O secretário-geral
da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, e o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, serão chamados a afinar discurso com a presidente
Dilma Rousseff. Mercadante alfineta Carvalho, dizendo que este ficou “perdido”
nas manifestações de rua de junho. Carvalho devolve apontando fracasso de
Mercadante nas propostas do plebiscito e referendo. O ministro da Educação
(filho de general) é chamado de “stalinista” (referência ao ditador da antiga
URSS, o soviético Josef Vissarionovitch Stalin). A leitura, em correntes adversárias
do PT, é a de que Mercadante ficou “poderoso” e tem sido carreirista, pensando
exclusivamente na candidatura ao Governo de São Paulo. Porém, tirá-lo do
Ministério, neste momento de crise para o Governo Dilma, o tornaria ainda “mais
poderoso” no partido PT, além de não acrescentar nada chefe na tentativa recomposição
da imagem pública dela. Lula, que, por enquanto, não pretende entrar de corpo
inteiro na fogueira doméstica do partido, sugere que Dilma seja cautelosa com
Mercadante, mas que fortaleça Carvalho em doses. Os dois deverão fazer duas
aparições juntos na próxima semana. Com a pressão atmosférica elevada na cúpula do poder, alguns
cardeais do PT vão tirar expediente no Planalto nos próximos dias.
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