A CPI cegonha da Petrobras
Enviado por Nairo Alméri – sex, 11.4.2014 | às 6h10 - modificado às 6h55
Enviado por Nairo Alméri – sex, 11.4.2014 | às 6h10 - modificado às 6h55
Caso a declaração de propósito não tivesse saída da boca de
quem saiu, a do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), após dez doses
duplas seguidas de pinga danada de ruim, seria possível começar a tender a acreditar
que a CPI cegonha da Petrobras será coisa séria. O que disse o fazendeiro e coronel nordestino de
votos, diante dos protestos da turma do “mensalão” ainda não investigado, o de
Minas Gerais, é deboche puro:
- Fica
difícil (a oposição) dizer que quer investigar. Mas quer investigar uma
denúncia isolada. Tem outras denúncias que estão na ordem do dia que não podem
ser investigadas. Ora! Como é que o Congresso vai poder investigar a Petrobras,
e eu acho que tem que investigar sim, e não vai investigar o metrô, não vai
investigar o porto de Suape, não vai investigar a corrupção que houve em
relação aos recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia, que inclusive pagou
marqueteiro nas campanhas eleitorais? Vamos aproveitar e investigar tudo.
Se não for
gozação, Renan Calheiros endoidou. Se for para “investigar tudo”, ou seja, toda
corrupção na administração pública do país, mesmo que apenas a partir do
Governo Collor de Mello (atualmente senador pelo PTB-AL), 1990 para cá, o mundo terá que
convocar uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) de todos os tribunais
existentes na face da Terra e convocar milhares de ministros aposentados. Sozinho,
o nosso Supremo Tribunal Federal (STJ) precisará de 100 anos (um século) para
julgar 10% dos ilícitos. E mais: é impossível (sem aquelas doses duplas da marvada) de se acreditar, pelo histórico
construído, em um Renan Calheiros investigador de denúncias de escândalos e “mensalões”
envolvendo políticos. Ele começaria fechando o atual o Congresso Nacional. E,
com certeza, nem ele escaparia das garras de uma Polícia Federal livre para
investigar e determinar prisões.
Na verdade, o
senador Renan Calheiros faz um dos tantos jogos do Palácio do Planalto. E, por
dentro, debocha de todos os eleitores (incluindo os dele). Ele joga com uma certeza
(a mesma do eleitor que elege e reelege conhecidos corruptos): dará em
nada!!!... O senador não daria tiros nos pés de seus pares, da ativa e/ou bem
aposentados. E, mesmo fora da lucidez, nunca cometeria tal bondade com a parte
do povo ainda não dominada pela banalização da corrupção, dando vida a tal utopia
dessas e justamente a partir da mesa do Congresso Nacional.
Acorda, povo!
É ano de eleições!...
Denúncia de fraude (1)
Denúncia de fraude (2)
Denúncia de fraude (3)
(...)
fraude, Paulo Brossard, Suape, PMDB-AL, PTB-AL
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