quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Black blocks, MST e o ministro

Enviado por Nairo Alméri – qui, 13.2.2014 | às 14h02
A morte do repórter cinegrafista Santiago Andrade, da TV Band, do Rio, fruto de mais uma das dezenas de barbáries envolvendo a anarquia que ronda as esquinas do país, em todos os quadrantes, deu aviso prévio, desde os movimentos de junho de 2013. Outras dezenas de milhares de vidas que se foram, de crianças, adolescentes, jovens adultos e idosos, também tiveram avisos endereçados aos eleitos ou nomeados para se investirem de autoridades públicas. Mas eles ficam bem acomodados em gabinetes, usam carros públicos (até blindados), têm seguranças bem armados e casas vigiadas.
Estão sempre atrasados para fatos. Enquanto isso, a escola do crime abre as suas portas primeiro (e fecha bem depois) que as dos gabinetes das autoridades.
Esta nova comoção que vivemos, com a morte do cinegrafista, e para a qual a presidente da República, Dilma Rousseff, não convoca cadeia de rádio e televisão - no meio da novela das oito, da TV Globo, ou do Jornal do Nacional, da mesma emissora –, é produto genuíno da eterna inoperância do Estado (do Governo) para as questões sociais básicas: saúde, educação, moradia, transporte, segurança e combate à corrupção. A culpa foi, é e será sempre maior do partido que estiver de plantão no Palácio do Planalto, pois planta sua plataforma eleitoreira apontando erros passados e prometendo corrigi-los de cara. Nos fatos atuais, o Partido dos Trabalhadores (PT) e seus aliados, em cujo bloco o PMDB e o PDT são atores do front.
Na quarta-feira, enquanto o advogado (contratado não se sabe por quem) Jonas Tadeu Nunes, que defende os dois presos acusados pela morte do cinegrafista, Caio Silva Souza e Fábio Raposo, jogava farofa no ventilador envolvendo partidos e políticos no financiamento e até operação de logística (incluindo material de “guerra”) dos baderneiros de aluguel, que são bem mais que os black blocs, o Governo mostrava, mais uma vez, que administra o Brasil dos interesses  PT, de Dilma, Lula e companhia, e o Brasil para os não petistas. Enquanto faltava ( e continua faltando) eloquência e gesto convincente do Planalto e do PT para pôr um basta na anarquia que acampou no país, o secretário-geral (ministro) da presidência das República, Gilberto Carvalho, foi para o meio da manifestação (também violenta) do Movimento dos Sem-Terra (MST), braço armado camponês do PT, acalmar perto de 15 mil enfurecidos manifestantes, na Praça dos Três Poderes. Foi lá para assegurar uma audiência na manhã desta quinta-feira com Dilma. Os integrantes do MST marcharam pela reforma agrária, agrediram policiais e tentaram invadir o Planalto. Gilberto Carvalho desceu a rampa e foi abraçar os ‘cumpanheiro’ e abrir horário na agenda da ocupadíssima presidente.
O PT assume apenas o MST. Quem assumirá os vândalos, os baderneiros de aluguel e os black blocs?!... Em quais partidos estarão abrigados?!...
O advogado dos dois presos diz que, que já teve bem mais que os 15 minutos de glória, diz que trabalha de graça para Caio e Raposo, o que contrária uma máxima popular: “Ninguém almoça de graça”. 
Leiam:
Brasil (21.6.2013)

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