sábado, 31 de maio de 2014

Príncipe Harry traz automotiva na comitiva

Enviado por Nairo Alméri - sáb, 31.5.2014 | às 16h38
O príncipe Harry (neto e 4º na linha de sucessão da Rainha Elizabeth II) virá a Belo Horizonte. Chegará dia 24, para a partida entre as seleções da Grã-Bretanha e da Costa Rica, pela Copa do Mundo. Sua chegada ao Brasil será, porém, na véspera, em Brasília (DF), onde assistirá ao jogo Brasil x Camarões.
Na comitiva de Harry, a presença de empresários e investidores, inclusive da indústria automotiva. Goiás, que exerce enorme influência sobre o Distrito Federal, possui polo automotivo, na parte Sul, na divisa com Minas Gerais. O estado mineiro, por sua vez, é o 2º parque automotivo do país, depois de São Paulo. É ver qual dos dois terá mais bala na agulha para atrair possíveis investimentos em libras inglesas para o segmento.  

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Míssil balístico do Brasil

Enviado por Nairo Alméri - qui, 29.5.2014 | às 8h07

"O silêncio vale ouro". O ensinamento popular foi seguido à risca pelo Exército do Brasil na questão do armamento nuclear. Com isso, a armada conseguiu avançar da "prancheta". Para voltar com a pauta falta apenas o "endosso político", o que é pensado também pela força. 
Os argumentos para o Brasil acelerar a construção de um míssil balístico intercontinental (alcance superior a 5.500 km) carregado com ogiva nuclear são de fortes apelos nacionalistas. A base é uma estratégia de defesa da soberania do país sobre o domínio dos seus recursos naturais e o respeito internacional às suas fronteiras e, por extensão, do continente. O conjunto da Nação. 
Dentro de 20 a 30 dias, integrantes do Alto Comando do Exército se debruçarão, novamente, sobre essa engenharia. Esse programa, para os próximos 10 anos necessitaria de orçamento mínimo anual de US$ 20 bilhões. Todos os institutos militares de pesquisa e desenvolvimento (P&D) participariam desse programa nuclear para fins da defesa.   
Esse tema foi tratado aqui no blog em março do anos passado (reprodução abaixo). 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Exército e o pré-sal

11.3.2013
Enviado por Nairo Alméri – seg, 11.3.2012 | às 14h22

O Centro de Estudos Estratégicos do Exército (CEEx - do Estado-Maior do Exército, o EME) comemora, em 2013, seu 10º aniversário. O CEEx/EME turbinou ações que estavam, até então, na esfera no Centro de Estudos Estratégicos da Escola de Comando e Estado Estado-Maior do Exército (CEE/ECEME). Criado em 2000, a principal missão do CEE/ECEME é "estudar problemas de segurança internacional e nacional, em seus aspectos políticos, militares, econômicos, culturais e tecnológicos". A atuação do CEE/ECEME sobre estudos acadêmicos e pesquisas em unidades do Exército é ampla e, em 2007, assumiu a Seção de Pós-graduação da Escola, com a missão de "alinhar a pesquisa acadêmica feita por todos os alunos dos diversos cursos com a pesquisa aplicada pelo Exército".

Tímido em P,D&I
A filosofia do CEE/ECEME, de atuação acadêmica sem barreiras com instituições nacionais de pesquisas, está bem clara em seus, digamos, estatutos. Falta, porém, maior desenvoltura interna e na linha de frente para pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica (P,D&I) com o setor produtivo nacional. Em outubro passado, o "Ciclo de Ciência, Tecnologia e Inovação" para alunos do 1º Ano do Curso de Altos Estudos Militares (CAEM), foi apenas um briefing de quatro sessões. A alta academia do EME fica ausente, por exemplo, das conferências da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento em Empresas de Inovação (Anpei), que terá sua XIII Conferência Anual, em junho, em Vitória (ES). Neste ano, o tema escolhido pela Anpei é “Inovação Competitiva e Aberta: Transformando o Brasil”.

