domingo, 30 de junho de 2013

Mercadante x João Santana

Enviado por Nairo Alméri – dom, 30.06.2013 | 23h21

Quando a popularidade da presidente Dilma Rousseff caiu oito pontos nas pesquisas do Datafola, no começo do mês, o seu marqueteiro, João Santana, pediu que ela fosse para televisão. Ela foi. Os protestos continuaram. Agora, o mesmo instituto revela que Dilma caiu 27 pontos. O marqueteiro retorna à cena. Mas, desta vez, dividindo a cúpula do PT. Ele sugere que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, saia de cena.
Mercadante criou para si o posto de primeiro-ministro do PT, no Governo, assumindo a missão de formar, dentro do Congresso, a tropa de choque que empunhará a bandeira do plebiscito da reforma política. O ministro atropelou suas colegas de áreas afins, a da Casa Civil, Gleisi Helena Hoffmann, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Mas João Santana considera a imagem de Mercadante desaconselhável para a presidente Dilma neste momento político. Ele avalia o ministro como impopular, até mesmo em setores de São Paulo, onde pretende ser o candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes. E mais: transmitiria imagem autoritária, lembrando o ex-ministro José Dirceu.
A agenda da presidente Dilma para amanhã permitirá deixará mais clara a extensão dos poderes que ela atribuiu para Mercadante nesta crise. A presidente se ocupará, a um só tempo, com a reunião ministerial, o seu fato político doméstico, e a greve geral dos caminhoneiros, coordenada pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC).
Mesmo antes de se saber quem será vencedor, entre João Santana e Mercadante, a cúpula do PT tem uma certeza: a crise atingiu também as estruturas do partido. A constatação vem do fato de que a militância ainda não atendeu, como em outras ocasiões, à convocação de ir para as ruas defender a presidente Dilma. 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Microfone para Nelson Tucci

Enviado por Nairo Alméri – sex, 28.06.2013 | às 11h24 - alterado às 21h42
"As exceções não deslustram a vitória popular". A lucidez é parte do olhar crítico de um notável debulhador dos fatos do cotidiano que competem à imprensa, que, em Brasília, tem batido pernas entre o Governo e a opinião pública. O jornalista Nelson Tucci, de São Paulo, coloca sobre os ombros dos governantes (do modesto vereador do grotão a presidente Dilma Rousseff) o que mais desejam defenestrar no momento: o peso exato das suas responsabilidades nas toneladas de mudanças exigidas nas ruas. No artigo Fim do primeiro ato. Desce o pano” – no “Plurale em site, ele limpa as lentes propositadamente embaçadas por aqueles que julgam ter recebido nas urnas (às vezes, por meios escusos) o registro de posse da Nação. Posse do sentimento do povo.
Os atos conjuntos do Planalto e partidos da ‘base aliada’ do Partido dos Trabalhadores (PT), além de todas as estruturas das administrações públicas executivas e dos legislativos, nas três esferas (União, Estados e Municípios), para eleger o vandalismo (ainda não esclarecido, pois seus pelotões agem de forma ordenada, comandada e com estratégias que o banditismo comum não adota) a vedete dos manifestos. O Governo tira plantão com propósito sabido de desacreditar protestos legítimos. Mas o verdadeiro vandalismo, com suas mil faces, que o pessoal de Brasília não quer enxergar, está nas ruas não é de hoje. Visto somente agora, o vandalismo social, político e ético é bem anterior a este 6 de junho. Ele não é alquimia do primeiro do grito da rapaziada do Movimento Passe Livre (MPL).

Os vandalismos em todos os poderes da República

O vandalismo está no comércio e consumo de drogas à luz do meio-dia, dentro e fora das escolas – públicas e privadas; na liberdade de ação de traficantes, chefes de milícias etc. Os senhores do crime se movem como se possuíssem Alvarás de Localização das prefeituras, renovado a cada janeiro, para seus negócios. Alguns deles recebem mimos das autoridades, são conhecidos e não combatidos de fato – garantem a maior festa popular anual do país, o Carnaval. Transitam na sociedade como ilustres CEOs de uma grande companhia ou grupo econômico.
A vida tirada de um pai, às vezes, na presença do filho criança ou vice-versa (São Paulo, noite de quinta-feira para hoje), é produto de um vandalismo que cresce à sombra  de um Estado inoperante no combate ao crime. Cidadãos também morrem por terem menos de R$ 30 para entregar aos bandidos. É também vandalismo a liberdade assegurada (na Lei Seca) para quem, ao volante de um veículo, tira vidas e paga fiança. É vandalismo, ainda, o rigor da lei apenas para pé-de-chinelo, para o Zé Povinho. É também vandalismo contra a ética a fortuna que senadores, deputados e ministros dos tribunais superiores edificam com aumentos absurdos em seus contracheques, pagos com impostos públicos. 
Esses e outros vandalismos estão aos olhos de todas as autoridades públicas – nos executivos, legislativos e judiciários. E não é de 6 de junho para cá.
Há, sim, um aspecto político (partidário ou de caráter assemelhado) na persistente presença de bandidos de rostos cobertos, que surfam no tsunami deste basta às autoridades públicas que aí estão.
Os bandidos que, nestes dias, dão um plus nas transmissões ao vivo das tevês, têm como maior aliado o descaso dos órgãos públicos que deveriam combatê-los. E, em segundo, a certeza da soltura (e, na maioria das vezes, sem precisar de fiança) após o Boletim de Ocorrência (B.O.), pois as cadeias não têm como acolher criminosos do cotidiano e da turma do colarinho branco. Por vezes, alguns marginais saem das Delegacias de Polícias, pela porta da frente, bem antes dos PMs que os levaram. Os policiais ficam ocupados com B.O.s inúteis, que só consomem tempo, tinta e papel.
O vandalismo está nas políticas para escolas públicas e hospitais; nos atos de aposentadorias (com salários da ativa) de desembargadores flagrados em delitos; nas fichas de inscrições aceitas pelos TREs de candidatos a mandatos eletivos condenados ou respondendo processos; nos desvios e superfaturamentos nas obras públicas; nos propinas pagas em licitações ...  

