Queda preços na cotação da tonelada em cerca de 30%, para
próximo de US$ 110 (t métrica), do final do primeiro bimestre para
este, fez a mineradora Vale S/A colocar sobre a mesa nova revisão de metas na
produção de minério de ferro em Minas e Pará. No Pará, serão afetadas também áreas
de alumínio e níquel. A produção de ferro, até abril 2014, deverá passar por
uma retração de 20%. Isso, faz o pessoal da mineradora nas minas ferro reviver outubro de 2008, quando boa parte foi colocada
em férias coletivas. Houve demissões. Em 2012, a Vale produziu 319,9 milhões de
toneladas (t métrica) do minério, recuo inferior a 1% em relação a 2011. A empresa responde
pela média de 80% da produção nacional desse minério.
Caixa
Dos investimentos de US$ 52 bilhões, para o período
2012-2016, a Vale tinha 50% programados para até 2014. O Pará receberia perto
de US$ 30 bilhões, sendo 30% para a expansão da produção de minério de ferro Carajás
Serra Sul (S11D). Agora, uma nova revisão dos planos, reforçará a condicionante
de parte dos investimentos dependente do sucesso na venda de ativos fora dos
itens ferrosos, ouro alumínio e níquel. Há mais tempo, o plano era fazer caixa
de até US$ 15 bilhões no triênio 2012-14. Minas Gerais, até 2016, receberia da
mineradora US$ 5,5 bilhões.
Fator China
Maior potência siderúrgica do planeta, a China importará
neste ano, na melhor das hipóteses, 840 milhões de toneladas de minério de
ferro (743 milhões, em 2012). Os investimentos globais na produção de ferro
para exportação, em curso, desde 2011, projetavam um acréscimo na oferta mundial
de mais 800 milhões t do minério, dentro de dois anos. Muitos projetos foram interrompidos
e, agora, não mais que 40%, em volume, chegariam ao cronograma final. Contribuiu
para a isso a redução na produção chinesa de aços, em 2011 e 2012, de 300
milhões de toneladas de aço, e um excedente de 500 milhões t no mercado
mundial. Neste ano, as siderúrgicas da China pretendiam produzi r 750 milhões t
de aço, acima das 716 milhões t, em 2012 – Ministério da Indústria e Informação
Tecnológica da China.
Dependência global
A oferta mundial de minério no mercado externo, em 2012, foi
de 1,1 bilhão t, sendo que a China absorveu 70% (Associação Mundial do Aço – WSA,
sigla em inglês).
Em 2015
Sem os atropelos da economia mundial, a produção brasileira deveria
seguir assim (Ibram): 2011, 395 milhões t (com projetos da Ferrous Resources e
Bahia Mineração, 416 milhões t); 2012,
483 milhões t (514 milhões t); 2013, 559 milhões t (606 milhões t); 2014, 662,5
milhões t (727,5 milhões t); 2015, 696,5 milhões t (771,5 milhões t).
Excedente em 2017
A WSA, após as sequências de retrações em projetos,
prevê o que mercado internacional terá excedentes de 100 milhões t de minério
de ferro, em 2014, e, o dobro em 2017.
Exposibram
As incertezas do cenário internacional do minério de ferro, a
exemplo do ocorrido no 14º Congresso Brasileiro de Mineração e Exposição Internacional de
Mineração (Exposibram), em 2011, deverá predominar no 15º, programado para 23 a 26 de
setembro, em Belo Horizonte. O tema do
congresso é: “Mineração: investindo em Desenvolvimento e sustentabilidade”.
PROTESTOS
Ônibus (BH) - 1
Para a pelada (com todo respeito aos atletas) da Fifa, o
jogo Taiti x Nigéria, no Mineirão, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio
Lacerda, decretou ponto facultativo nas repartições municipais. Isso afeta, em
cadeia, a vida das empresas e cidadãos. É de se imaginar, então, qual seria o seu
decreto para um dos jogos de ontem, Itália x México e Espanha x Uruguai. E para
uma partida com a seleção do Brasil?!...
Ônibus (BH) - 2
Mas existe um viés político na decisão de Márcio Lacerda. Diante
do clamor do descontentamento popular com o custo do transporte coletivo e os
gastos exorbitantes com os estádios da Copa de 2014, ele libera o funcionalismo
pensando na própria pele: evitar que essa massa de servidores municipais pegue
carona nos protestos programados para hoje, em Belo Horizonte, e reabra arestas
contra a sua administração da Prefeitura.
Acho que aconteceu o contrário: em ponto facultativo, os servidores públicos se uniram ao protesto planejado há tempos pelos sindicatos de grevistas. Já são mais de 12 mil na praça Sete hoje...
ResponderExcluireu acho que ela vai aproveitar para lançar planos de demissão voluntária para o pessoal do andar de cima e demitir mesmo no de baixo. E, desta vez, não haverá Lula para atrapalhar nem para pedir a cabeça de presidente.
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