Além do pré-sal
Mas o Comando Exército pretende energizar a passagem do 10º Aniversário do CEEx/EME. Uma fonte do blog e ligada à instituição da Praia Vermelha, no Rio, diz que deverá ficar conhecido um amplo estudo para metas em "defesa nacional". E mais: avançaria nas questões econômicas do “mar azul” – além dentro e fora da plataforma continental.

Livro
Virou leitura obrigatória de cabeceira entre os formandos da  ECEME o livro "Defesa nacional para o Século XXI: política internacional, estratégica e tecnologia". A obra, organizado pelos pesquisadores Edison Benedito da Silva Filho e Rodrigo Fracalossi de Moraes e oficialmente apresentada na academia no começo de novembro passado, foi lançada (no mesmo mês) pelo Ipea. Para baixar na integra: www.ipea.gov.br

terça-feira, 27 de maio de 2014

BB (ainda) dificulta Cartão BNDES

Enviado por Nairo Alméri – ter, 27.5.2014 | às 7h59
Em agosto de 2013, o blog noticiou que um empresário do comércio de restaurantes e hotéis, no município de Brumadinho, MG, dentro do circuito turístico Estrada Real e ligado às parcerias do Museu Inhotim, enfrentava dificuldades burocráticas do Banco Brasil (BB) para obter o seu Cartão BNDES, expandir suas atividades e criar mais empregos. Aconteceram algumas das previsões visíveis para ele, como saída do Programa do MEI (coordenado pelo Sebrae) e virar microempresa. Aliás, era isso que o BB insistira que fizesse, como forma de agilizar o sonhado cartão do BNDES. Feita a mudança, acumula, agora, quatro meses de nova burocracia. Abaixo o que foi publicado aqui, há exatos nove meses - três trimestres.
  
BB dificulta cartão BNDES
Enviado por Nairo Alméri – ter, 27.8.2013 | às 6h12
Cresce o número de queixas de proprietários de microempresas contra a demora inexplicável do Banco do Brasil na liberação do Cartão BNDES para seus clientes. Na região metropolitana de Belo Horizonte, um desses empresários contou ao blog, que aderiu ao programa Microempreendedor Individual (MEI) e é cliente do BB, diz: “O banco parece querer forçar a gente para os empréstimos dele. Eu preciso investir é agora, mas não posso fazer com juros acima de 1% ao mês do banco. Daqui a pouco, com as vendas crescendo, não poderei mais ficar no MEI (receita bruta anual de até R$ 60 mil). E se tiver que investir, graças a sua demora na liberação do Cartão do BNDES, o Banco do Brasil me fisgará”. Esse empresário, dono de estabelecimento do comércio, aguarda seu cartão desde maio. Em função do risco de sair do MEI, ele apelou para o desconto promocional de 10% para fregueses que pagarem com dinheiro, como forma contabilizar receita menor. “Mas pouco adiantará, porque hoje, por segurança pessoal, a maioria das pessoas só compra com o cartão”, lamenta.

Bolívia
Pela regra de três simples dos petistas, se a fuga para o Brasil de um senador da Bolívia, com ajuda da Embaixada brasileira, detonou o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, se fosse com a Argentina o Itamaraty seria fechado!

Cadê o trem?
De 1945 para 1960, a malha ferroviária no Brasil, toda estatal federal, cresceu de 35.280 km para 38.339 km. De 1960 para 2006 (10º ano da privatização), caiu para 29.605 km (tamanho do que era em 1915). O uso da malha ferroviária, depois que saiu a Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA) e entraram as concessionárias privadas caiu de 28.831 km para 10.930 km. Os números estão no estudo “Transportes Urbanos no Brasil: 2% do PIB para solucionar a crise nacional da matriz rodoviária”, de março de 2010, elaborado por Nazareno Godeiro, do Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconomicos (Ilaese).  

TAV São Paulo-Rio
O estudo aponta para uma questão que tira o sono dos produtores de grãos do país, que, a cada safra, veem parte da produção literal atolada nas rodovias – estradas de terra intransitáveis. E faz comparativo de custo previsto para a execução do projeto do trem de alta velocidade (TAV), que fará ligação São Paulo-Rio: “Isto se soma à tentação de fazer ‘obras espetaculares’ tipo a do Trem Bala, onde os investimentos alcançam a cifra de R$ 50 bilhões de reais, quantia suficiente para garantir 15 mil quilômetros de via férrea, cortando todo o Brasil” (sic).