Bode velho, desdentado e babão no colo

Nelson Tucci, que ainda conta até dez e entende bem o dito popular mineiro que “atrás de morro tem morro”, serve uma só opção para o café da manhã, almoço e jantar da presidente Dilma, de seus 40 ministros, 81 senadores, 513 deputados federais, 27 governadores, 1.059 deputados estaduais, 5.563 prefeitos e 52.137 vereadores: limpeza de ouvidos e os olhos, cabeça para fora da janela e rendição incondicional às mudanças reclamadas.
Os políticos estão com um bode velho, desdentado e babão no colo. Ele vai feder. E muito. Será assim por todas as manhãs, tardes e noites. Daqui até as eleições de 2014. A presidente, ministros, governadores, senadores e deputados não conseguirão terceiriza-lo, nem com as manobras de colocar seus partidos e CUT, MST etc. nas ruas para deslegitimar um povo vitorioso, que saiu das quatro paredes e desligou os telejornais chapas brancas. Os jovens não querem ser pautados por enlatados do Planalto e periferia que lotearam o noticiário das oito da noite. Estão saturados dos leads oficiais de mesmo sujeito: "o governo anunciou", "o Governo decidiu", "o Governo está descontente", "o Governo vai baixar medida", "o Governo está preocupado", “a presidente Dilma Rousseff recebe apoio de aliados”...
Essa rapaziada cansou também de tantos sindicatos e centrais sindicais pelegos, e da própria União Nacional dos Estudantes - a UNE. Não tolera mais o empresariado cordeirinho na relação com o Governo, cujo limite da visão de futuro é a barreira das "desonerações", e que não exige medidas estruturais. Não há mais como fechar os olhos para unânime revolta, que, no mesmo segundo, faz coro entre avós, pais e filhos. Nelson Tucci põe, de forma sutil, pimenta mofada no café dos políticos com o “M” maiúsculo na palavra movimento: "O Movimento, afinal, era de todos e todos da rua gritaram porque do jeito que está não dá pra ficar". 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Ônibus da UNE atrasou!

Enviado por Nairo Alméri – quin, 27.6.2013 | às 10h06
Admirada por um passado de resistência contra a ditadura militar (1964-1985) e com uma galeria de lideranças como os atuais políticos de ideologias opostas José Dirceu (fundador do PT, ex-deputado e ex-ministro) e José Serra (fundador do PSDB, ex-deputado, ex-senador, ex-ministro, ex-prefeito paulistano e ex-governador de São Paulo), a União Nacional dos Estudantes (UNE) perdeu o DNA da liberdade de pensar política – de pensar uma Nação. Aceitou, desde a abertura do primeiro Governo do PT, iniciado por Luiz Inácio Lula da Silva, em 1/01/2003, uma "bolsa" militância cega e de porteira fechada. Depois, assumiu um “PAC” fisiológico do tudo pelo (e para o) movimento petista.
O comando hegemônico da UNE é imposto pelos partidos da base aliada de governo criada por Luiz Inácio Lula da Silva (2003), mantida por Dilma Rousseff. Ela pisa em princípios básicos da democracia, massacra as ideologias opostas, seguindo mesmo rito da base parlamentar do Planalto no Congresso Nacional. O pluralismo de ideias, próprio de quem milita a academia, foi banido do seio da entidade. Há algum tempo, seus cargos são alvo da cobiça (indireta) de profissionais, atraídos pelos polpudos recursos que transbordam de seu caixa (receitas próprias e orçamentos bancados pelo Tesouro Nacional), superior ao de muitas agremiações políticas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Virou partido virtual. Deixou de ser um núcleo de jovens que se organizam por ideais comuns à coletividade.
Para esta quinta-feira, a UNE programou ir às ruas. Deverá ser empurrada por uma maré de bandeiras, bonés e camisetas vermelhas. Irá com fardamento de partidos, movimentos ditos sociais e centrais sindicais de apoio ao Palácio do Planalto. Mas chegará atrasada, pois os próprios partidos que ela serve, foram encurralados dentro do Congresso Nacional pelo calor das ruas, levado por uma nova geração, a do Movimento Passe Livre (MPL).
Nos últimos tempos, a UNE abriu em suas veias um vertedouro para balcão de escambos e sufoca os novos movimentos, que surgem independentes nas redes sociais. Os descaminhos justificam o desprezo a sua bandeira nos protestos de junho. O novo pelotão de caras mais que pintadas grita por propósitos que engasgam a diretoria da entidade, pois pedem o fim da corrupção no Governo; devolução da verba pública na farra bilionária para sediar a Copa 2014, que fez sangrias nos falidos serviços de necessidades básicas da população; prisão dos condenados no “mensalão”; reforma política urgente; corte nos salários pagos aos políticos e ministros; etc.
A UNE não é identificada com a essência desses protestos democráticos, onde nenhum partido encontrou janela – todos foram repudiados, assim como as centrais sindicais. A entidade virou um partido virtual, retroagiu e, por isso, atrapalharia as novas vozes. Foi descartada.
Mas, certamente, ela se valerá dos poderes que o Governo aluga. Como as matrizes dos políticos são as mesmas, em todos os partidos, sobreviverá dentro dos “PACs” do PT e do partido que vier depois. A UNE age tal qual o extinto PFL, que negociava o próprio estatuto para continuar no poder. Hoje quem isso faz com maestria (com raras exceções de nomes) é o PMDB do pós-Ulysses, Guimarães, Tancredo Neves, Teotônio Brandão Vilela (o "menestrel das Alagoas"), Nelson Carneiro e outros nomes da vanguarda pela reconstrução da democracia com moralidade pública. A UNE é uma enteada do PAC, que dá Nota Fiscal com slogan do fisiologismo franciscano, o do “é dando que se recebe!”.
Ônibus da UNE atrasou! Os passageiros das lutas democráticas já chegaram no front, e começam a vencer a batalha.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

GTF dono da Sempla Srl

Enviado por Nairo Alméri – quar, 26.06.2013 | às 14h13

O Grupo GTF, de Stuttgart, na Alemanha, líder global em serviços de TI (tecnologia da informação) no setor financeiro e com negócios no Brasil desde 2005, assumiu 80% do capital da Sempla Srl, da Itália. A empresa adquirida é prestadora de consultoria e serviços em TI para bancos e varejo.  Em 2012, a companhia italiana faturou  44 milhões. O GTF, fundado em 1987, teve receita de  272 milhões.

Opção
O grupo alemão calcula que a aquisição acrescentará  23 milhões aos seus negócios. Os 20% restantes serão “executados” pelas diretorias das duas companhias. Dentro de cinco anos, o GTF terá opção de compra daquele percentual. O valor da operação não foi revelado.

Cooxupe
O projeto “Aprendendo Legal”, da maior cooperativa de café do país, Cooxupe – Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé, no Sul de Minas, foi vencedor do 16º Prêmio Andef (da Associação Nacional de Defesa Vegetal), na categoria Responsabilidade Social. A cooperativa foi também finalista nas categorias Imprensa, Boas Práticas Agrícolas e Responsabilidade Ambiental.

225 cursos
A Cooxupe criou o “Aprendendo Legal” em 2011. No passado, contabilizou 2.718 produtores rurais beneficiado em alguma forma de educação e capacitação nas atividades desempenhadas. A cooperativa realizou 225 cursos. Desde a criação, do projeto atingiu 4.500 cooperados e trabalhadores.

Abrasca/Ibri
 Nos dias 3 e 4 de julho, em São Paulo, a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) realizarão o 15º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais. Entre palestrantes figuram Leonardo Pereira (presidente da Comissão de Valores Mobiliários – CVM), Antônio Castro (presidente da Abrasca),  Luiz Spínola (vice-presidente da Abrasca); Luiz Fernando Rolla (presidente do Conselho de Administração do Ibri), Ricardo Florence (presidente executivo do IBRI)  e Jeffrey Morgan (presidente do National Investor Relations Institute (NIRI).

