Fim das publicidades para os trilhões de R$ dos PACs
Enviado por Nairo Alméri – Sab, 16.5.2015 | às 20h
No começo de maio, o Brasil, sem perplexidade alguma, o
noticiário econômico veiculou a queda de 30% nos negócios realizados e/ou
iniciados durante a semana da 22ª Agrishow, encerrada dia 1º. Maior feira do
agronegócio da América Latina e uma das cinco maiores do mundo, registrará, na
melhor hipótese, dois terços dos R$ 2,7 bilhões de 2014. A atmosfera
da corrupção política na casa dos bilhões de reais (mas silenciosa de 2003 a
2013, e que mescla fase do “mensalão” do PT) e arquitetada por políticos (com e
sem mandatos) e líderes da cúpula do PT, PMDB, PP, PTB etc. (toda “base aliada”
do Governo do PT), demoliu os alicerces da fantasia do Governo. Sempre
docemente encantada pelos Governos do PT, via bondades do crédito fácil, barato
e de longo prazo, do Programa de Sustentabilidade do Investimento (PSI), da
cegonha BNDES, ala do empresariado da cadeia do campo criou coragem para um
basta no eterno amém! Renunciou ao papel de cordeirinho de presépio do
Planalto.
PAC e seus trilhões
Agora, a expectativa é para o empresariado urbano da
construção, salpicado pela corrupção política (a mesma citada) colocada nua com
a Operação Lava Jato, do Ministério Público Federal e Polícia Federal do
Paraná. Nesta ala, o alimentador das carteiras eram os megaprojetos do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC 1 e 2) e seus derivativos. Aqui as
estatísticas dos Governos Lula e Dilma gravitavam acima dos trilhões de reais
(“...PAC-2, que totaliza R$ 1,6 trilhão a partir de 2011, sendo R$ 960 bilhões
desse montante previstos para o período 2011-2014. Mas há ainda o Plano
Plurianual de Investimentos (PPA), que determina investimentos totais de R$ 5,4
trilhões no quadriênio 2012-2015, em um aumento de nada menos de 38% sobre o
período anterior.”... Continue
lendo). Mas a poupança que alimentava essas estatísticas nunca existiu,
sempre foi artificial: de natureza casuística, filhote de rosários de MPs
eleitoreiras etc.
Terá voz própria?
As feiras e congressos M&T Expo, da Sobratema - Associação
Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, em São Paulo, sempre
foram palcos líquidos e certos à idolatria das faraônicas infografias dos PACs,
papel carbono de um “progresso” sem sustentabilidade. Nem a Casa Civil,
escudeira dos governos petistas Lula (2003-2010) e Dilma (desde 2011), fazia
melhor que a Sobratema. Agora, sob recessão econômica incontestável e depois da
ausência de poeira azul do campo, na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), é
esperar para ver como se comportarão empresários das máquinas pesadas da
construção e mineração na M&T Expo 2015 – 9ª Feira e Congresso
Internacionais de Equipamentos para Construção e 7ª Feira e Congresso
Internacionais de Equipamentos para Mineração, no São Paulo Expo, em São Paulo.
Será de 9 a 13 de junho. Terão mesma coragem ruralista? Essa é a pergunta que
se antecipa, com semanas, ao ato inaugural.
Para novos estrategistas
Tanto Agrishow quanto M&T Expo ditam tendências para
duas outras feiras internacionais, no Brasil, em setembro. Primeiro, a 37ª
Expointer, em Esteio (RS), prevista para 29 de agosto a 6 de setembro. Na
segunda, de 14 a 19 de setembro, em Belo Horizonte, será a 16ª Exposibram, a
maior do continente para mineração. Nesta, as atenções especiais são para o
minério de ferro, que, há três anos, vem empurrando ladeira abaixo a economia
setorial e, por tabela, a da siderurgia. Para mineração e siderurgia, as
evidencias são as de que o ano calendário já fechou o balanço para os sonhos.
Resta, no semestre vindouro, aos executivos dos planos de negócios e orçamentos
estratégicos a reserva para noitadas dedicadas à substituição radical de
planilhas e maratonas de muita criatividade. O lado positivo disso tudo é que
são abertas as portas para uma nova geração de estrategistas!
Marcas de peso
Para o conjunto dos eventos sob o guarda-chuva M&T Expo
2015, a Sobratema, entidade promotora e organizadora, tem a expectativa de
reunir ao redor de 500 expositores do Brasil e exterior. As principais marcas
nacionais e multinacionais apresentarão lançamentos e/ou modernização de
equipamentos conhecidos para obras em projetos de usinas hidrelétricas,
rodovias, aeroportos, ferrovias, refinarias, movimentação de cargas em
áreas industriais de vários segmentos etc. Entre as marcas a organização lista: Case
Construction Equipment (Grupo Fiat), Caterpillar, Komatsu, LBX (Grupo
Sumitomo), New Holland (Grupo Fiat), Randon, Sany, Wacker Neuson Brasil, BMC
Hyundai, Doosan, JCB, John Deere, Liugong, Volvo e XCMG.
Sobra massa crítica
A Sobratema divulga que os eventos são apoiados por “mais de
50 entidades e cerca de 70 publicações especializadas do Brasil e do exterior”.
A conclusão simples é que as lideranças empresariais reunidas têm, então,
canais suficientes para promover discussão e provocar mudanças de rumos para a
economia do país. As informações institucionais para questões temáticas da
M&T Expo estão no site www.mtexpocongresso.com.br.
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