quarta-feira, 27 de junho de 2018

Agrotóxicos: Inca x Andef


Brasil é recordista nas aplicações de veneno pela agricultura

Enviado por Nairo Alméri – sex, 17.4.2015 | às 23h09 (postado novamente: 27.6.2018 | às 17h59

Na semana passada, os laboratórios fabricantes de agrotóxicos – venenos para matar ervas daninhas, insetos, fungos etc. – nas lavouras, hortas e pomares foram parar no fio da navalha da opinião pública. O feito veio... http://nairoalmeri.blogspot.com/2015/04/agrotoxicos-inca-x-andef.html

Oi, Rede Globo!


E NÃO ERA ELE...TCHAU, GALVÃO BUENO!

Enviado por Nairo Alméri – qua, 27.6.2018 |às 17h48
No início da partida Brasil e Sérvia, esta tarde, caminhei por 14 quarteirões da Rua Gonçalves Dias, em Belo Horizonte. Comecei no bairro Funcionários e parei em Lourdes. Os dois na Zona Sul, área densa em condomínios residenciais de classe média. Do passeio, a locução ouvida, que vinha dos televisores ligados nas residências, alternava duas vozes. Mas, nenhuma era a dele, do Galvão Bueno! Deram tchau ao dono do clichê "amigos da Rede Globo!". 

Novos conceitos 

Isso tem nome e a Rede Globo Televisão precisa interpretar: mudança no conceito do consumidor para aquilo que a televisão oferece (empurra). Mas, não basta trocar um Galvão por outro Galvão, piorado! E mais: o consumidor, com o controle de canais em mão, é dono do seu nariz. O ufanismo do locutor em pauta deixou de ser apelo de mídia, virou fuga de mídia!


sexta-feira, 22 de junho de 2018

Vitta Química


Pretende instalar fábrica em Minas Gerais

Enviado por Nairo Alméri - sex, 22.06.2018 | às 23h33 - modificado
Pertencente ao Grupo TQA, de Pindamonhangaba (SP), a empresa assinou propósito de instalar uma unidade em São Gonçalo do Rio Abaixo, no Quadrilátero Ferrífero, em Minas, às margens da BR-381. A indústria produz coagulantes para tratamento de efluentes (monitoramento e tratamento em circuito fechado) e indústrias de papel e celulose. Fornece também outros insumos para diversos segmentos. Os principais produtos são cloreto férrico, policloreto de alumínio e sulfato férrico. 

Papel e celulose

O Grupo TQA é formado Vitta Química, a TQA Químicos (principais mercados: alimentício, de tratamento de água, fertilizantes, ração animal, petroquímico, papel e celulose) e TQA Elastômeros (compósitos de borracha; correias transportadoras e elevadoras indústrias e agrícolas; e, correias laminadas). 

Logística

Além de Pindamonhangaba, o grupo opera unidades em Bragança Paulista (SP) e Simões Filho (BA). São Gonçalo atenderá à estratégia de logística da empresa para atender mercados em Minas, Espírito Santo e São Paulo.

Ferrovias x caminhoneiros

Agricultores nos EUA dispõem de 17 vezes mais rodovias asfaltadas por 1 mil km2 de lavoura


Enviado Nairo Alméri – sex, 22.06.2018 | às 18h57
O Brasil tem 63% da logística de cargas no modal rodoviário - sobre eixos de caminhões. Apenas próximo dos 30% sobre trilhos, ferrovias. Se interessar ao Governo (este ou o futuro) acabar status quo de uma economia refém dos motoristas de caminhões, é começar de imediato uma política planejada de Estado (bem diferente de política de Governos - partidos e pessoas). Quem tiver dúvidas da urgência que o país tem para inverter essa situação, relembre o que aconteceu em todo o país na recente greve (maio/junho) dos caminhoneiros. Analise em separado o porquê de Bauru, não ter apresentado o caos da falta de combustíveis na área urbana.