Ministro bocão
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, está expandindo as asas. Desde o final de 2011, tem acompanhado a chefe, a presidente Dilma, em quase todas as viagens ao exterior. Aparece, sempre, de papagaio de pirata (busca de visibilidade para campanha ao governo de São Paulo), atrás da presidente. Ao mesmo tempo, tem palpitado forte em áreas de Guido Mantega, ministro da Fazenda, e de Edison Lobão, das Minas e Energia. Neste mês, em cima do embate político com as ruas, que tiram o sono de Dilma, Mercadante passou mergulhar em águas das ministras Gleisi Helena Hoffmann (ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República) e Ideli Salvatti (Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República).

A fatura, não
As duas ministras alertaram Mercadante que não pagarão pelos equívocos que Mercadante tem criado para a presidente, principalmente nesta onda de protestos dos jovens. Elas também se apresentam como pré-candidatas do PT aos governos de seus estados, Paraná (Gleisi) e Santa Catarina (Ideli).

terça-feira, 25 de junho de 2013

PAC salva pescoço

Enviado por Nairo Alméri – ter, 25.6.2013 | às 13h27

Na prática, aquilo que a presidente Dilma Rousseff apresentou ontem a governadores e prefeitos das capitais servirá mais a ela que aos interlocutores. A estratégia foi fazer acreditarem, o que tem muito de verdade, que todos estão no centro do alvo dos protestos nas ruas. Portanto, unidos terão maiores chances na tentativa de abortar as mudanças exigidas pelos jovens. E, assim, manterem intocável o atual status quo da marmelada política.
Por isso, e exclusivamente isso, Dilma propôs a opção da cumplicidade ao seu pseudo pacto federativo, ancorado em duas provocações latentes: Constituinte e plebiscito. Não é necessário nada disso para se pôr fim ao leque de corrupção e ao rosário de mazelas apontados. Basta acabar com as imunidades de parlamentares e ministros e fazer valer, para todos cidadãos, as leis que existem.
Mas o objetivo claro da presidente puxar o Congresso para arena, o que abrirá espaços para o PT (e suas organizações) e partidos aliados da base. A partir da Câmara e do Senado, o Planalto quer expulsar das “negociações” os jovens que protestam de forma apartidária. Dilma nunca comungou com aquilo que levou ontem para a mesa ovalada. Se não tivesse acontecido o 6 de junho - dia em que o Movimento Passe Livre (MPL) ganhou as ruas de São Paulo, contra os R$ 0,20 nas tarifas dos coletivos -, a chefe do Planalto estaria exibindo seu topete na rota dos jogos da Seleção por este Brasil afora, usando camarotes dos caríssimos dos estádios. Estádios que tiraram verbas públicas de itens essenciais para a população. E certamente, iria ao jogo final, no Maracanã, onde receberia mais uma bajulação pobre do governador Sérgio Cabral.
De momento, a presidente só quer afrouxar a corda posta no seu pescoço. Aparentemente, parece ter conseguido aumentar a laçada e encaixar a cabeça de todos os governadores e prefeitos. Eles serão, espalhados pelo território nacional, bois de piranhas do Planalto. E têm a missão de patrolar os espaços negados ao PT nestes episódios populares. O desgaste dos donos do poder é tal que, desde as vaias recebidas na abertura desta Copa, em Brasília, Dilma vestiu vermelho, a cor oficial de seu partido, uma só vez.
Mesmo acuados, ministros, governadores e prefeitos parecem resistir em aceitar que a vida nacional aponta novos rumos. A agenda que viram é para chorar, mas muitos deles sorriam na companhia de Dilma. O gesto é um deboche ao clamor por mudanças radicais ou a certeza (equivocada) de que os protestos foram para o saco. Mas é o mesmo cristalino equívoco do prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, que não teve capacidade de avaliação ampla para o que se descortinava, no momento em que o MPL surgiu em praça pública e foi adotado como fermento que deu voz, cor e forma ao descontentamento. O movimento ganhou voz e pegou os políticos em pijamas e camisolas.
As vozes que Dilma diz ouvir (e somente agora – lembra Lula, que nunca sabia de nada) datam de muito tempo. Na Era PT, vem desde 2004, com a revelação do esquema de corrupção político-financeiro "mensalão", montado pelo partido. Naquele instante, estava certificado que o partido rasgara o que possuía de mais nobre, e de diferente em relação aos demais partidos: esperanças do fim das roubalheiras, licitações de cartas marcadas, corrupção com células até no quarto andar do Planalto, reformas políticas... Foi para isso que os petistas receberam o aval das urnas.
Ao girar o holofote para a cara de governadores e prefeitos, Dilma divide a enorme fatura da impopularidade que surge. E propositadamente incorreu em erros elementares no rito entre os três poderes da República. A babel formada por sua agenda cumprirá a missão de sombrear o debate amplo por reformas profundas, e substituir as ruas pelos guetos do Congresso. Nos conchavos e no voto secreto na Câmara e Senado, esses políticos, rejeitados em todos os quadrantes da nação, alimentam a certeza de que sufocarão essa geração insatisfeita.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

UFMG será ocupada antes do jogo do Brasil

Enviado por Nairo Alméri - seg, 24.6.2013 | às 18h08 

É exatamente isso que diz o "comunicado" assinado pelo  reitor Clélio Campolina e a vice-reitora Rocksane Norton da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi postado na manhã do domingo, às 10h15, na ressaca de mais um dia de vandalismos contra estabelecimentos comerciais próximos à UFMG e violência generalizada na repressão da Polícia Militar. O comunicado salienta que a medida está respaldada na Lei Geral da Copa e que está acertada com o Ministério da Justiça e o Governo de Minas Gerais. Leia o Comunicado

Gafisa de novo

Enviado por Nairo Alméri – seg, 24.6.2013 | às 14h28

Depois de negociar por R$ 1,4 bilhão o controle de Alphaville, repassando 70% aos fundos Pátria e Blackstone, a holding Gafisa S/A poderá colocar mais ativos de seu balanço na janela. A empresa tem ações listadas no pregão da BMF&Bovespa e controla ainda a imobiliária Gafisa e a construtora Tenda. No balanço do primeiro trimestre, a Gafisa mostrou um balanço consolidado (com as equivalências patrimoniais) com prejuízo líquido de R$ 52 milhões (R$ 32 milhões, mesmo período de 2012), para uma receita líquida de R$ 699 milhões (menor 20%). O endividamento fechou em R$ 3,93 bilhões (R$ 3,94 bilhões).

Enviado por Nairo Alméri – seg, 24.6.2013 | às 14h28

Da Assessoria da Imprensa SBP - www.sbpcnet.org.br

A biomédica e professora Helena Bonciani Nader (titular da Universidade Federal de São Paulo -Unifesp), foi reeleita presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), para o mandato julho de 2013 a julho 2015. A entidade reelegeu também os vices Ennio Candotti (físico da Universidade do Estado do Amazonas - UEA) e Dora Fix Ventura (psicóloga da Universidade de São Paulo - USP), e, para  Secretaria Geral Aldo Malavasi (biólogo da Biofábrica Moscamed Brasil). Leia Mais 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Brasil

Enviado por Nairo Alméri - sex, 21.6.2013 | às 22h33

Sabendo usar, não vai faltar!

