quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Marcel Ganivet, 100 anos

Enviado por Nairo Alméri* – qui, 03/11/2016 – às 20h10

Este 4 de novembro de 2016 marca no calendário da indústria da fundição nacional significado especial. Mas, talvez, a despeito da relevância, passe em brancas nuvens, algo muito próprio de nosso país - total e absoluto desprezo pela cultura e pela história. Mas vamos lá. Será a data do Centenário de nascimento do engenheiro francês Marcel Ganivet.  

Quem foi
Ganivet foi o responsável pela execução do primeiro Centro Tecnológico de Fundição, no Brasil. Uma escolha da Organização Internacional do Trabalho (OIT-ONU), em Convenção realizada na Colômbia, 1967, quando se avaliava criação de um complexo desses na América do Sul. O Brasil foi eleito para receber o projeto. A segunda decisão foi por Minas Gerais e, por fim (novembro de 1972), a unidade do Senai de Itaúna como localização. Entraves burocráticos comprometeram o cronograma do projeto, concluído em dezembro de 1980.

Forte ligação
Além de executar o projeto, Ganivet criou enorme e apaixonado vínculo com a cidade, onde teve três temporadas de residente. O filho e um neto nasceram lá e o município o reverenciou como cidadão honorário. Ele chegou ao Brasil em abril de 1971. Terminado o projeto, foi contrato como consultor do Senai. Permaneceu na cidade até dezembro de 1983, quando retornou ao seu país. Depois, regressou à Itaúna, por curtos períodos, em 1989 e 1992.

Gratidão
Ganivet morreu na França, em 10 de junho de 2006. Por vontade da família, a urna contendo suas cinzas veio para o Brasil. Foi depositada no jardim daquela unidade do Senai, sob a sombra de uma das tantas palmeiras que plantou. O desejo do fundador do Centro Tecnológico de Fundição era que parte das cinzas fosse despachada para Itaúna. No local, a placa resume:"As cinzas de Marcel Ganivet (03.11.1916 – 10.06.2006), aqui lançadas, continuarão fertilizando sua obra, fruto de sua competência e de seu amor ao Brasil, a Minas Gerais e a Itaúna".


*Com valiosa colaboração (outubro/2013) de Pedro Paulo Drumond, gerente do Centro de Tecnologia Senai Itaúna CETEF Marcelino Corradi



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