Exportando frete

A tonelada da soja transportada de Sorriso (MT) ao Porto de Santos (SP) teve variação de 59,15%, de R$ 295,00 para R$ 440,00 nas safras de 2017 para 2018. De Sorriso para Porto de Paranaguá (PR), variação de 53%, para R$ 430,00. A pesquisa, citada hoje (22/06) no Portal Canal Rural, é da Consultoria Safras & Mercado e consideram os impactos da greve dos motoristas. A tabela ofertada pelo Governo, como forma de interromper o movimento, teria respondido por 40% no encarecimento do transporte.

Comprativo com os EUA

Não é preciso enveredar-se pelo mundo da engenharia dos números para se entender um pouco do caos na logística da soja no Brasil (115 milhões t safra 2017/2018). Basta uma simples comparação com o maior produtor mundial, os Estados Unidos (120 milhões t safra 2017/2018). Na opção pelo modal rodoviário, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostrou (abril 2018) que o país possui apenas 25 km de rodovias pavimentadas para cada 1 mil km2 de lavoura de soja, contra 438 km nos EUA.


Vale da Eletrônica

Cerca de 330 indústrias de soluções, componentes, equipamentos, conjuntos e embalagens do Vale da Eletrônica, formado pelo polo de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, faturaram R$ 3,2 bilhões (2016). Na recente greve dos caminhoneiros, as indústrias locais foram afetadas. “Está um caos”, avaliou o presidente do SINDVEL (Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica), Roberto Souza Pinto, quando indagado, no meio do movimento, qual era a situação.

Defesa da Mulher – Itabira

A Câmara de Vereadores de Itabira, terra do poeta Carlos Drummond de Andrade e onde nasceu a maior mineradora do país, a Vale, aprovou (19/06) projeto de lei, o PL 43/2018, que permite às mulheres o desembarque fora dos pontos de ônibus após às 22h. A lei visa proporcionar mais segurança às mulheres nas vias públicas à noite. Ótimo! Mas, pensando bem, a medida é tão racional que outros municípios do país poderiam adotar de imediato, via Portaria do Poder Concedente das linhas, até que a medida a virar lei. Ou, então, que o Congresso Nacional, em regime de urgência autorize os Executivos municipais nesse sentido, enquanto as Câmaras legalizam a medida (Notícia do www.defatoonline.com.br/).

terça-feira, 19 de junho de 2018

Eliezer Batista, nosso Jack Welch desperdiçado...


Saindo de apuros: se escreve Eliezer, “mas se lê Ahmad”

Enviado por Nairo Alméri – ter, 19.6.2018 | às 18h45 - modificado às 19h47

Alguém, certa vez, definiu assim o engenheiro Eliezer Batista da Silva: “Embaixador do mundo!”. Ouvi isso também de um funcionário na, então, estatal Companhia Vale do Rio Doce S/A (CVRD), em dezembro de 1978, em Itabira (MG), ainda principal província minerária da extração e beneficiamento de minério de ferro da companhia. A expressão tinha dois vértices. O “doutor Eliezer” (mineiro gosta de chamar “doutor” os ocupantes de cargos), tratamento dado pelos funcionários da CVRD (privatizada em 1997; depois, virou Vale S/A), era respeitoso e iluminava sua importância e inteligência de estrategista – nisso ele era “doutor”, singular. E, segundo, porque era ele quem abria muitas portas para o Brasil no mundo dos negócios. Isso graças, também, ao domínio de oito idiomas* – entre os mais difíceis, na época, japonês, mandarim e russo, de Moscou.

Uma coisa só

Falar da carreira do engenheiro Eliezer (Universidade Federal do Paraná, 1948), sem deixar para trás detalhes importantes, é um desafio que nem os excelentes biógrafos conseguiram. Sempre ficam (e ficarão) disponíveis ângulos diferentes, memoráveis. Ele foi fonte inesgotável em cases de sucessos. São sólidos aprendizados as referências registradas nos livros. A Vale, ou a CVRD, e Eliezer são gêmeos nas melhores fases da maturidade (ponto de equilíbrio do Grupo CVRD) e do crescimento. A companhia teve, sim, cabides de emprego, imposições do controlador majoritário: o Tesouro Nacional, a serviço da sede dos influentes em tantos (des)governos.
  