Do Riocentro aos vândalos de 2013

Enviado por Nairo Alméri – sex, 21.06.2013 | às 12h40
Durante a ditadura militar (1964-1985), agentes da repressão (das Forças Armadas, Policias Civil, Militar e Federal) agiam em duas frentes. Numa, infiltrados nos movimentos contrários ao regime,  que se manifestavam e lutavam armados pela volta da democracia. Na outra, praticando “atentados terroristas” contra instituições civis e militares, uma tática para jogar a culpa nos opositores. Nos últimos anos daquele período, explodiam bancas de jornais, em clara ameaça aos veículos da imprensa que apoiavam segmentos que pregavam a redemocratização do país.
Mas, a casa caiu (não cessaram as práticas de atentados de Estado) em 1º de maio de 1981, no último governo militar, o do general João Baptista de Figueiredo. A esse governante coube o papel de realizar a “distensão política”: decretar anistia, assegurar o retorno de exilados políticos, formação de partidos de todas correntes de pensamento, primeiras eleições livres, depois de 1965, para governadores e senadores (em 1982) etc. Os militares saíram do poder porque estavam totalmente desgastados por terem mergulhado o país em catástrofes social e econômica (o “milagre brasileiro” afundará nos custos dos seus projetos), por denúncias de corrupção etc. Eles não contavam mais com apoio integral de políticos e entidades civis que os ajudaram a aplicar o golpe de Estado.
Na noite da sexta-feira 30 de abril de 1981, um capitão e um sargento do Exército, pertencentes ao antigo Serviço Nacional de Inteligência (SNI - espionagem das três forças militares) e ao Centro de Inteligência do Exército (CIE), deixaram uma bomba (falou-se em bombas) explodir dentro do Puma em que se encontravam. Estavam no estacionamento do Riocentro, na Barra da Tijuca, no Rio. Eles representavam áreas do Exército que não concordavam com a volta dos civis ao poder. O sargento Guilherme Pereira do Rosário morreu dentro carro. O capitão Wilson Dias Machado foi socorrido dentro Puma, sobreviveu, atingiu a patente de oficial superior e foi professor no Colégio Militar.
Naquela noite, no Riocentro, era realizado um grande show musical, pelo Dia do Trabalho. Participavam consagrados compositores e intérpretes engajados na oposição política como Chico Buarque, Gonzaguinha, Beth Carvalho, Djavan, Paulinho da Viola, Gal Costa, Fagner, Ney Matogrosso, João Bosco, João Nogueira, MPB4, Francis Hime, Alceu Valença e Ivan Lins. Tinha alguns milhares de pessoas presentes. O atentado frustrado tinha o propósito de provocar muitas mortes, pânico e prisões aleatórias de “culpados”. Atenderia ao fortalecimento de núcleos radicais contrários à “distensão política”.
Hoje, os recursos dos centros de espionagem e inteligência das forças de segurança sob responsabilidade dos Estados e do Governo federal são infinitamente superiores (em profissionais, equipamentos rastreadores etc.) aos dos tempos do regime de opressão, encerrado em 1985. Então, é de se imaginar que a sociedade faça, neste momento, várias perguntas à presidente Dilma, ministros de Estado e governadores. Do tipo:
- A quem interessaria mais uma semana de baderna e vandalismos noturnos (a noite facilita ações criminosas, dificulta ação rápida da Polícia e o registro mais apurado pela mídia) indiscriminados?
- Apenas o Governo do PT, que vinha com a presidente Dilma em queda livre de popularidade e descontrole na política econômica, sairá perdendo com os episódios deste fim de outono?
- A oposição, que, em tese, se favoreceria com o fim do movimento no instante em que as prefeituras do Rio e São Paulo decidiram baixar as tarifas de ônibus, metrô e trens, como fica com a continuidade da baderna?
- O porquê de a Polícia Federal, cuja massa cinzenta (capacidade raciocínio e operação tática) supera toda a inteligência das Forças Armadas juntas, não apontar publicamente, até agora, onde operam os núcleos do vandalismo e de não ter, também, agido (ou revelado que agiu) para neutralizá-los?
- Repetir não será exagero: a quem interessa esticar esse forró dos vândalos e quem são eles?

Enviado por Nairo Alméri – sex, 21.6.2013 – às 12h40 - última alteração, 22.6.2013 | às 11h22 

Por Nelson Tucci – 21.6.2013 – blog nelsontucci 
Geeeeeeenteee... o que tem de sociologia de botequim no Facebook é brincadeira! Leia Mais  

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Embraer busca equilíbrio

Enviado por Nairo Alméri – quar, 19.06.2013 | às 4h21

Apesar dos anúncios de segunda-feira e ontem, de vendas de mais 114 aeronaves (quatro E-170 para Japan Air Lines; sete E-190, para Conviasa, da Venezuela; e, três E-170, Air Costa, da Índia; 100 E-175-E2, para SkyWest  Inc, Estados Unidos ) e “cartas de intenções” para outras 265, os executivos da Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica vivem o desafio de sustentar uma tendência de retomada das receitas mantendo os preços. Na abertura do 2º semestre, a companhia colocará em prática postura mais agressiva na prestação de serviços no exterior, ou seja, compensar canais de faturamento com os aviões.

Entregas
No primeiro trimestre, o lucro líquido, de R$ 62 milhões (queda de 67% em comparação com mesmo trimestre de em 2012), equivaleu a apenas 2,87% do faturamento líquido, de R$ 2,157 bilhões. De janeiro a março último, a Embraer entregou 27 aeronaves (comerciais e executivas), contra 76 no trimestre outubro-dezembro. No ano, o somatório das receitas da empresa, incluindo o despacho de 205 aeronaves, fechou em R$ 12,2 bilhões (na moeda norte-americana, a meta era ficar entre US$ 5,8 bilhões e US$ 6,2 bilhões) . Em abril, o diretor de Relações com Investidores da companhia, José Filipo, fez uma previsão de faturamento na ordem de US$ 6,4 bilhões para o atual exercício fiscal.
 
Curva
No primeiro trimestre deste ano, a carteira de pedidos da Embraer fechou em US$ 13,3 bilhões, o mais baixo entre todos os períodos desde 2007 (US$ 15 bilhões; 1º tri 2008, US$ 20,3 bilhões; 1º tri 2009, US$ 19,7 bilhões; 1º tri 2010, US$ 16 bilhões; 1º tri 2011, US$ 16 bilhões; 1º tri 2012, US$ 14,7 bilhões). Mesmo assim apresentou recuperação em relação ao 4º trimestre de 2013 (US$ 12,5 bilhões) e ao 3º (US$ 12,4 bilhões). Do 1º trimestre de 2007 ao mesmo período de 2013, a carteira de pedidos da Embraer exibe as seguintes médias mais baixas e altas por trimestres seguidos (fonte: Embraer):
- 1º ao 3º trimestre 2007: US$ 15,9 bilhões
- 2º ao 4º trimestre 2008: US$ 21,0 bilhões
- 2º ao 4º trimestre 2010: US$ 15,3 bilhões
- 1º ao 3º trimestre 2011: US$ 15,9 bilhões
- 2º ao 4º trimestre 2012: US$ 12,6 bilhões

Bombardier
Na semana passada, a canadense Bombardier Aeroespace, principal concorrente da Embraer no mercado de jatos regionais, entregou, em 2012, 233 aeronaves – meta era 235. Para o período 2013-2032 a projeção da companhia é comercializar 24 mil jatos executivos, e, 12.800 comerciais (20 a 149 assentos). Com o primeiro lote, a receita apurada chegaria a US$ 650 bilhões. No segundo, US$ 646 bilhões.

