da Dilma), presidentes da Câmara
dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Todo o país, na verdade, tanto a esquerda (que são obedientes ao PT, no
entendimento dos petistas) quanto a direita (que não são obedientes e cegos),
precisará prender a respiração para atravessar democrático - com protestos e
protestos contra o protesto anterior - esse calendário da caserna, mas sem
decretar o esquecimento da Operação Lava Jato!
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