Mauá e Eliezer  

Esse engenheiro, nascido em Nova Era, no Vale do Aço, em Minas, em 1924, com todo o mérito à inteligência empreendedora (leiam a história da CVRD e suas coligadas), foi o maior estrategista de negócios do país, no Século XX. Depois de Barão de Mauá (Irineu Evangelista de Souza, 1813/1889), não houve outro por aqui empreendedor de enorme relevância - leiam sobre o Mauá e concluam. Eliezer presidente da CVRD pela primeira vez e ministro das Minas e Energia no Governo João Goulart. E ministro de Assuntos Estratégicos no Governo Collor de Mello. Mas, neste último, por tanta corrupção envolvendo o chefe do Planalto, sua passagem não encontrou interlocutores sérios nessa fase.

Um Welch perdido

Não fosse o Brasil o país com enorme vocação pelas oportunidades perdidas, por patrocínio dos roubos da classe política, Eliezer teria operado neste território continental milagre similar ao que a competência de Jack Welch (1935) empreendeu no Grupo General Electric, nos Estados Unidos. Welch assumiu, em 1980, um grupo multinacional quebrado e valendo US$ 12 bilhões na Wall Street. 20 anos depois, entregou aos acionistas uma GE saneada e avaliada em US$ 412 bilhões. 

Esqueçam o filho 

Eliezer Batista faleceu ontem (18/06), no Rio. A memória do “doutor Eliezer” deve ser preservada e associada ao reconhecimento do legado que deixou para o Brasil, nunca pelo barulho global de recentes fracassos de um dos filhos!

Privilégio de um jornalista

O conheci Eliezer Batista na curta temporada que fiquei na CVRD (dez/1978 a março/1979), entre o Rio e Itabira, às vésperas dele assumir o segundo mandato. Depois, ele já empossado (março de 1979), tive o privilégio de entrevistá-lo por inúmeras vezes, como repórter de Economia (1979 e 1981-1992) do “Jornal do Brasil”, na Sucursal de Belo Horizonte. E também como colunista diário do Hoje em Dia (1997-2012).


*“Podia, dependendo da situação, assumir outros nomes. Nos anos 70, no auge de mais uma das muitas crises entre árabes e israelenses, fazia check in em um hotel na Árabia Saudita quando ouviu de um desconfiado funcionário: "Eliezer é um nome judeu". Respondeu de imediato: "No meu país se escreve assim, mas se lê Ahmad". Desconcertou o interlocutor e conseguiu o quarto”. (Folhapress -18.06.2019)

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Ecoblock e Granja Barreirinho

Enviado por Nairo Alméri - qua, 13/06/2018 | às 23h20 


Cases da economia circular e sustentabilidade: madeira de plástico, confecção com tingimento de cores naturais e suinocultura alinhada aos 17 ODS da ONU para 2030


Madeira biossintética dá uso plásticos do lixo; confecção sustentável emprega idosas; e; granja gera eletricidade com dejetos e faz compostagem com resíduos de restaurantes


Três cases de indústrias de Minas Gerais foram apresentados no seminário Semana de Produção e Consumo Sustentáveis 2018 (08/06): da Ecoblock, que fábrica “madeira” de plástico reciclável, com o conceito “madeiras feitas para durar”; da Áurea Lúcia Slow Fashion, confecção com tinturaria de cores naturais; e, Granja Barreirinho, com sistema de suinocultura e bovinocultura sustentáveis na produção de energia (biodigestor), compostagem, proteção de mananciais de água e reprocessamento de resíduos dos restaurantes da indústria local. Os cases foram parte do Painel Economia Circular.
A sócia-proprietária da Ecoblock Indústria e Comércio, de Belo Horizonte, Gabriela Borges, fez a abordagem “Consciência Sustentável”, demonstrando que “mudança de comportamento traz oportunidade de negócios”. A madeira biossintética entregue por sua empresa é blend de plástico reciclado com fibras - de casaca de arroz, de casca de coco etc. e celulose. A empresária garante que não emprega água no processo, mas apernas no “sistema fechado” de resfriamento.
“Tudo que entra no sistema produtivo (da Ecoblock) sai ecomadeira”, afirma Gabriela Borges. Esclarece que todo resíduo gerado e produto “não aprovado” retornam ao processo. A empresa tem capacidade instalada para “transformação” de 500 toneladas/mês de resíduos de plásticos e fibras retiradas do lixo ou resíduos industriais. A empresária calcula que
cada 700 gramas de produto saídas de sua fábrica “poupam uma árvore”. No site, a empresa, faz também a relação de equivalência a “233 mil sacolas de supermercados”. A Ecoblock faz marketing dizendo que seu produto é “excelente solução para empresas que conquistaram a ISO 14001 e estão obrigadas a rastrear seus passivos. ambientais”.