67ª SBPC
A 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de 21 a 26 de julho no campus da UFPE, em Recife (PE), terá como tema “Ciência para o Novo Brasil!”.

Futebol
Os cientistas terão, nos vários painéis da 67ª SBPC, temas que discutirão políticas indígenas, ética e futebol. Este último tópico, por sinal, ganhou força com os protestos destes dias cujos destaques são os custos das passagens de ônibus e da Copa do Mundo 2014.

Enviado por Nairo Alméri – quar, 19.6.2013 | às  4h21

Por Milton Rego – ter, 18.6.2013 – blogdomiltonrego

No dia 6 de junho escrevi um post sobre a novela que virou a questão do emplacamento de máquinas agrícolas e rodoviárias.
Pois bem, uma semana depois, no dia 11 de junho, temos novos capítulos. Foi publicada no Diário Oficial da União, a Portaria 130, que finalmente regulamentaria a concessão do registro, ou seja, a possibilidade de emplacamento para máquinas agrícolas e rodoviárias. Isso é um passo importante para o setor e principalmente para os clientes, pois diminui o custo de financiamento e dá a garantia da adequação da máquina às normas vigentes. Leia Mais

terça-feira, 18 de junho de 2013

Submarino nuclear

Enviado por Nairo Alméri – ter, 18.06.2013 | às 13h28

DEFESA MILITAR
A Marinha do Brasil ainda não esclareceu o projeto de “nuclearização” de todos os submarinos SBr, do Prosub – Programa de Desenvolvimento de Submarinos, que receberá da francesa DNCS, com a transferência de tecnologia. De acordo com site especializado defesabr.com, bastaria alongar o submarino (o que foi feito no atual projeto – Leia Partes do submarino francês), via colocação de uma nova seção para o reator nuclear, em substituição ao motor a diesel e suas baterias.
  
Aço da França
O Estaleiro e Base Naval (EBN), da Marinha, em Itaguaí (RJ), importará chapas de aço naval da França para a construção dos cascos de dois dos três submarinos classe Secorpène  S-Br, com propulsão convencional (a diesel), e para o primeiro da SN-Br, com propulsão nuclear. Os submarinos, juntamente com o primeiro convencional, cujas partes chegam aos poucos da França, desde o mês passado, fazem parte do Prosub.

No pré-sal
A chapa de aço aplicada pela francesa DNCS, fornecedora da tecnologia, tem nomenclatura HY 100 ou HLES 80. Trata-se de uma chapa microligada (mais fina e mais resistente), que permite ao submarino descer a mais de 400 metros de profundidade. Isso é importante para a Marinha nas operações de defesa dos campos de petróleo e gás natural na camada do pré-sal. Alguns campos ficarão a até 7 mil metros de profundidade.

Randon
De uma encomenda de 325 retroescavadeiras à Randon Veículos (Grupo Randon), o Governo federal entregará hoje, em Belo Horizonte, as primeiras 20 unidades a municípios mineiros atendidos em PAC-2 via Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

 
Enviado por Nairo Alméri – ter, 18.06.2013 | às 13h28

JUSTIÇA DO TRABALHO
Por Lourdes Côrtes /CF TST – 18.6.2013 | às 10h39

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve decisão que condenou a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) a pagar diferenças sobre a remuneração de licença-prêmio a um auxiliar técnico de tráfego, decorrentes da integração, à sua base de cálculo, do adicional de periculosidade. A condenação baseou-se nas normas coletivas da categoria, segundo as quais a licença-prêmio corresponde ao pagamento salarial durante os dias de repouso e, por constituir salário, são devidos os reflexos do adicional. Leia Mais

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Vale vai mexer

Enviado por Nairo Alméri – seg, 17.6.2013 | às 14h47

Queda preços na cotação da tonelada em cerca de 30%, para próximo de US$ 110 (t métrica), do final do primeiro bimestre para este, fez a mineradora Vale S/A colocar sobre a mesa nova revisão de metas na produção de minério de ferro em Minas e Pará. No Pará, serão afetadas também áreas de alumínio e níquel. A produção de ferro, até abril 2014, deverá passar por uma retração de 20%. Isso, faz o pessoal da mineradora nas minas ferro reviver  outubro de 2008, quando boa parte foi colocada em férias coletivas. Houve demissões. Em 2012, a Vale produziu 319,9 milhões de toneladas (t métrica) do minério, recuo inferior a 1% em relação a 2011. A empresa responde pela média de 80% da produção nacional desse minério.

Caixa
Dos investimentos de US$ 52 bilhões, para o período 2012-2016, a Vale tinha 50% programados para até 2014. O Pará receberia perto de US$ 30 bilhões, sendo 30% para a expansão da produção de minério de ferro Carajás Serra Sul (S11D). Agora, uma nova revisão dos planos, reforçará a condicionante de parte dos investimentos dependente do sucesso na venda de ativos fora dos itens ferrosos, ouro alumínio e níquel. Há mais tempo, o plano era fazer caixa de até US$ 15 bilhões no triênio 2012-14. Minas Gerais, até 2016, receberia da mineradora US$ 5,5 bilhões.

Fator China
Maior potência siderúrgica do planeta, a China importará neste ano, na melhor das hipóteses, 840 milhões de toneladas de minério de ferro (743 milhões, em 2012). Os investimentos globais na produção de ferro para exportação, em curso, desde 2011, projetavam um acréscimo na oferta mundial de mais 800 milhões t do minério, dentro de dois anos. Muitos projetos foram interrompidos e, agora, não mais que 40%, em volume, chegariam ao cronograma final. Contribuiu para a isso a redução na produção chinesa de aços, em 2011 e 2012, de 300 milhões de toneladas de aço, e um excedente de 500 milhões t no mercado mundial. Neste ano, as siderúrgicas da China pretendiam produzi r 750 milhões t de aço, acima das 716 milhões t, em 2012 – Ministério da Indústria e Informação Tecnológica da China.

Dependência global
A oferta mundial de minério no mercado externo, em 2012, foi de 1,1 bilhão t, sendo que a China absorveu 70% (Associação Mundial do Aço – WSA, sigla em inglês).

Em 2015
Sem os atropelos da economia mundial, a produção brasileira deveria seguir assim (Ibram): 2011, 395 milhões t (com projetos da Ferrous Resources e Bahia Mineração, 416 milhões t);  2012, 483 milhões t (514 milhões t); 2013, 559 milhões t (606 milhões t); 2014, 662,5 milhões t (727,5 milhões t); 2015, 696,5 milhões t (771,5 milhões t).

