31/01/2013
Para a necessidade de ser uma economia competitiva, o
apresenta hoje um déficit anual de 50 mil técnicos qualificados somente no subsetor
petrolífero-naval. Via Programa de Mobilização da Indústria Nacional de
Petróleo e Gás Natural (Prominp), a Petrobras previa, no período 2010-2015,
formar e qualificar 220 mil profissionais para as áreas petrolíferas, incluindo
gás natural e naval afim com suas atividades. Na apresentação “Visão Geral da
Petrobras”, neste mês, a companhia informou que suas necessidades de profissionais,
espalhadas por 185 categorias, para a “implementação
do portfólio de O&G” era de 201.369. No final de 2012, a Petrobras informou ter qualificado 90 mil pessoas dentro
do Prominp e gasto R$ 252 milhões - deverá investir mais R$ 300 milhões, até
2016.
Imposições
Mas o déficit brasileiro de mão de obra qualifica é geral.
Isso favorece enormemente a entrada estrangeiros, principalmente via imposição dos
players econômicos e tecnológicos: ou
seja, trazidos por empresas multinacionais que já estão aqui, as que chegam
para investir e/financiam projetos novos e de expansão. Esse conjunto de
coisas, relacionado aos tratados de “país favorecido” (Brasil-Portugal e
Brasil-Mercosul), escancara o Brasil à entrada de profissionais estrangeiros –
sem uma cota, aquilo que o Governo impõe com mão de ferro no acesso às
universidades públicas. É bem diferente da situação nos Estados Unidos, cujo
Governo prepara a legalização da vida de milhões de imigrantes em situação irregular.
Exportação chinesa
A avalanche na invasão de estrangeiros no Brasil está no
ápice. E será turbinada com a falta de solução no curto prazo para desemprego na
Europa, além da firme determinação do Governo da China em “exportar”, cada vez
mais, seus cidadãos – embutidos em pacotes econômicos e fora deles. O cenário
precisa ser encarado com seriedade. Merece um gabinete de crise, formado por
representantes sérios e qualificados do Governo, conselhos e sindicatos de
profissionais.
Portugal, Espanha e China
Mesmo com o déficit, em 2012, o nível de desemprego no país
se manteve elevado – em 4,6%, com 1,136 milhão de desocupados, pelos critérios
questionáveis do IBGE. Ao mesmo tempo, o Governo do Brasil aumentou em 26% o
visto temporário para profissional com vínculo empregatício no país: foram
73.022 os vistos, sendo 8.340 permanentes (fonte: Ministério do Trabalho). Os mais
beneficiados vieram de Portugal (aumento de 81% em relação a 2011), da Espanha (+53%)
e da China (+24%).
Falência de 6.700
Em 2012, de acordo com o “Portugal Diário”, 6.688 empresas
faliram em Portugal, 40% a mais que em 2011. Como ressaltou o próprio
noticiário, média de 20 empresas por dia. Uma seguradora (Cosec) detalhou que os setores mais afetados foram os da construção civil (material de
construção), varejo, serviços e têxtil.
Reação (!)
É evidente que o Brasil não pode (não deve) se fechar à mão
de obra internacional qualificada para áreas onde não tem como preencher no
presente. Mas precisa, também, criar políticad que assegurem aos jovens de
nossas escolas técnicas e universidades garantias de colocações ao serem formados.
O que têm a dizer Governo (executivo), Legislativo (Senado e Câmara dos Deputados),
Judiciário e milhares de instituições representativas das classes de
trabalhadores espalhadas pelo país?