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Gazprom e Rosatom

Enviado por Nairo Alméri – sex, 23.5.2014 | às 6h39
O mundo ficou maravilhado com o contrato da Rússia para o fornecimento de gás natural à China. O presidente russo, Vladimir Putin, mostrou ao mundo sua alternativa às retaliações da Europa. Valor do contrato assinado pela russa Gazpom e a chinesa CNPC é de US$ 400 bilhões e vale por 30 anos. Mas não é apenas com essa fonte energética que o potencial da Rússia assusta. A estatal Rosatom, do setor nuclear, gerencia a construção de 22 usinas nucleares para geração de energia fora da Rússia. A sua carteira de contratos fora das fronteiras era de US$ 74 bilhões, em 2013, com meta de crescer acima de 25%, podendo fechar em US$ 100 bilhões, em 2014. 

Quer o Brasil
A Rosatom, formada por 360 empresas (250 mil empregados), negocia contratos com o Brasil e tem sido frequente em congressos e seminários no Rio e São Paulo. Em 2015, após a posse do novo governo brasileiro, a nuclear russa abrirá representação na capital fluminense.

50 anos da Delp
No próximo mês de julho, a Delp Engenharia Mecânica (Grupo Delp), a principal empresa de bens de capital de Minas Gerais, entrará no seu meio século (50 anos) de existência com atividade ininterrupta. Um dos marcos da história da companhia, com unidades fabris em Contagem e Vespasiano, cidades da região metropolitana de Belo Horizonte, será a instalação de robôs na área de soldas. O primeiro, com tecnologia desenvolvida na Áustria, será embarcado para o Brasil mês que vem. 

Pionerismo
O presidente e fundador da Delp, Petrônio Machado Zica, diz que será o primeiro robô do país na indústria de bens capital não seriada. A previsão é a de que entre em operação até setembro. A empresa processa atualmente 20 mil toneladas de aço por ano, das quais 20% importados. Na carteira de contratos da Delp, 70% são encomendas para o segmento de óleo e gás natural – indústria petrolífera.


Seminário Ambiental

Como parte das comemorações da Semana do Meio Ambiente, será realizado, no dia 3 de junho, I Seminário Ambiental com Ênfase Jurídico. O auditório da Assembleia Legislativa de São Paulo receberá palestrantes especializados no tema como as advogadas Carla Martins (conferencista internacional jurídico ambiental) e Olívia Pimentel (especializada em direito tributário). O convite para o evento é da Fundação Ecológica Nacional (FEN).

terça-feira, 20 de maio de 2014

Jorge Gerdau, não

Caso da refinaria Pasadena
Enviado por Nairo Alméri – ter, 20.4.2014 | às 6h25
O nome que Dilma, na verdade, gostaria de ver fazendo para ela a função de José Alencar do Lula é de outra pessoa. A preferência dela era por Jorge Gerdau, presidente do Conselho do Grupo Gerdau e da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, de Empresários, o “Conselhão”. Este conselho foi criado para assessorar a chefe do Planalto.

Um mico de US$ 1,2 bilhão
Mas Gerdau era do Conselho de Administração da Petrobras na época da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, um dos maiores escândalos nos governos do PT, depois do “mensalão”. Dilma era presidente do Conselho de Administração e aprovou a compra por US$ 360 milhões, um mês após a belga Astra Oil ter pago US$ 42,5 milhões. No final de 2013, o prejuízo da Petrobras no negócio somava US$ 1,2 bilhão.

Benefícios políticos
Além da participação nesse passivo político aberto contra o PT, Gerdau é citado nas redes sociais como tendo levado para o seu grupo siderúrgico benefícios graças à aproximação com o Governo. Entre os quais o arquivamento de processos no STJ e TCU por não ter feito oferta pública de ações da antiga estatal Açominas, atual Gerdau Açominas.  


Steinbruch não engole Dilma

Ela melou o negócio da CSN
Enviado por Nairo Alméri – ter, 20.5.2014 | às 6h18
Mas não será nada fácil para Aloizio Mercadante. É que bem antes de o Grupo Techint, da família ítalo-argentina Rocca assumir a Usinas Siderúrgicas Minas Gerais (Usiminas), o desejo do PT era que um conglomerado brasileiro o fizesse. Steinbruch foi, então, inflado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.

