Enviado por Nairo Alméri - qua, 05-11-2014 | às 22h42
Além da reeleição da presidente Dilma Roussefff, é claro que
o Palácio do Planalto e o Partido dos Trabalhadores comemoraram (com razão e
direito para a reeleição), também a negativa da Justiça da Itália ao pedido do
Brasil, de extradição do "mensaleiro" sindicalista Henrique
Pizzolato, que tem dupla cidadania. Pizzolato foi presidente do Banco do
Brasil, filiado ao PT (candidato derrotado ao Governo do Paraná, em 1990) e
condenado pelo STF (na Ação Penal 470, a do "mensalão" petista -
corrupção com verbas públicas envolvendo ministros de Lula, parlamentares,
fornecedores do PT e serviço público, sistemas bancário e de publicidade etc.,
no primeiro Governo Lula), pelo desvio de R$ 73 milhões do Sistema Banco do
Brasil.
Dupla indesejável
Imaginem só, o barulho que seria Pizzolato, de repente, ele
fazendo dupla cárcere com o Paulo Roberto Costa, o ex-diretor de Distribuição
da Petrobras, preso na operação Lava Jato, da Polícia Federal (do Paraná), e
que aceitou o benefício da "delação premiada": contar à PF e Ministério
Público tudo que sabe nos roubos políticos e propinas nas contas da Petrobras
(seriam mais de R$ 12 bilhões) e devolver a grana levou.
PMDB na cena do crime
A parte que toca a Paulo Roberto, dentro da Petrobras, pega
o período 2004-2012 (Governos Lula e Dilma Rousseff - e esta como presidente do
Conselho de Administração). Surge, agora, um primeiro ramal, a partir das
denúncias de Cunha, envolvendo Sérgio Machado, o presidente da Transpetro
(empresa de logística da Petrobras e responsável também pelos bilionários
contratos justos estaleiros, no Brasil e exterior). Este está no cargo desde
2003 e é indicação do principal partido da "base aliada" do PT no
Congresso Nacional e integrante dos ministérios nos Governos Lula e Dilma, o
PMDB (é o do mesmo partido o vice de Dilma, Michel Temer).
STF ampara
Resumindo a ópera, o Planalto e PT festejam a distância de
Pizzolato. E, para maior sossego, contam com os préstimos da enorme bancada
(maioria com sobra) da "casa" partidária de ministros sentada no Supremo
Tribunal Federal (STF), a tal "Suprema Corte". Com todo respeito,
pelos rastros dos fatos políticos que envolvem o tribunal na Ação 470, não
teria tanto brilho de "suprema" na dosagem do peso para condenados no
mesmo processo - e só correr nos olhos processos e listar quem ainda cumpre
prisão e quem já está, em casa, fumando charuto cubano, da safra especial de
Fidel e Raul Castro!...
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