Excedente em 2017
A WSA, após as sequências de retrações em projetos, prevê o que mercado internacional terá excedentes de 100 milhões t de minério de ferro, em 2014, e, o dobro em 2017.

Exposibram
As incertezas do cenário internacional do minério de ferro, a exemplo do ocorrido no 14º Congresso Brasileiro de Mineração e Exposição Internacional de Mineração (Exposibram), em 2011, deverá predominar no 15º, programado para 23 a 26 de setembro, em Belo Horizonte. O tema do congresso é: “Mineração: investindo em Desenvolvimento e sustentabilidade”.

PROTESTOS

Ônibus (BH) - 1
Para a pelada (com todo respeito aos atletas) da Fifa, o jogo Taiti x Nigéria, no Mineirão, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, decretou ponto facultativo nas repartições municipais. Isso afeta, em cadeia, a vida das empresas e cidadãos. É de se imaginar, então, qual seria o seu decreto para um dos jogos de ontem, Itália x México e Espanha x Uruguai. E para uma partida com a seleção do Brasil?!...

Ônibus (BH) - 2
Mas existe um viés político na decisão de Márcio Lacerda. Diante do clamor do descontentamento popular com o custo do transporte coletivo e os gastos exorbitantes com os estádios da Copa de 2014, ele libera o funcionalismo pensando na própria pele: evitar que essa massa de servidores municipais pegue carona nos protestos programados para hoje, em Belo Horizonte, e reabra arestas contra a sua administração da Prefeitura.

sábado, 15 de junho de 2013

Ocultar os vândalos

Enviado por Nairo Alméri - sáb, 15.6.2013 | às 15h40

Há, sim, uma relação política entre a engenharia do “boato” do fim do Bolsa Família (que o Governo não fala mais), em meados de maio, com a dos atos de vandalismo que pegam carona nos protestos, em São Paulo e em outras capitais, contra o aumento das passagens de ônibus. Eles parecem unidos em duas missões: ofuscar o traço de conscientização da disparada de preços, desde o tomate, e o descontrole da inflação. E, claro, dar carona para a campanha da reeleição da presidente Dilma, em 2014.
É bom lembrar que no episódio do boato do Bolsa Família (e que foi parar nas redes sociais – internet), o sábado 18 de maio, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, foi mais rápida que a velocidade da luz ao acusar a oposição. A Polícia Federal fez trinta segundos de investigação e o Palácio Planalto mandou abafar o assunto - esquecer.
O vandalismo visto, principalmente em São Paulo, tem DNA de ato de militância política. Ação pensada. Mas ao Palácio do Planalto, que não quer mais saber do caso do Bolsa Família, manda o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, institucionalizar a ideia do clima do terror de Estado, do Governo de São Paulo – do PSDB. Não interessa saber que aumento em tarifa de ônibus é decisão da Prefeitura, e que o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, é do PT. Mesmo partido do ministro e da presidente da República.
Se o Planalto quisesse ajudar, além de ofertar tropas da Força Nacional, teria ordenado à Polícia Federal que identificasse os manifestantes que, nas quatro noites de vandalismos, sempre apareceram de preto e os que encobriram os rostos. Mas isso poderá ser um tiro no pé, como no boato do Bolsa Família. Após quatro dias acusações à oposição, o Planalto permitiu à Caixa Federal revelar que, na véspera (uma sexta-feira)do boato, antecipara enormes somas nas contas das 11 milhões de famílias assistidas. E mais: a falsa notícia surgira em unidade de telemarketing da própria CEF, no Rio.
Nesse descontrole generalizado, que inclui os conflitos rurais (índios e fazendeiros), a presidente Dilma viaja na maionese de seu ministro da Justiça, ao fazer cara feia, trajar vermelho e apontar como “terrorista” quem análise o custo de vida e aponta o descontrole da inflação. O Planalto só tem, no momento, um plano político: isolar a onda de descontentamentos com custos das passagens de ônibus, gastos exorbitantes com a Copa de 2014 etc.

Mas a inflação é cega e não teme cara feia.

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12/06/2013


07/06/2013



sexta-feira, 14 de junho de 2013

País do futebol e da ...

Enviado por Nairo Alméri – sext, 14.6.2013|às 13h37
Índios não entregam terras que um dia lhes pertenceram, e estão invadidas por agropecuaristas. Ruralistas bloqueiam estradas contra demarcação daquilo que sempre foi dos índios. Manifestantes quebram tudo e causam prejuízos de milhões de reais, enquanto Governos (estaduais e municipais) não cedem em R$ 0,10 e R$ 0,20. Os donos das frotas de ônibus, colaboradores vitalícios (e de primeira hora) com os caixas das eleições para prefeitos e vereadores, ficam na moita (calados), pois sabem que dois a dez ônibus quebrados hoje são repostos com duas semanas de receita. Em Brasília, a 24 horas da festa de inauguração da Copa das Confederações, cidadãos se dão conta de que o valor gasto na reconstrução do Estádio Mané Garrincha, mais R$ 1,2 bilhão (obra mais cara entre todos os estádios construídos para a Copa de 2014 e reconstruídos), resolveria muitos problemas sociais e básicos do Distrito Federal: transporte, saúde, educação, segurança, saneamento, moradia etc. Enquanto isso, em Minas Gerais, a Justiça decreta regime de exceção: está proibido o direito democrático de protestar enquanto a bola rolar por conta da Copa das Confederações, porque assim deseja o Governo do Estado. Depois, em jogos do América Mineiro, pode!

Pergunta que não quer calar: O que virá depois, se o país assistir a mais uma noite de violência pelas ruas de São Paulo, e, mesmo assim, prefeito e governador continuarem no discurso da tarifa majorada abaixo da inflação, e a presidente da República como mera expectadora? 

INOVAR-AUTO

Scania/USP
Enviado por Nairo Alméri – sex, 14.6.2013 | às 11h19

Em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (poli-USP), a Scania instalará um laboratório no Parque Tecnológico de Sorocaba, destinado a ensaios de motores a diesel. O objetivo das partes é o da “geração de conhecimento científico”, tendo como resultado ganhos na eficiência energética dos motores. A equipe que deslanchará o projeto terá 20 especialistas, pesquisadores, alunos e técnicos da Scania, coordenados pelo professor Marcelo Massarani, do Centro de Engenharia Automotiva (CEA) da Poli-USP. O gerente de P&D de Trem de Força da Scania Latin America, Jairo de Lima Souza, disse, em nota da empresa, que o objetivo é chegar a “modelos matemáticos representativos do fenômeno e a construção de um laboratório protótipo que viabilizará a verificação e validação de teorias geradas em simulações virtuais”.

Estocolmo
O projeto da Scania surgiu de uma parceria coma Universidade de Estocolmo (Suécia). A partir de um trabalho de mestrado, de um aluno da equipe do gerente de P&D da montadora, o modelo matemático foi apresentado à Poli-USP. O laboratório Scania/Poli-USP ficará pronto no segundo semestre. Em 2012, os negócios globais da Scânia geraram 79,6 bilhões de coroas suecas (US$ 1 = 6,466 SEK).

