Enviado por Nairo Alméri – ter, 19.3.2013 | às 14h14
19.3.2013
Em junho de
2012, ele era partido para qualquer meganegócio na América do Sul. Na porta de
seu escritório, tinha overbooking na
fila de espera dos players
internacionais. Esse era o cotidiano de Eike Batista, controlador do Grupo EBX,
que, na década passada, viveu dias gloriosos de Midas da economia contemporânea
brasileira. Porém, a lentidão dos projetos de suas empresas, muitos transferidos
mofando no papel, renderam, também no curto prazo, a liderança no ranking das perdas bilionárias na
BM&FBovespa. Ele coleciona também bilionárias multas com o Fisco.
Em junho de
2012, Eike era o 7º bilionário do planeta. Exibia uma carteira de investimentos
de R$ 15 bilhões em setores básicos e estratégicos (mineração, petróleo e gás,
hotelaria, geração de energia infraestrutura portuária etc.). Mas os tropeços e
a confiança dos investidores afastam da vaidade bilionária do empresário um
sonho para 2015: ser o maior bilionário do planeta.
A Bloomberg, em sua pesquisa de bilionários dos
tops, avaliou as perdas das empresas Eike
ao longo dos últimos doze meses em US$ 23,8 bilhões (valiam US$ 34,5 bilhões).
Com a sobra, de US$ 10,7 bilhões, a agência tirou um degrau do empresário entre
os bilionários brasileiros. Ao olhar para cima, agora, o dono do Grupo EBX enxerga
Paulo Lemann (Anheuser-Busch InBev), montado em US$ 19,1 bilhões, Dirce Camargo Corrêa (Camargo
Correa), com US$ 14,3 bilhões, e, Joseph Safra (Banco Safra), US$ 11,8 bilhões.
No mundo, perdeu o cartão dos 100 mais ricos.
OGX no fundo
Depois de
partir nacos substanciais de ativos da MMX (minério de ferro), em 2007, Eike
abriu espaços a players estratégicos
em várias “X”. Recentemente, bateu o martelo com a E.ON (Alemanha) em fatia
respeitável da holding na geração de
energia, a MPX. Agora, vai para esteira a OGX, de petróleo e gás. A empresa
micou em muitos milhares de barris/dia de petróleo quando se compara prognósticos
da publicidade com os volumes extraídos do mar. A OGX despencou de uma avaliação
R$ 70 bilhões, em 2010, para R$ 16 bilhões, em outubro 2012, e chega ao fundo do poço, em R$ 8 bilhões. “Está quase
pelo valor dos investimentos”, ironiza um adviser
de óleo e gás.
Também LLX
Eike sente a
brisa do tsunami da crise na proa de seus sonhos. Ela começa a romper o
quebra-mar de proteção da joia do império EBX, a LLX, da área de logística. Tida
como “inegociável”, Eike foi convencido que, sozinho, não terá caixa para conclusão
do megaprojeto (mais de US$ 5 bilhões) em infraestrutura do Superporto do Açu,
em São João da Barra (RJ). Nesse site, planejou usinas de pellets de minério de ferro e de aço, geração de energia e até
montadora de veículos. Em 2020, receberia investimentos adicionais em dólares
equivalentes a R$ 22 bilhões (março 2012).
BNDES
Além do banco
BTG Pactual, que voltou para dentro da EBX e destravou o pacto com a E.NO, o
BNDES terá um novo papel no grupo. Não será mais apenas o de credor (papéis de
mais de R$ 10 bilhões), emprestará “aval de credibilidade”. Neste capítulo, são
atores o governador fluminense, Sérgio Cabral, a presidente Dilma Rousseff, e o
presidente do banco público, Luciano Coutinho. Bem antes, Coutinho tomava café
da manhã de olho no tabuleiro dos negócios de Eike, tentando enxergar um “X” para
todas as questões do grupo.
Pressa
A presidente
Dilma retorna do Vaticano, onde foi para o beija-mão do novo chefe de Estado, o
papa Francisco, na esperança de encontrar sinal de fumaça cinzenta nas
conversar de Coutinho com Eike. Investidores, depois dos fiéis católicos, porém,
ainda enxergam muita fumaça negra nos gráficos de opções para os papéis das
empresas da EBX. Mas, são, certamente, todos sabedores que ações surfam no mercado
de riscos.
Razão
Entre as consultorias
para investidores, a avaliação é que o Governo Dilma não aguentaria, pensando
nas eleições de 2014, administrar duas crises ao mesmo tempo: EBX e Petrobras.
Japoneses
O engenheiro
Eliezer Batista, pai de Eike, ex-ministro (Minas e Energia) e ex-presidente da
Vale (duas vezes, quando era estatal – antiga Cia. Vale do Rio Doce), terá
japoneses na agenda. Por sua importância na abertura de mercados para o Brasil,
quando presidiu a Vale, Eliezer tinha o papel de “embaixador” para a economia
externa do país, principalmente na Ásia. Eliezer participa das empresas do
filho.
Fórum mundial da ciência
Enviado por Nairo Alméri – seg, 19.03.2013 | 14h14
Recife sediará o 5º Encontro
Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência
Site Fapemig – 15.3.2013
Com o tema central “Oceanos, Clima e
Desenvolvimento”, a cidade de Recife (PE) irá realizar entre os dias 14 e 16 de
abril o 5º Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência. O evento será
na sede da Regional Nordeste do Ministério da Ciência e Tecnologia e contará
com a presença de palestrantes internacionais, especialistas na área climática
e representantes de instituições de ciência e tecnologia do Nordeste.
Leia mais: http://www.fapemig.br/
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