Ofensiva e ...
Steinbruch foi ao mercado de ações e comprou muitos papéis da Usiminas e chegou à condição de concorrer ao seu controle - 14,13% das ações ordinárias emitidas do capital social, que dão direito a voto na assembleia de acionistas e 20,71% das ações preferenciais, consolidando 17,43% do total. Adquiriu status de maior acionista individual.

Prejuízo de R$ 400 milhões
Mas a presidente Dilma vetou. Ela cedeu às pressões das alas radicais do PT, que não perdoaram o fato de Steinbruch ter sido o comprador da antiga Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), atual Vale, na privatização de 1997. Com isso, o controlador da CSN diz ter amargado prejuízo de R$ 400 milhões. É aqui que pega a expectativa do PT. Mas como em política tudo é possível, o jeito é esperar. Para completar, mês passado, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), determinou que Steinbruch venda parte das ações da Uiminas, para descaracterizar o oligopólio na produção nacional de aços planos (80% de 3 milhões t anuais) – principal linha das siderúrgicas.

Desempenho duvidoso
Mesmo que venha a topar a missão do Planalto, um executivo de importante indústria do setor metalúrgico do país (com atuação no mercado externo) duvida do desempenho de Steinbruch. “Ele é muito ele só”, definiu. Ou seja, não teria o carisma esperado por Dilma.

Steinbruch, Skaf e PT

Steinbruch e Sakf se repetem
Enviado por Nairo Alméri – ter, 20.4.2014 | às 6h13
Em 1º de junho de 2010, o controlador da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, assumiu temporariamente o comando da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com o licenciamento do seu presidente, Paulo Skaf, que saiu para disputar, pelo PSB, as eleições para o governo de São Paulo, a economia do país entre as unidades da federação.  Com apenas 4,5% dos votos válidos, Skaf não passou do 1º turno e retornou ao cargo. No próximo 1º de junho a história fará reprise. No momento, Skaf se apresenta como pré-candidato pelo PMDB – ainda terá que ir à convenção do partido.

Missão Mercadante
De diferente para Steinbruch está no fato de que o PT, partido da presidente Dilma Rousseff, pensa em utilizá-lo como elo para reaproximar o empresariado – o que fez José Alencar Gomes da Silva, falecido ex-vice-presidente da República na eleição e reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma está sem interlocutor com donos das empresas. A chefe do Planalto delegou ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, essa função, valendo-se do fato que ele fora amigo pessoal de Steinbruch. Estiveram estremecidos, mas se reaproximaram.

sábado, 17 de maio de 2014

Benjamin Steinbruch

Enviado por Nairo Alméri - sáb, 17.05.2014 | às 16h03
Um, fantasma antigo ronda o gabinete do presidente do Grupo CSN, Benjamin Steinbruch. Abre-se novo capítulo na disputa com sócios em algumas frentes do conglomerado. O último ainda traz cheiro de pólvora até os dias de hoje. Relembre aqui. 

Helibras

Enviado por Nairo Alméri - sáb, 17.5.2014 | às 15h25
Além de não virar planta de exportação, a montadora de helicópteros de Itajubá, no Sul de Minas, não será centro de inovação para a indústria brasileira da aviação! A Helibras é do Grupo Eurocopter. Foi querer fazer o país dormir sonhando com Papai Noel quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acatou a decisão do seu bureau partidário ao comprar 50 helicópteros do conglomerado europeu!  

Embraer
Teria feito melhor negócio destinando 50% dos gastos (veja em Alstom e Eurocopter) dos gastos para o desenvolvimento daquele tipo de aeronave pela Embraer, respeitada multinacional brasileira da aviação comercial e em segmento da militar. 

Alstom e Eurocopter
(22.01.2014)

terça-feira, 13 de maio de 2014

Dilma está por uma foto de Lula!