Moda feminina sustentável: tingimento natural e vez à terceira idade


“Tingimentos e estamparia são feitos de maneira 100% ecoeficiente”. Em cima dessa mídia, no portal Áurea Lúcia Slow Fashion, de Belo Horizonte, a empresaria Áurea Lúcia Gonçalves garante que a produção da empresa é literalmente dentro do tema proposto para sua palestra: “Uma nova moda alinhada com os princípios da Economia Circular”.
A empresa está há 15 anos no mercado e produz, em grande parte, de forma artesanal: tingimento, estamparia, bordados, tricô, crochê, acabamentos totalmente feitos à mão. Os processos utilizam corantes naturais extraídos da casca de cebola, açafrão, feijão preto hibiscus, eucalipto, etc. Outra prática sustentável da confecção é a captação de água da chuva. Na estamparia, a fábrica utiliza folhas e pétalas de flores. “Depois estampadas (flores e folhas), os resíduos vão para compostagem e voltam à terra”, relatou Áurea Lúcia. Na confecção, os resíduos têxteis são utilizados como retalhos para outras peças.
Graduada em Design, pela FUMEC, a empresária levou suas coleções para uma das edições do Minas Trend (2014), ponto alto da moda nacional. Áurea Lúcia pratica o viés da sustentabilidade também no leque social: busca propostas das comunidades de baixa renda, apoia associações como a Associação Flores do Carmo, de Itabira, e ocupação de mulheres na terceira idade, que estiveram ou trabalharam em empresas de moda – aposentadas ou pessoas precisam criar fonte de renda, que, normalmente, trabalham em suas casas. Essas senhoras participam das atividades da empresa em eventos como feiras, palestras, desfiles, etc. A
empresa também patrocina oficinas de moda sustentável em associações de artesãs no interior de Minas Gerais.


Suinocultura faz reuso de resíduos, combate emissão metano e cumpre cinco dos 17 ODS (ONU)

A Granja Barreirinho, de Sete Lagoas, fundada em 1973, além das atividades comuns a uma empresa que cresceu com as mudanças de mercado de consumo de proteína suína, concentra práticas ambientais e algo mais. Neste último item, estão atividade que relacionam a empresa outras de marcas globais como PepsiCo e Iveco (Grupo FCA), que têm instalações fabris no município.
Numa parceria com a PepsiCo, que completou 10 anos, dos subprodutos (resíduos) da fabricação de alimentos (bebidas prontas e salgadinhos) a Granja Barreirinho produz ração para os suínos. Dos restaurantes da montadora de ônibus, utilitários e caminhões Iveco, retira resíduos dos restaurantes utilizados em processos de compostagem.
Nas suas instalações, as atividades principais são para a suinocultura e os cortes de carnes industrializados para o mercado consumidor. Mas, em busca de práticas sustentáveis e ambientais, a Barreirinho criou outras frentes paralelas ao core business, tais como: bioeletricidade (energia gerada a partir de conjunto de aproveitamento do gás metano dos dejetos dos suínos), biofertilizantes (a partir da massa sólida dos biodigestores e a da compostagem de outros materiais orgânicos, incluindo resíduos dos restaurantes de empresas); e, captação de água da chuva.


Compensação com economias nos custos de processos

A geração de eletricidade a partir do biodigestor gera para empresa a economia equivalente a 8,3% (com variação até 10%) na conta de luz da Barreirinho. Além disso, a destinação ao processo dos dejetos dos suínos (e também de bovinos), evita a emissão de mais gás metano na atmosfera. “(O que não virou eletricidade), vai virar compostagem industrial, para hortas e jardins”, comenta José Arnaldo Cardoso Penna, fundador da
empresa. A prática da fertirrigação permite à granja criar 7 a 8 cabeças de gado por hectare, contra a prática comum, no país, de apenas um animal. O sistema de captação de água da chuva permitiu a redução diária de 90mil a 100 mil litros/dia para 70 mil. Na empresa foi implantado um programa de recomposição da mata cicliar dos cursos de água, e instalação de cerca de proteção distante 30 metros das margens dos córregos.