Engenheiros do CEA
Termina amanhã (15) o prazo para inscrições às vagas extras abertas pelo CEA/USP para Turma 2013 ao curso de Especialização em Engenharia Automotiva. Os aprovados deverão efetivar as matrículas até o dia 22. O curso, de pós-graduação “lato sensu”, é reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). Os formados receberão certificados de “especialista”.

Arquitetura de veículos
Os formados pelo curso de Especialização em Engenharia CEA/USP estarão aptos às atividades com produtos, serviços e processos industriais e a apresentarem soluções para diferentes problemas técnicos e de gestão. Eles serão cursados em 14 disciplinas presenciais, com carga horária mínima de 372 horas/aula. Entre outras matérias, estudarão Projeto e Arquitetura de Veículos, Tópicos Especiais de Engenharia Automotiva (as duas são disciplinas obrigatórias), Gerenciamento de Custos e Investimentos, Comunicação Interpessoal e Administração de Conflitos.

Iveco
Após a habilitação da Iveco Latin America, publicada na Portaria Nº 185/13, do Ministério do Desenvolvimento, o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento (Inovar-Auto) passou a ter 22 empresas habilitadas “definitivamente”. Essas habilitações valem por 12 meses e podem renovadas, pelo mesmo período, até 2017, quando terminará a vigência do programa que assegura vários benefícios dentro de metas cumpridas.

Marcas
No quadro de habilitação “definitiva” do Inovar-Auto estão as montadoras Agrale, Fiat, Ford, General Motors, Honda Automóveis, Hyundai, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Peugeot/Citroën, Renault e Toyota. Completam as 22 as importadoras Audi, British Cars (Bentley e Bugatti), Chrysler, Jaguar/Land Rover, SNS (JAC/Aston), Stuttgart (Porsche), SBV (Suzuki), Venko (Rely), Via Itália (Ferrari/Masserati) e Volvo.

Etapas
Dentro do exercício fiscal atual, por exemplo, as montadoras carros de passeio e comerciais leves deverão cumprir oito de 12 “etapas produtivas” fixadas; fabricantes de chassis com motor, 7 em 11; de caminhões, 9 em 14. O descumprimento implica na exclusão em definitivo da montadora desse regime automotivo, que entrou em vigor em 1º de janeiro.

Eficiência
O Inovar-Auto foi criado para elevar o grau de competitividade da indústria automotiva instalada no país. Na contrapartida ao cumprimento das metas, o Governo oferece a redução de impostos federais devidos, como apuração de crédito presumido no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Entre as exigências está o investimento em inovação e eficiência energética.

Importação
Outro benefício fiscal às montadoras habilitadas no Inovar-Auto está a quota de importação livre do “adicional de 30 pontos no IPI”. O calculo da cota é baseada na média de veículos internados no país pela montadora nos últimos 36 meses. O cálculo, porém, não poderá ultrapassar o “teto anual de 4,8 mil unidades”. 

Investidores
O regime Inovar-Auto tem outras categorias. Na terceira, voltada para empresas com projetos de investimentos no Brasil, não houve inscrição definitiva e figuram nela empresas entre 15 que com habilitações pendentes, que podem virar definitivas até 31 de julho. Essa data é o prazo final para as 37 empresas que figuravam com habilitação provisória recebam o ingresso definitivo no regime.

ENERGIA

Eletrobras
Enviado por Nairo Alméri – sex, 14.6.2013 | às 11h19

Bancos procurados pela Eletrobras t~em mais 15 dias para entregar a modelagem de reorganização dos ativos das seis distribuidoras federalizadas que serão privatizadas, ficando a estatal com participação minoritária. As concessões dessas distribuidoras, que operam nos mercados Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima, vencem em 2015

Investimentos
A Eletrobras só irá ao mercado em busca de parceiros após o Governo divulgar as “novas regras”. As distribuidoras deram um rombo de quase R$ 1,4 bilhão, no ano passado. Para serem atrativas, a Eletrobras terá que executar um plano radical de reversão de resultados nas distribuidoras, ou seja, investimentos pesados.

Demissões e votos

Mas a Eletrobras, por sinal, enfrenta outro problema, que vai exigir maior esforço de caixa. Ela tem um plano para demissão voluntária (PDV) de seu pessoal. O PVD custará, por baixo, R$ 3,4 bilhões, em dois anos. Essas demissões entrarão em 2014, ano de eleições presidenciais, com Dilma Rousseff, como tudo indica, concorrendo a novo mandato. Resta saber se a Eletrobras manterá, mesmo, o PDV durante o próximo ano, pois demissão em empresa pública e campanha eleitoral de reeleição para Executivo não combinam. 

VIOLÊNCIA EM BH

Enviado por Nairo Alméri – sex, 14.6.2013 |às 11h51

Por José de Souza Castro -  blog kikacastro

O pároco da Igreja do Carmo, frei Gilvander Luís Moreira, envia e-mail datado de 11 de junho, com uma revelação espantosa: nos últimos dois anos foram registrados 100 homicídios de moradores de rua em Belo Horizonte. Não tenho como confirmar a denúncia, mas espero que a imprensa o faça. O responsável pelo levantamento do número de mortos é o Centro Nacional de Defesa de Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Materiais Recicláveis (CNDDH). Leia Mais

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Caixa da CCR

MERCADO DE CAPITAIS -

Enviado por Nairo Alméri – quin, 13.6.2013 | às 14h40 
A maior concessionária de rodovias do país, a CCR S/A, controlada pela Andrade Gutierrez, Camargo Correa, VBC Energia e capital estrangeiro (empresas de participação e fundos de investimento) aprovou, em abril, orçamento de capital da ordem de R$ 1,459 bilhão para este exercício. A decisão foi em AGO do Conselho de Administração. Porém, em função de sinais de mudanças na postura do Governo em relação aos cronogramas dos editais de privatização de mais rodovias federais, o caixa da companhia deverá ser reforçado.

Central States
Entre os fundos investidores na CCR está o Central States Southeast Southwest PE FD (Central Unidos Sudeste e Sudoeste Áreas Pension Fund Perfil da Empresa), com carteira de US$ 18 bilhões em ativos totais DB, do Deutsche Bank – um dos maiores bancos de investimentos do mundo. Trata-se de fundo multipatrocinado para caminhoneiros da metade oriental dos Estados Unidos.  Do total de ativos, 52% do patrimônio estão em ativos dos EUA DB.