Enviado por Nairo Alméri - ter, 14.5.2014 | às 23h36
A frase me chegou há pouco por telefone, de um cidadão que entende bem de política (dessa que temos!) brasileira: "Se Lula (o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT) aparecer acima da dobra nas capas dos principais jornais do país, ou for capa das revistas semanais, a Dilma (presidente Dilma Rousseff, que corre para disputar a reeleição) joga a toalha (sua campanha) no colo da Executiva (Diretório Nacional) do PT". Espaço na dobra de cima da capa dos jornais é espaço nobre. A fonte observa que, nos últimos 15 dias, Lula foi capa dos jornais mais de 20 vezes.

General Electric e Alstom

Enviado por Nairo Alméri – ter, 13.5.2014 | às 8h17 - alterado às 21h39
Enquanto no Brasil a multinacional Alstom, da França, ainda é servida no noticiário como um misto de suspeitas de escândalos políticos e de corrupção (pagamento de propinas), no exterior a companhia entra no balcão de negócios com de parte de seus ativos. A General Electric, dos Estados Unidos, que teve refugada a proposta de assumir o braço dos negócios de energia da francesa, por US$ 17 bilhões, deverá “melhorar” a oferta de compra nos próximos dias.
É isso aí (Coca-Cola). Ou seja, segue o baile como se nada tivesse acontecido, o que, é claro, pode traduzir certo desprezo a tudo o que é noticiado no Brasil de negativo contra a Alstom.

China e Brasil
Quando a infraestrutura básica da economia brasileira era quase 100% estatal – mineração, siderurgia, eletricidade (geração, transmissão e distribuição), telecomunicações, aeroportos, ferrovias, portos, rodovias etc. -, era comum se ouvir o seguinte: “Se os Estados Unidos derem um espirro, o Brasil morre de pneumonia”. A coisa agora virou para a China. Caso a próxima prévia para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China imbicar para os 6,5% ao ano, ou seja, ficar a abaixo dos 7%, que seria crítico para o Brasil, todos os segmentos nacionais nominados entrarão em colapso diante da enorme dependência. Isso, em tese, deixaria apenas o agronegócio – grãos e pecuária – de fora. Mas com um detalhe: com preços jogados para baixo!

Inauguração de obras inacabadas
O Palácio do Planalto está aflito: daqui para frente, até o início da propaganda gratuita no rádio e televisão da Justiça Eleitoral, só aparecem obras inacabadas na mesa da presidente Dilma Rousseff (PT). Mesmo assim, por enquanto, a ordem é descerrar fitas mesmo faltando partes!

Se no Chile está assim!...
A elétrica espanhola Endesa Chile teve queda de 43% nos ganhos do primeiro trimestre de 2014 em comparação com mesmo período do ano passado, com resultado de US$ 63,1 milhões. O que chama a atenção é que a economia daquele país dos Andes, sempre foi bem mais ajustada que a do Brasil. Lá, o resultado foi atribuído a uma retração, aumento dos custos e no provisionamento para impostos e ao câmbio. A empresa tem negócios no Chile, Argentina, Peru e Colômbia. Ela creditou o desempenho à redução na geração térmica no Chile e Argentina, e, na hidráulica, no Peru.  

sábado, 10 de maio de 2014

A (dita) esquerda adora TV Globo

Enviado por Nairo Alméri - sáb, 10.5.2014 | às 15h22
Se todos os críticos da TV Globo parassem de assistir sua programação, seria de se acreditar que a emissora poderia perigar uma rabeira nas pesquisas de audiência. Mas isso nunca aconteceu. E como dificilmente acontecerá, a emissora segue tranquila. E não se entende outra situação: o mesmo pessoal não protesta (nunca protestou) na assessoria do Planalto contra a participação dos chamados 'globais' que dão ibope às propagandas do Governo federal. Engraçado, não?!... 
Existe um rosário de contradições na turma, como a de vomitar ideologia de segunda, terça, quarta, quinta e sexta-feira, e, depois, no sábado e domingo,sair para purificar a alma em bons vinhos importados e whisky escocês bem envelhecido. 
Ou seja, se esbaldam nas delícias da burguesia (da direita). Se fizerem isso num boteco Zona Sul (adoram Zona Sul), baixarão uma medida provisória: só eles falamo alto (atrapalhando demais frequentadores) e o garçom terá que usar luvas brancas ao servi-los!!!... E mais: discurso para a pobreza no final de semana? Nem pensar! E, cá entre nós, seria pedir demais, não é?!...
Essas algumas das delícias da vida que aquela turma (dita de esquerda) já não abria mão antes de seus ídolos chegarem ao Poder. É a vida como ela é. Apenas isso. No mais, atentos ao 'plim plim' da próxima programação!