Atende metas sustentáveis fixadas pela ONU para 2030

Algumas inciativas, a Barreirinho não obteve êxito. Entre elas, o fundador lamenta não ter avançado na proposta à Prefeitura Municipal de Sete Lagoas da coleta de sobras de óleo comestível (de cozinha) nas escolas públicas, restaurantes e indústrias. “O biodiesel (produzido a partir do óleo coletado) movimentaria toda a frota da Prefeitura”, avaliou o empresário. A proposta previa a entrega de “selo verde” aos participantes. Mas, em contrapartida, foi implementada a do recolhimento das folhas das árvores resultantes das podas em áreas públicas e destinação à compostagem e, no final, envio do composto orgânico às hortas comunitárias.
O tema abordado, no Painel Economia Circular, por José Arnaldo Penna foi “Economia circular na suinocultura: case Granja Barreirinho”. O empresário acredita que, comprovadamente, a Granja Barreirinho contribui em cinco dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidas pelo conselho (ONG) ligado às Nações Unidas (ONU), para até 2030: 2 (Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável), 7 (Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos), 12 (Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis), 13 (Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos) e 15 (Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade).

Rolls Royce e Whirlpool

Enviado por Nairo Alméri - qua, 13/06/2018 | às 23h08 

Na inovação disruptiva, indústrias mudam conceitos e ficam mais próximas dos consumidores


Fabricante de lâmpada “vende” iluminação; de máquina lavar, aluga por m3 de água consumida


As cadeias produtivas buscam caminhos sustentáveis mais visíveis para a sociedade amparadas em design de forte apelo junto ao novo consumidor, como construção civil, com uso de peças de acabamento em resina plástica reciclável, e de embalagens, que não aplica cola nem grampos. “(Mas) A melhor economia circular é aquela que não existe. Assim como o melhor sistema de transporte é o que não existe”, brincou o professor Agnaldo dos Santos, do Departamento de Design da Universidade Federal do Paraná (UFPR), outro conferencista no Painel Economia Circular, dentro do seminário (08/06) Semana de Produção e Consumo Sustentáveis 2018, para ilustrar a sustentabilidade como uma busca permanente.
Na área de consumo dos recursos, a sustentabilidade de maior apelo está ligada diretamente às questões ambientais, dando maior visibilidade para a água. Daí, explica Agnaldo dos Santos, ser tão comum o marketing de sustentabilidade para a relação “maior eficiência e menor consumo de água”. Esses conceitos avançam rápido pelas linhas das indústrias, que, passaram a marcar presença no “consumo de serviços”. A Whirlpool, por exemplo, fabricante de eletrodomésticos, não vende mais purificador de água, mas água filtrada. “Não se vende mais produto, mas resultado”, frisou o professor da UFPG.

Rolls Royce recebe por horas de voo da turbina

Agnaldo Santos citou outros cases de fabricantes de máquinas de lavar roupas e processos industriais, que passaram a fazer locação, e cobram por m3 de água consumida; de lanternas, recarregáveis com células de energia solar, alugadas por hora de uso. Entre os destaques de inovação com esse viés que apresentou estão: a Philips, passou a “vender iluminação”, não a lâmpada, caso do aeroporto de Amsterdã (Holanda), e, a Rolls Royce, que a renumera as turbinas fabricadas com as “horas voadas” pelo cliente, além da manutenção prestada.