Na DASA
O Central Unidos Sudeste e Sudoeste Áreas Pension Fund Perfil da Empresa também participa do capital social da Diagnósticos da América S/A (DASA), do segmento de análise clínica e diagnósticos, com sede em Barueri (SP). A empresa pagará, no próximo dia 20, R$ 20,502 milhões em dividendos aos acionistas – 25% do lucro líquido de 2012, de R$ 85,192 milhões. Para o financiamento do orçamento de capital, serão destinados R$ 60,430 milhões do resultado. À conta de reserva legal os acionistas destinaram R$ 4,259 milhões.  O caixa do orçamento para expansão orgânica, reformas e equipamentos de RDI, em 2013, receberá R$ 149,461 milhões, para tecnologia da informação (TI - modernização, desenvolvimento e manutenção), R$ 29,406 milhões, e, outros, R$ 21,131 milhões. A conta redonda será R$ 200 milhões,

John Deere
A conta de investimentos da DASA será fechada assim: R$ 60,430 milhões, do lucro líquido de 2012, e, R$ 139,569 milhões, do “caixa parcial” gerado durante o exercício. Entre os fundos de investimentos que participam no capital da companhia está John Deere Pension Trust (fundo de pensão fiduciário – recebe recursos dos patrões e empregados, destinados a pagamentos futuros aos empregados), cuja patrocinadora é a fabricante multinacional de máquinas e equipamentos agrícolas John Deere, com unidades no Brasil – Rio Grande do Sul, São Paulo (implantação) e Goiás. Esse fundo de pensão opera a John Deere Pension Confiança (plano de benefício definido), que financia aluguel e leasing de máquinas e equipamentos para construção, irrigação, drenagem, jardinagem etc. Suas vendas chegam a 500 mil equipamentos anuais (informação de 12/102012).

Regras de mercado (1)
Em 18 de maio de 2012, na AGE dos acionistas da Redcard S/A, convocada para deliberar sobre nova avaliação da empresa, como parte da oferta pública de aquisição de ações (OPA), dentro do ritual de cancelamento de registro de companhia executado pela controladora, Itaú Unibanco Holding S/A, a secretária dos trabalhos fez essa advertência aos presentes: “...que (i) segundo § 3º do art. 4-A da Lei nº 6.404/76, os acionistas que requererem a realização de nova avaliação e aqueles que votarem a seu favor deverão ressarcir a Companhia por todos os custos incorridos, caso o novo valor seja inferior ou igual ao valor inicial da oferta pública,...”.

Regras de mercado (2)
A ata da AGE da Redecard registrou 151 fundos pedindo nova avaliação. A avaliação contestada pelos minoritários foi entregue pelo N M Rothschild & Sons (Brasil), com “valor econômico” a variação entre R$ 34,18 e R$ 37,59 por ação. Um mês depois, o Credit Suisse (Brasil), contratado para nova avaliação, apresentou como “preço justo”, entre R$ 34,66 e R$ 38,12.

Regras de mercado (3)
O Itaú Unibanco, então, reiniciou o processo na Comissão de valores Mobiliários (CVM), mantendo a primeira oferta, de R$ 35. Em 5 de dezembro, o Conselho de Administração do banco, detentor de mais de 95% do total ações emitidas, referendou o  pedido à CVM de cancelamento do registro de companhia aberta da Redecard S/A. Para acionistas minoritários, de todas as companhias de capital aberto, ficou, ao menos, a lição: vale exigir dos majoritários contraprova das avalições das ações do capital nas OPA que promovem.

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA -

Enviado por Nairo Alméri –quin, 13.6.2013 | às 14h40

Escrituração digital:oportunidades e riscos 
Por Luciano Alves da Costa, diretor geral da Pactum Consultoria Empresarial

Os avanços tecnológicos estão cada vez mais presentes na apuração de tributos. A cada ano são desenvolvidos sistemas capazes de realizar cruzamento de informações fiscais com os registros contábeis e financeiros dos contribuintes. Leia Mais

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Inovar-Auto

Enviado por Nairo Alméri – quar, 12.6.2013 | às 11h345
Logo mais, às 15h, no Senado, será realizada reunião de Comissão Mista (Câmara e Senado) para a discussão da Medida Provisória 612/13. Em áreas secundárias da Aduana, a MP reduz a zero alíquotas de PIS/Pasep e Cofins em indenizações e multa pecunária no “descumprimento” do      Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-auto).

SOS Mata Atlântica (1)
Na região dos condomínios fechados e das mineradoras de ferro, nos distritos de Piedade do Paraopeba, Casa Branca, Córrego do Feijão, Suzana, Aranha e Tejuco, todos do município de Brumadinho, os últimos vestígios de Mata Atlântica estão indo abaixo.

SOS Mata Atlântica (2)
A situação não é diferente em enormes áreas de Minas, Espírito Santo e Rio de Janeiro avistadas na subida ao Pico da Bandeira, dentro do Parque Nacional do Caparaó, na Serra do Caparaó.

Aeroporto de Confins (1)
Todos passageiros (turistas e não turistas), autoridades públicas, deputados, senadores, ministros de Estado, ONGs ambientais etc. que embarcam pelo aeroporto de Confins, em Confins (MG), enxergam que o DER-MG (de forma direta ou indireta) desmatou (Mata Atlântica) sem dó na margem direita da rodovia. Ninguém faz nada!

Aeroporto de Confins (2)
Em off, um engenheiro responsável por operadores dessas máquinas que arrastam e empurram tudo o que encontram pela frente, calculou em 20% a 30% o “avanço na área licenciada”.

Aeroporto de Confins (3)
O que se vê, a caminho de Confins, é um pedacinho do verdadeiro vale tudo pela Copa 2014, que espalha uma conta muito cara para o país nos gastos das verbas públicas (muita corrupção e superfaturamentos denunciados e não apurados). Enquanto isso, todos os dias, se assiste no noticiário que hospitais e postos de saúde públicos apodrecem e estão sem médicos; salários diminuídos nas folhas de professores da rede pública primária; áreas de preservação ambiental destruídas por empreiteiros, agricultores e pecuaristas gananciosos, e imunes à fiscalização de Ibama, IEFs, Fundações Estaduais Ambientais, ONGs ambientais e Promotorias Públicas.  

Aeroporto de Confins (4)
Os absurdos cometidos na esfera da responsabilidade das administrações públicas (federal, estaduais e municipais) têm, neste momento, um aliado de peso: ufanismo verde-e-amarelo que começa a ser pintado nas publicidades veiculadas pelas redes de televisão. Essa mídia anula o bom senso até de cidadãos de mente aberta. É uma campanha massificadora (chata e popularesca) que remete aos tempos das fases mais sangrenta e cruel da ditadura militar instalada pelo golpe de 1964: a do governo do general Emílio Garrastazu Médici. Médici patrocinou a música “Prá frente Brasil”, na Copa de 1970, e transformou em jingle político o trecho “90 milhões em ação, prá frente Brasil do meu coração ...”. Ela era tocada e cantada (quase que compulsoriamente) nas TV, rádios, shows, escolas e estádios. O mesmo general mandou espalhar adesivos (principalmente em veículos automotores) com o slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o”, sugerindo a opositores da ditadura (aos que discutiam e lutavam pelo retorno da democracia) que buscassem o exílio.

Aeroporto de Confins (5)
O Brasil do vale tudo pela Copa 2014, não é demais repetir, deixará uma conta muito cara e vergonhosa para o país - sociedade e meio ambiente!

Blog
Na próxima semana (16 a 22 de junho), o blog não será atualizado todos os dias. Poderá ser interrompido a partir de 1º de julho.