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Sonegação - 10 anos depois, como estará?

Enviado por Nairo Alméri - sex, 09.05.2014 | às 23h07

Hoje em Dia (MG)

22/07/2004

Coluna

Nairo Alméri

            A Secretaria da Receita Federal (SRF) deu ontem um importante passo na recuperação de R$ 720 milhões anuais em impostos sonegados pelos fabricantes de cervejas. O valor representa a evasão de receita sobre 15% da produção nacional de cervejas, de 8,2 bilhões de litros/ano (2003) - ou seja, haveria uma sonegação sobre 1,2 bilhão de litros -, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cerveja (Sindicerv).
            Ontem, exatos 57 dias após a RF ter baixado o Ato Administrativo ADE-07, que fixa as especificações técnicas para a regulamentação dos fornecedores (fabricantes nacionais ou importadores) do 'medidor de vazão', que será instalado nas indústrias de cervejas, o 'Diário Oficial da União' publicou a homologação da primeira linha. A pioneira é a fábrica da Cia. de Bebidas das Américas (AmBev) - holding das marcas Antarctica, Brahma, Skol e outras - localizada em Jaguariúna (SP).
            Com base no Ato Administrativo ADE-20, de 2003, aquela holomogação significa que começa a valer o prazo de 6 meses (até 20 de janeiro de 2005) para que todas as cervejarias, com capacidade de produção superior a 5 milhões de litros, instalem um 'medidor de vazão' em cada linha.
            Em 2003, a RF arrecadou com as cervejarias R$ 6,5 bilhões.
            O projeto do 'medidor de vasão' para as cervejarias, por iniciativa do Sindicerv, começou há cerca de três anos. Envolveu, além da Receita, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Instituto de Pesquisa e Tecnologia (IPT) e o Inmetro.
            Os dois primeiros protótipos do 'medidor de vasão', desenvolvidos em 2003, foram instalados em duas fábricas da AmBev - em Jaguariúna e Viamão (RS). Nos primeiros ensaios, eles foram redesenhados pelo Centro Tecnológico Renato Archer (Cenpra), do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Competitividade

            O superintendente do Sindicerv, Marcos Mesquita, diz que as companhias em dia com a Receita vêem no equipamento um instrumento que fixará formas 'saudáveis de competitividade'. O Gerente Nacional de Tributos da AmBev, Ricardo Melo, por sua vez, salienta que 'o crescimento informal (com sonegação de impostos) estava grande no setor'.

Imposto

            Na planilha do custo final da cerveja, de acordo com Ricardo Melo, 33% correspondem aos encargos tributários. Ao combater a sonegação, assinala o executivo, que também é diretor do Sindicerv, o setor está contribuindo para que não haja elevação na alíquota.

Menor custo

            O executivo da AmBev diz que 'a sonegação gera competitividade desleal', porque o concorrente que não paga todos os impostos devidos pode, por exemplo, colocar seu produto no mercado a preços mais baixos. Além disso, o sonegador não fica obrigado a realizar investimentos em publicidade na proporção do tamanho de seu mercado.

Mercado financeiro

            Ricardo Melo diz que a 'competitividade saudável' e o combate à sonegação no setor de cervejas servirão para acabar com 'volatilidade' atribuída pelo mercado financeiro aos papéis das indústrias. 'Será bom para os investidores e os acionistas', completa.

Tamanho do impacto

            O superintendente do Sindicerv estima que, de início, a Receita conseguirá recuperar 60% do valor sonegado no ano fiscal, ou seja R$ 420 milhões.

Cervejarias

            O Brasil, de acordo com o superintendente do Sindicerv, tem cerca de 50 fabricantes de cervejas. A Receita manteve as micro cervejarias, com produção de até 5 milhões de litros/ano, fora da exigência de instalação do 'medidor de vazão' porque elas 'não seriam o foco do projeto anti-sonegação'.