Torneira e lavadora de roupas marcas consumos de água e energia

Técnico em Mecânica de Automóveis pelo Senai-PR, Agnaldo dos Santos tem sólida formação em design (graduado em Engenharia Civil-UFPR, mestre em Engenharia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), doutor em Gestão da Produção pela Salford University (1999) e Pós-doutorado em Design Sustentável pelo Politecnico di Milano). Ele mostrou que há movimento acelerado em grandes centros de inteligência artificial - na China, África do Sul Estados Unidos e Europa - que tornará a chamada “economia disruptiva” cada vez mais dinâmica. Citou como fato a “fabricação digital de vestuário”, na qual todo processo se dá via aplicativo nas relações fabricante-cliente. E mais: torneira com marcador de consumo de água; chuveiro e máquina de lavar roupa, com leitor para consumo de água e energia; descarga para sanitário com reuso da água do lavatório. “Não consigo, hoje, me engajar em projetos que simplesmente querem aumentar a produção”, concluiu.

Carrusca Business Innovation

Enviado por Nairo Alméri – qua, 13/06/2018 |às 23h05

Em seminário na FIEMG, especialista em inovação sugere que empresas passem a tratar empregados como ‘empreendedores’


Na era digital, “a obsolescência é rápida”


Inovar é um propósito comum entre as empresas. Mesmo assim, a maioria não segue procedimentos básicos nesse processo. “Quando for fazer coisa diferente (inovar), ela tem que fazer sentido para a sociedade”. Assim simplificou o especialista em inovação Mauro Carrusca, CEO da Carrusca Business Innovation, que fez, nesta manhã (07/06), a palestra de abertura no Painel Economia Circular, dentro do seminário Semana de Produção e Consumo Sustentáveis 2018, na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais.
Importante, também, é ter noção de que a inovação não cabe processo de gestão vertical. “Tem que ser horizontal. Tem que envolver as pessoas”, frisou o conferencista, que é graduado em Engenharia Eletrônica (PUC-MG), consultor da FGV, Sebrae e professor de MBA no Ibmec e ex-consultor na IBM (EUA e Brasil). Ele insistiu em que uma corporação não será inovadora de repente, pois é um processo que envolve pessoas em “trabalho colaborativo”, mesmo que não se conheçam nem se vejam.
A inovação está fortemente vinculada à economy tech e onde os processos se conectam pela inteligência artificial: realidade aumentada. O país precisa assumir isso como um “processo cultural”, única opção para sair de posições de atraso como de 69º (em 130 países pesquisados – junho 2017) em Inovação, e, 61º (em 63 nações – maio de 2017) em produtividade (a frente apenas da Venezuela e Mongólia) *.
E, retornando à afirmação de que a inovação tem que fazer “sentido para a sociedade”, Mauro Carrusca adverte as indústrias que, nesta era digital, “a obsolescência é rápida”. Portanto, é preciso “entender a jornada do cliente. Se não atender, ele vai embora. Muda e não volta mais”, disse o especialista, que abordou o tema “Pinceladas de Inovação”.


Empresas que não mudam com a inovação “morrem”


Nessa economia disruptiva, das soluções via inteligência artificial, diz o CEO da Carrusca Innovation, “muitas empresas morrem não é porque fizeram errado, mas porque se acomodaram”. “(É) Uma era exponencial. Nosso cliente muda e vai nos enxergar da mesma forma. Ele observa os novos consumidores não querem mais ser proprietários de bens, ter carros próprios, mas compartilhar sistemas como oferecidos pela UBER. Isso também faz o sistema financeiro também mudar, com o surgimento das fintechs.
A transformação na economia mexe com poderosos disse o conferencista, que fez referência à citação de Carrusca lembrou frase de Klaus Schwb, do Fórum Mundial: “Criar um mundo compartilhado em um mundo partilhado”.
O CEO da Carrusca Innovation lembrou a declaração de Jorge Paulo Leman, o mais rico do Brasil, sócio-fundador da Ambev e da 3G (controladora de grandes marcas como a Burger King): “Sou um dinossauro apavorado”, disse Leman, dia 30 de abril, na conferência anual do Instituto Milken, em Los Angeles (EUA), ao traduzir como a era da inteligência artificial mudou as coisas: no passado, bastava ter uma marca sólida e investir em eficiência para ter sucesso. Hoje, empresas gigantes, não podem perder o foco diário para descobrir as novas demandas dos clientes e acompanhar as mudanças.

