Enviado por Nairo Alméri - ter, 06.01.2015 às 12h58
Os latifúndios de oposiões ideológicas estão floridos na Esplanada dos Ministérios. Dão o colorido nesta semana de estreia do segundo Governo Dilma Rousseff.
Na manhã desta terça-feira, em discurso de posse como ministro do Desenvolvimento Agrário, o deputado federal Patrus Ananias (PT-MG - ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-ministro do Fome Zero, no 1o. Governo Lula) declarou: "Ignorar ou negar a permanência da desigualdade e a injustiça é uma forma de perpetuá-las. Por isso não basta derrubar as cercas dos latifúndios, mas derrubar as cercas que nos limitam a uma visão individualista e excludente no processo social". Na véspera, é o óbvio, Patrus deve ter lido, na "Folha", e mastigado apenas com os caninos frases da entrevista da sua colega da Agricultura, empresária Kátia Abreu (senadora PMDB-TO - fazendeira da pecuária e agricultura epresidente licenciada da Confederação Nacional da Agricultura - CNA). O jornal paulista destacou: "O latifúndio não existe mais".
Outros latifúndios partidários desfilarão, principalmente no Primeiro de Maio. Serão vozes das ruas para os clássicos e populares. A 'base aliada' partidária deverá permanecer em seu camarote, atrás do cortinado - nada verá e ouvirá. Mas "ignorar ou negar a permanência da desigualdade", não apenas no campo, mas em todas as relações de Governo (Executivo) e do Estado (Governo e Estado são entes diferentes) com a sociedade, é querer, por decreto ou pelos músculos da militância, baixar sobre nossas cebeças um estado da arte roto, mulambento.
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