Tamanho

            Marcos Mesquita calcula que o investimento para a instalação de uma micro cervejaria não ficaria abaixo dos US$ 2 milhões. O tamanho padrão de micro cervejaria, no Brasil, é para a produção de 1 milhão de litros/ano. A partir de 50 milhões de litros/ano, seria uma pequena cervejaria.

            Fabricantes - Os equipamentos instalados na AmBev têm três fornecedores: Emerson, dos Estados Unidos (medidor); Yokogawa, do Japão (condutivímetro); e Eurotherm, da Inglaterra (registrador).
            Instalação - A empresa brasileira Orion, de Campinas (SP), fez a montagem e deu a partida nos equipamentos com a presença dos técnicos do Inmetro e da UFSC.

            Refrigerantes e água mineral - O superintendente do Sindicerv observa que a Medida Provisória, que fixou a modalidade de fiscalização com o 'medidor de vasão' para as cervejas, criou as bases para a sua instalação também nas linhas de produção dos refrigerantes e água mineral.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Eleições, Datafolha e Ibovespa

Enviado por Nairo Alméri – qua, 07.5.2014 | às 7h39 - modificado às 7h42
As bases dos principais pré-candidatos às eleições de outubro à Presidência da República terão uma sexta-feira (depois de amanhã) de muito agito. Concorrerão com aquilo que poderá surgir de novo nas denúncias envolvendo a Petrobras na maior onda de escândalos em seus 60 anos de existência, comemorados em 3 de outubro de 2013. A expectativa tem como centro geodésico aquilo que exibirão os gráficos da pesquisa de opinião pública de intenção de votos do Datafolha. O caldo transbordará, de qualquer jeito. A satisfação e/ou tristeza ficará por conta do lado da gangorra ocupado pelos candidatos. É sabido, até aqui, que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) – ambos presidentes nacionais em suas legendes seriam prováveis aliados em uma disputa de segundo turno contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
A fervura na panela política da sexta-feira ficará por conta confirmação ou não, pelo Datafolha, da tendência de queda de Dilma apontada na pesquisa ISTOÉ/Sensus. Seja qual for a revelação daquilo que pensa o eleitor, o PT fará duas reuniões. Uma, do bloco da Dilma. Outra, do bloco do ministro Gilberto Carvalho. Este é apontado como indutor nas fileiras petistas do "volta Lula". Em Minas, a expectativa é a de que Aécio Neves, seja qual for o resultado do Datafolha, poderá confirmar o falatório da provável substituição de Pimenta da Veiga, o que o próprio nega. O bastidor mais repetido é o de que a candidatura de Pimenta ao governo de Minas não é ameaça à do ex-ministro Fernando Pimentel (PT), que até teria, digamos, apoio funcional do empresariado de Minas. O candidato estaria fragilizado diante de processo público que o reprovaria como gestor do erário. A carta da manga do dirigente tucano para o cenário mineiro é o governador Alberto Pinto Coelho (PP). Para lançá-lo, Aécio precisaria, porém, convencer o prefeito Márcio Lacerda (PSB), de Belo Horizonte, a entrar firme na campanha mineira.
Assim, dormiram, de ontem para hoje, os integrantes dos ‘politburos’ das agremiações de centro-esquerda e da esquerda política mineira. Mas como nada nesta vida, além da morte, é certo, menos ainda em política – na mineira, em particular -, é esperar. A pedida é jogar paciência até o Datafolha partir para mais 15 minutos de gloria.
O Ibovespa, mais importante índice da BM&FBovespa, deverá aguardar ‘andando de lado’, até o meio da tarde da sexta-feira. Ou seja, investidores farão suas apostas no pregão político.  A apuração ISTOÉ/Sensus foi publicada aos 30 minutos de sábado passado. Poucas horas depois, ainda pela manhã,  a presidente Dilma foi vaiada em uma plateia da principal feira da pecuária da América Latina, da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), em Uberaba, no Triângulo Mineiro. No primeiro pregão após o indicativo de realização de segundo turno – se as eleições fossem hoje -, o Ibovespa fechou em alta.