Inovação abre US$ 10 trilhões em oportunidades


Dentro da “economia da inovação”, Carrusca diz ser absurdo as empresas não enxergarem os recursos que estão disponíveis e que a inovação tem que estar na ponta. Ele apresentou o valor de US$ 10 trilhões como sendo a referência das oportunidades na “economia de inovação”.
Entre exemplos dessas oportunidades, o CEO da Carrusca Innovation apontou mudanças em processos produtivos e de distribuição criativa da era digital, citou a ponte projetada por impressora 3D, em Amsterdã (Holanda), e o protótipo desenvolvido pela Ford que faz filtragem da água gerada pelo ar-condicionado para reaproveitamento potável.


Os empregados serão, agora, “empreendedores”


As empresas, sugere Mauro Carrusca, precisam assumir, nesta transição, que não podem mais de ter “funcionários” nem “colaboradores” clássicos, mas “empreendedores”.
“Não dá mais para viver acomodado. A arte cruza com a ciência. Na era da aceleração, tem que ter o tempo a nosso favor. Inovar é trazer o futuro”, diz o CEO da Carrusca. Nessa corrida, citou que, em Israel, uma experiência com robôs e professores em sala de aula, demonstrou que os alunos tiveram melhor aprendizado com a máquina.
Dentro das empresas, insistiu, é preciso entender que os profissionais do futuro não querem mais ser empregados. “A garotada está ‘empoderada’. E está difícil encontrar um garoto novo na universidade para trabalhar nas empresas. (Os jovens) querem ter a startup deles”. Neste caso, citou o Alexandre Paris, 35 anos, natural de São Bernardo Campo (SP), dono da startup ReBeam, que desenvolve projeto para NASA de satélite que levará energia para planetas sem a luz do sol. O satélite será lançado em 2019.


Compromisso ambiental é exigência do consumidor


Entre as mudanças de comportamento, o CEO da Carrusca chamou atenção para os compromissos que as empresas precisam ter com a questão ambiental, seguindo as opções do consumidor de hoje. “O novo consumidor compra certificado ambiental. É preciso rever os conceitos”, afirmou.

*Em junho de 2017, no ranking do Índice Nacional de Inovação, da Universidade de Cornel , da Insead (França) e da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMP), feito com 130 países, o ocupava a 69ª (primeiros, pela ordem, são Suíça, Suécia, Holanda Estados Unidos e Reino Unido). Em maio de 2017, nas estatísticas de produtividade, com 63 países, do Instituto IMD, de pós-graduação da Suíça, e da FDC (Brasil), em 63 países, o Brasil foi o 61º, superando a Venezuela e a Mongólia. A liderança era de Hong-Kong, Suíça, Cingapura e Estados Unidos.



terça-feira, 12 de junho de 2018

NEXA E BSV - DESAFIOS PARA MINERAÇÃO


Enviado por Nairo Alméri – ter, 12-06-2018 | às 20h57

O Instituto Senai de Inovação em Processamento Mineral, Belo Horizonte – MG, realizará o 1º. Workshop – Desafios para a Indústria de Mineração, quinta-feira (15/06). Previstas palestras de Lívia Mello, engenheira metalúrgica da Tecnologia na Nexa Resources (Votorantim Metais); Jéferson Silveira, advisor do BSV Capital para novos negócios junto a bancos de investimentos, fundos de pensão, private equity e fundos de investimentos nacionais e internacionais; e, de Marivalda E Silva Marques, sócia da Topaz Engenharia E Projetos Ltda. http://www7.fiemg.com.br/cit/eventos/detalhe/desafios-para-a-industria-da-mineracao-

RenovaBio nos EUA

Enviado por Nairo Alméri – ter, 12/06/2018 | às 20h50 - modificado às 21h30

Está nos Estados Unidos uma missão de técnicos brasileiros do segmento sucroalcooleiro. Foi em busca de subsídios para o RenovaBio. A comitiva, liderada pela ANP, ficará por lá até sexta-feira (15/06). Interessa ao Brasil aspectos das políticas de biocombustíveis norte-americanas como Low Carbon Fuel Standard (LCFS), regulado pela Environmental Protection Agency (EPA), e Renewable Fuel Standard (RFS), regulado pelo California Air Resources Board (CARB). http://www.siamig.com.br/noticias/executivos-brasileiros-estao-nos-eua-divulgando-o-renovabio